Assinatura de celular: ter um smartphone alugado vale a pena?

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No final de 2021 decidi trocar um telefone próprio por um alugado. A ideia estava na minha cabeça havia algum tempo; queria muito sair dos aparelhos de performance média e finalmente ter um “topo de linha”, mas o valor ainda me assustava um pouco. O lançamento do Galaxy Z Flip 3, um dos dobráveis da Samsung, foi o empurrão de que eu precisava. Eu queria muito o aparelho, mas não queria comprá-lo.

Tomei coragem e fiz a assinatura pelo Tech Fácil, da Porto Seguro. A partir de então, eu poderia usar um aparelho de quase R$ 6.999 (preço no lançamento), com seguro, pagando R$ 299 por mês.

O Tech Fácil oferece assinaturas dos celulares mais avançados da Samsung, como os aparelhos da linha Z (dobráveis) e da linha S. Atualmente, os valores variam de R$ 299 mensais (Galaxy S 22+) a R$ 499 (Z Fold). Todos os planos incluem seguro e aparelho reserva em caso de necessidade. Até a quarta-feira (21), todos os aparelhos estavam estão esgotados no Tech Fácil.

A assinatura não compromete o limite do cartão de crédito, mas os planos só podem ser feitos por meio de cartões da Porto Seguro.

Após o período de 12 meses, você pode comprar o aparelho por um valor que fica perto da metade do preço de lançamento, parcelado no cartão, ou simplesmente devolver o telefone e encerrar a assinatura.

Há ainda a possibilidade de renovar a assinatura, trocando por um novo modelo de telefone de sua preferência - desde que o aparelho esteja disponível.

A sensação de assinar um telefone não é muito diferente da de comprar o aparelho. Ele chega em sua casa como um telefone que você comprou, com a nota fiscal e tudo que tem direito, em uma caixa lacrada.

zflipAparelho Samsung Galaxy Z Flip 3 alugado; telefone é entregue novo em caixa lacrada (TecMundo)

Após a configuração, a única reocupação está na manutenção do bom estado do aparelho – afinal de contas, ele pertence a uma empresa para a qual você talvez vá devolvê-lo após um ano. Isso não é algo que acontece só com assinantes de telefones, quem compra um aparelho novo também está interessado em mantê-lo inteiro e funcional pelo maior tempo possível, certo?

E se você precisar usar a assistência técnica? Bem, vá em frente. O aparelho que assinei, o Z Flip 3, possui uma película permanente sobre sua tela dobrável, e no caso do meu telefone, começou a se soltar em alguns cantos. Levei à assistência e o problema foi resolvido como aconteceria com qualquer proprietário do modelo – a Samsung faz a troca da película sem custo para os aparelhos com garantia.

Se a Samsung não é a sua praia, o Itaú possui um programa semelhante para iPhones, o iPhone pra Sempre. Há algumas diferenças, porém. A assinatura dura 21 meses, e as parcelas nesse período são equivalentes a 70% do valor do aparelho. Após os 21 meses, é possível escolher se você quer ficar com o telefone (fazendo um pagamento final), devolver ou trocar por um aparelho novo. As parcelas começam em R$ 196,75.

No programa do Itaú, que só pode ser adquirido com cartões do próprio banco, o valor total do aparelho é lançado na fatura parcelado em 21 vezes, bloqueando essa quantia no limite do cartão.

Vale a pena alugar um aparelho?

Se o objetivo é usar um smartphone topo de linha sem desembolsar o valor total de uma vez, a assinatura de telefone definitivamente é uma boa opção a ser considerada. Se você é o tipo de usuário que faz questão de ter a tecnologia mais recente em mãos, trocando sempre de aparelho, a assinatura deve ser seriamente considerada

A assinatura tem o poder de ampliar o acesso a modelos mais caros para um público maior; e a possibilidade de simplesmente devolver o aparelho no final do período contratado torna o processo todo mais descomplicado.

Mas se você não está de olho nos aparelhos mais avançados, então a compra continua sendo o melhor caminho, principalmente para os usuários mais leves, que costumam estender a vida útil do aparelho.

Outro ponto a ser considerado é o impacto ambiental de usar um aparelho novo a cada ano. A Porto Seguro e o Itaú não disponibilizam informações sobre o que vai ser feito com o aparelho após a devolução, o que pode gerar uma preocupação no cliente. O aparelho será vendido? Será desmontado? Um destino ecologicamente mais correto e a devida prestação de contas para o usuário sobre o processo poderia até se tornar mais um atrativo para as assinaturas.

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