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Apple ficará mais dependente da Samsung durante crise de memórias, diz jornal

Gigante sul-coreana seria agora responsável por fornecer quase 70% das memórias LPDDR para os dispositivos da Maçã.

Avatar do(a) autor(a): Felipe Vitor Vidal Neri

schedule22/12/2025, às 17:00

Apesar da rivalidade, a Apple é uma importante cliente da Samsung, e vai comprar bastante memória da concorrente em tempos de crise. Segundo uma reportagem do The Korea Economic Daily, a Maçã vai aumentar a parcela de memórias que adquire da sul-coreana para compor a linha do iPhone 17.

Em um movimento como esse, a Samsung passaria a ser a principal provedora de memórias RAM usadas no iPhone 17, correspondendo entre 60% e 70% do total. Companhias como SK Hynix e Micron também continuam no jogo, mas em uma fatia muito mais equilibrada.

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O motivo para essa mudança é que tanto a SK Hynix quanto a Micron escalonaram sua produção de memórias para o segmento de data centers com modelos HBM, ou seja, deixando de lado os chips de uso doméstico. Como resultado, a oferta dos chips dessas marcas para a Apple e outras empresas se tornou bem limitada, colocando a Samsung em uma posição estratégica.

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Samsung vem ditando o ritmo do mercado durante a crise de memórias DRAM (Imagem: SweetBunFactory/GettyImages)

Apple está na mão da Samsung?

Entre outubro e novembro, a Samsung teria aumentando o preço de contrato de suas memórias em até 60%, e mais aumentos estavam previstos. A empresa tornou-se uma das líderes na fabricação de memórias LPDDR (Low-power Double Data Rate), focadas em eficiência energética e melhorias térmicas para os dispositivos.

  • Dessa forma, a Apple teria sido pressionada a encomendar mais chips da Samsung, visto que a sul-coreana é uma das únicas que pode atender a demanda;
  • Memórias LPDDR5X usadas no iPhone Air e iPhone 17 Pro tiveram um aumento de mais de 50% nos últimos meses;
  • A Apple tem o hábito de firmar acordos mais longos para a aquisição de insumos, então isso pode fornecer certa estabilidade na empresa;
  • Mesmo assim, deixar quase 70% dos chips na mão de uma única empresa também pode ser perigoso em momentos de crise.

Por enquanto, não há informações se a Apple irá aumentar o valor do iPhone 17, ou se pretende cobrar mais caro no futuro iPhone 18. Marcas como a Xiaomi, por exemplo, já adiantaram que vão reajustar o preço dos seus smartphones por conta da crise de memórias.

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