Fribo, o robô coreano que tenta conectar jovens que moram sozinhos

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O número de pessoas morando sozinhas cresce anualmente em todas as partes do mundo, mas existem pesquisas médicas indicando que isso não é de fato saudável para seres humanos, que são intrinsecamente criaturas sociais. Partindo desse princípio, pesquisadores das universidades KAIST e Yonsei na Coreia do Sul criaram o robô Fribo. Ele foi desenvolvido para aproximar pessoas que moram sozinhas a seus amigos e incentivar a interação entre eles, seja por telefone ou mensageiros.

O Fribo foi desenvolvido para ficar posicionado em uma mesa ou balcão nas casas de um grupo de usuários. Assim, com seu sistema de microfones, ele consegue identificar barulhos domésticos — como o abrir de uma porta, de uma geladeira ou da máquina de lavar. Quando identifica isso, o robô manda um comando para todos seus clones nas casas dos demais usuários. Com isso, os outros robôs iniciam interações com os outros amigos, avisando que “alguém está fazendo alguma coisa”.

Aham! Parece que alguém deixou a roupa suja acumular…

Uma das frases que o Fribo fala nesses momentos é: “Aham! Parece que alguém acabou de chegar em casa…” ou “Aham! Parece que alguém deixou a roupa suja acumular…”. As pessoas que escutam essas mensagens podem dar comandos de som para o robô, como três palmas ou duas batidas na mesa para enviar frases de boas-vindas, por exemplo.

É interessante notar que, apesar de ser um tanto estranho ter uma coisa dessa em casa, o Fribo nunca avisa ao grupo quem especificamente acabou de chegar em casa. Ele só diz que “alguém chegou em casa”. A intenção por traz disso é encorajar o grupo de amigos a iniciar conversas em mensageiros como o WhatsApp ou mesmo ligar uns para os outros.

Os pesquisadores que desenvolveram o produto acreditam que ele pode ter um impacto positivo em pessoas que moram sozinhas. O aparelho foi testado com algumas pessoas na Coreia do Sul, e o feedback delas parece ter sido majoritariamente positivo.

Eu consigo imaginar o que meu amigo está fazendo e tenho a sensação de que moramos na mesma casa, mas em cômodos diferentes

“Eu consigo imaginar o que meu amigo está fazendo e tenho a sensação de que moramos na mesma casa, mas em cômodos diferentes. É como compartilhar atividades cotidianas com os amigos”, disse um dos participantes aos pesquisadores. Outra pessoa informou que se sentiu compelida a mudar seus hábitos para acompanhar os de seus amigos. “Eu normalmente durmo até tarde, mas quando percebi que meus amigos se arrumam bem cedo, eu comecei a pensar em acordar mais cedo com meus amigos”.

Como era de se esperar, essas pessoas também expressaram preocupações sobre sua privacidade com os aparelhos em suas casas. Apesar de eles não informarem detalhes muito específicos para outras pessoas, naturalmente existe a possibilidade de algum criminoso invadir esses dispositivos e começar a espionar os usuários através dos microfones.

fribo

Seja como for, é interessante destacar que o aparelho foi construído com base em um Raspberry Pi, um display para mostrar expressões do robô e uma série de microfones e alto-falantes.

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