Nostalgia musical: venda de fitas cassete voltou a crescer em 2017

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Depois de testemunharmos a volta dos vinis nos últimos anos, temos agora outro antigo formato ganhando relevância. Uma pesquisa referente aos Estados Unidos apontou que as vendas de fitas cassete tiveram seu melhor ano, desde 2012. Para os mais novos, vale explicar: a fita cassete (ou compact cassette) foi lançada em 1963 pela holandesa Philips, e o nome também pode ser abreviado apenas para "K7".

Os dados são da americana Nielsen (veja mais), que reportou a venda de quase 130 mil unidades em 2016, o que representava um crescimento de mais de 70%. Já na pesquisa mais recente, temos um novo crescimento, agora de 35%: foram 174 mil unidades vendidas em 2017. 

fita cassete

O mais interessante é que, assim como os vinis, não se trata apenas de saudosismo das gerações mais antigas. A forma mais romântica de ouvir música tem por trás o sucesso de filmes e séries.

As vendas têm por trás o sucesso de "Guardiões da Galáxia", filme norte-americano de 2014 produzido pela Marvel. A trilha sonora foi um dos destaques da produção e representa grande parte das vendas em fita. Na sequência, em 2017, está a trilha sonora de "Stranger Things", série que ficou muito popular também por retratar a música e outros elementos dos anos 80. Outros álbuns bastante procurados foram o “The Eminem show”, de 2002;  “Nervermind”, de Nirvana (1991), e “Yeezus”, de Kanye West (2013).

No ano passado, também tivemos a divulgação de que a japonesa Sony Music Entertainment voltou a fabricar o vinil, depois de 30 anos. Esse processo havia sido interrompido em 1989, com a chegada dos CDs. Quanto às fitas cassete, podemos supor ainda que o movimento seja passageiro, mas os números de vendas dos discos realmente estão significativos: foram 17,2 milhões de unidades nos EUA, em 2016.

vinil

Segundo matéria do jornal "O Globo" do ano passado, o espaço está cada vez menor para a venda de produtos físicos em varejistas, no Brasil. Isso já é previsto, em um contexto em que serviços de streaming permitem ao usuário o acesso a uma biblioteca com milhões de faixas, tendo um gasto em torno de R$ 15 por mês. Apesar disso, já se observa a onda dos vinis ganhando força por aqui, assim como em outros países.

As opiniões se dividem com relação à qualidade do áudio do vinil para o digital, mas com certeza é uma experiência muito diferente, levando em conta que o vinil vem também com uma característica tátil e visual. Os mais velhos têm saudades, e os mais novos... querem saber "como era".

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