'Sanduíche atômico' poderá tornar chips até 100 vezes mais eficientes

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Um novo material poderá preparar o caminho para uma geração inteiramente nova de computadores. E estamos falando de uma que pode embalar muito mais poder de processamento enquanto consome apenas uma fração da energia.

Uma pesquisa feita em colaboração da Universidade de Cornell e da Universidade do Michigan (ambas dos Estados Unidos) fala sobre este novo material: o Magnetoelétrico Multiferróico, que pode ser aplicado a processadores. Ele é feito de diferentes camadas de átomos espessos intercalados, que mostram propriedades magnéticas e elétricas ao mesmo tempo. Essas camadas podem formar um "sanduíche atômico" nos chips.

Vale dizer que tudo isso acontece em temperatura ambiente — ou seja: "chega de torrar o colo com o notebook". A camada ultrafina é magneticamente polarizada e esta propriedade ainda pode ser invertida — gerando os dois estados que codificam os 0’s e 1’s que sustentam os nossos sistemas digitais.

Darrell Schlom (cientista e engenheiro químico em Cornell, autor da publicação) diz: "Estávamos pulverizando átomos individuais de ferro, lutécio e oxigênio para que exibissem propriedades magnéticas mais fortes quando colocados em camadas". Ele ainda afirma que isso pode consumir 100 vezes menos energia que sistemas atuais.

Mais por Menos

Por mais que possa levar algum tempo até que tenhamos esse tipo de tecnologia no mercado, o estudo fornece insights valiosos para o desenvolvimento de produtos eletrônicos mais rápidos e com menor consumo de energia. Esta é uma excelente notícia, pois estudos indicam que até 2030 entre 40% a 50% da energia produzida mundialmente será utilizada por eletrônicos, a menos que tecnologias como essa sejam viabilizadas.

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