4 razões pelas quais alguns programas deveriam se atualizar anualmente

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Será que compensa atualizar anualmente? (Fonte da imagem: iStock)

Alguns aplicativos recebem várias atualizações durante o ano, especialmente com pequenos consertos nas suas funções, como os navegadores. Já outros preferem lançar sempre versões maiores com um intervalo de tempo variando entre um e dois anos, mesmo que possuam reparos constantemente (os antivírus são o principal exemplo dessa categoria).

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Embora esses pequenos ajustes algumas vezes façam uma grande diferença, será que não seria melhor apresentar mudanças mais significativas, mesmo que isso representasse lançar uma grande versão atualizada? Abaixo, apresentamos alguns motivos pelos quais uma “grande versão” poderia ser uma boa alternativa a várias atualizações.

Quando uma atualização grande ajudaria

Existem casos claros nos quais o excesso de atualizações (ou a falta delas) pode gerar uma série de problemas, especialmente para quem utiliza os aplicativos como os seus “preferenciais”. Abaixo, abordamos os problemas mais comuns encontrados.

Tempo-limite para lançar uma atualização

O Firefox é um navegador que certamente dispensa apresentações, sendo já bem conhecido pelo público e largamente utilizado. Ele entrou na onda de atualizações constantes tentando acompanhar o ritmo que elas possuem no Chrome. Como o browser da Google, o Firefox recebeu vários reparos com relação ao desempenho, além de funções adicionais.

No caso do Firefox (ao contrário do Chrome), a aparência também foi completamente renovada (embora já esteja meio semelhante há algum tempo). Porém, em algum momento parece que os desenvolvedores perderam um pouco o rumo. As atualizações do navegador trouxeram melhorias, mas também uma série de problemas.

Um dos conflitos mais comuns são as extensões, que podem ficar incompatíveis por um grande período de tempo entre as mudanças, mas diversos aplicativos apresentaram problemas com o navegador entre a troca de versões. As versões anuais talvez fossem uma solução que a Mozilla poderia adotar, especialmente para unificar o estado dos complementos.

Firefox: visual renovado, mas muitos problemas

Além disso, tirar a pressão do tempo-limite para atualizar poderia fazer com que o navegador apresentasse as suas melhorias já completamente estáveis, fazendo com que quem o utiliza enfrentasse menos problemas. Afinal, quem quer testar as atualizações em tempo real sempre pode contar com o Aurora e o Firefox Beta, que existem exatamente para esse propósito.

Essa também é uma característica válida para o Chrome, visto que outros aplicativos que utilizam o browser nem sempre estão adaptados para as alterações feitas nele. Embora em algumas ocasiões não haja problemas, isso pode gerar conflitos e até mesmo travamentos para quem o está utilizando. Aqui, o caso também poderia facilmente ser contornado com uma versão anual, deixando que os testes fossem aplicados na versão existente para tal.

A aparência é sempre a mesma!

Se você parar para pensar por alguns instantes, certamente vai se lembrar de que o Google Chrome é um navegador relativamente jovem, especialmente em comparação com os seus principais competidores. Com o objetivo de conquistar rapidamente uma grande fatia desse mercado, a Google se propôs a trabalhar constantemente no browser lançando diversas atualizações dele durante os anos.

Muitas das mudanças do Chrome não são visuais, normalmente almejando melhorar o desempenho do navegador. Isso pode ser bom para a identificação visual, no entanto pode passar a impressão de que a empresa não se preocupa com alterações que possam deixá-lo ainda mais intuitivo também com relação à interface.

Chrome: visual parecido, mas funções renovadas

Uma “grande versão anual” seria uma ótima oportunidade para verificar se existe a procura por um modelo diferenciado também em relação à aparência e para fazer mudanças visuais, que costumam ser um pouco mais escassas no Google Chrome.

Aqui, embora tenha um volume menor de atualizações, também entraria o Adobe Reader. Embora ele seja um excelente aplicativo, há muito não vemos uma modificação significativa da sua interface.

Mudanças imperceptíveis

O iTunes é um dos diversos aplicativos para ouvir música no computador. Embora haja a preferência de alguns pelo programa, um dos motivos pelos quais ele é mais popular é a sincronização de músicas para o iPod e iPhone. Este é mais um software que recebe várias atualizações durante o ano.

O iTunes mudou? Sério?

Porém, alguém sabe dizer o que mudou no iTunes? Não é só uma condição de aparência – as alterações costumam ser pouco significativas e, certamente, seria muito melhor se ele sofresse uma atualização mais representativa, mesmo que fosse somente uma vez ao ano. Isso faria com que as pessoas conseguissem mensurar melhor as diferenças implementadas no programa.

Atualizações conforme a plataforma

Um bom exemplo desse tópico é o Skype. O programa é um dos mensageiros instantâneos mais utilizados da atualidade, especialmente por funções como videoconferências em grupos (inclusive em HD) e integração com uma das redes sociais mais utilizadas no momento, o Facebook.

Nas últimas atualizações, o Skype buscou melhorar a sua interface, bem como os emoticons, com o objetivo de cativar as pessoas que preferiam o Windows Live Messenger (MSN) pela tela mais amigável e intuitiva. Não há como negar que o áudio e transmissão do aplicativo também mantêm ótima qualidade.

Skype: versões diferentes para SOs diferentes

No entanto, as atualizações do Skype não são multiplataforma. Enquanto a versão do Windows está na 5.9.32.114, a do Linux ainda é a 2.2.0.35 Beta e a do Mac é a 5.7.0.1130. Embora isso não pareça um problema, as mudanças podem gerar conflito para enviar e receber mensagens entre as versões (mesmo para quem está utilizando com mesmo SO, mas em uma versão diferente).

Esse é um conflito que talvez fosse resolvido se, além das melhorias eventuais, o programa recebesse uma versão anual para “sincronizar” as pessoas que o utilizam. Nesse quesito, também entra o iTunes, porém de uma forma um pouco mais delicada. O aplicativo da Apple está em boa sincronia de versões para o Windows e o Mac, mas simplesmente não está disponível para o Linux.

Mas nem tudo são flores

Nem sempre uma mudança anual é tudo o que as pessoas precisam para que um aplicativo fique melhor. Algumas vezes, o desenvolvedor “erra um pouco” no excesso de combinações ou na quantidade de ferramentas, podendo deixar um programa esteticamente deselegante, fazendo com que as pessoas ou voltem para uma versão anterior ou saibam que, ao menos durante um ano, terão que utilizá-lo daquele jeito.

Vou ter que me acostumar

O Windows Live Messenger (MSN) ainda é um dos mensageiros instantâneos mais utilizados. Mesmo que ele possa ser acessado online, várias pessoas ainda preferem baixar a versão de desktop e aproveitar os recursos proporcionados pelo programa. Ultimamente, esse é um programa que, apesar de algumas atualizações constantes, recebe sempre uma grande versão anual.

Isso é bom, especialmente para criar a expectativa da nova versão, mas às vezes pode ser uma grande furada, como foi o caso da última atualização. Uma grande parte de quem utiliza o Windows Live Messenger simplesmente não gostou da interface, considerando-a excessivamente poluída, além de confusa.

Interface estranha, MSN

A tela central do programa exibe os contatos no meio de publicidade e integração com o Facebook, o que tirou um pouco da assinatura visual do programa. Além disso, algumas funções que costumavam estar “no mesmo lugar” foram modificadas (bem como alguns dos menus), o que dificultou um pouco o uso.

Embora parte do problema inicial já tenha sido consertado, nesse caso, talvez fosse interessante que o programa recebesse mais miniatualizações, focadas em consertar os principais alvo das críticas.

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Apesar do tema do artigo ser, de certa forma, apontar problemas, vale lembrar que nem sempre há um culpado por trás deles. Às vezes, a falta ou o excesso de atualizações é influenciado pelo mercado atual para determinado software, e elas ocorrem pensando sempre em quem vai utilizar o aplicativo.

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