Cientistas testam “drones-espantalhos” para afastar pássaros de lavouras

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Desde o começo do desenvolvimento da agricultura, os seres humanos procuram formas de manter pássaros longe de suas plantações. Os animais podem devastar certos tipos de lavouras, mas muitos consideram cruéis as formas de afastá-los. Pensando nisso, cientistas da Universidade de Sidney, na Austrália, buscaram na tecnologia uma forma de proteger a produção sem prejudicar a fauna local.

Agrotóxicos e repelentes químicos podem ser prejudiciais à saúde e ao ambiente; Redes de proteção e falcões treinados são caríssimos; Sons altos, dardos envenenados e espantalhos oferecem ajuda temporária, mas a longo prazo os animais se adaptam e elas deixam de funcionar. A partir dessas informações o engenheiro aeroespacial, Zihao Wang, e outros pesquisadores passaram a estudar métodos mais efetivos e baratos de proteger as plantações.

Em seu estudo publicado na Science Direct — intitulado “Guerra psicológica no vinhedo: Usando drones e psicologia de aves para controle de danos às uvas” — eles explicaram como conseguiram fazer com que um drone afastasse bandos de pássaros de vinhedos. O método desenvolvido por eles trouxe resultados positivos e muito mais acessíveis, principalmente para pequenos produtores rurais, já que drones podem ser controlados a distância.

 Reprodução/Zihao Wang/Universidade de Sidney

No experimento, os pesquisadores adaptaram um drone comum de seis hélices com um corvo empalhado e caixas de som que emitiam sons de diversos tipos de aves. A ideia era assustar os animais que — em teoria — pensariam que o corvo empalhado foi capturado por algo que poderia machucá-los também. O estudo foi bem-sucedido em afastar os bandos das plantações, que foram embora definitivamente ou ficaram longe por um período.

Segundo o portal The Next Web, que divulgou a pesquisa, o estudo ainda precisa ser aprofundado, já que foi feito com apenas algumas espécies que podem, eventualmente, se adaptar aos drones. Ainda assim, os resultados são promissores no que se refere a incorporação de novas tecnologias na produção de alimentos e diminuição do impacto ambiental que elas podem causar.

As espécies estudadas por Wang foram corvos, cacatuas, estorninhos e silvereye (Zosterops lateralis), todas nativas ou com presença abundante nas plantações australianas.

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