EUA pode pedir senhas nas redes sociais de quem quer visto no país

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Imagem: Associated Press

Em breve você pode ter que entregar sua senha de mídias sociais para o governo norte-americano se quiser ter seu visto aprovado no país. Ao menos é isso o que indica o Secretário de Segurança dos EUA: em uma declaração feita no dia de ontem (7), John Kelly informou que a medida estaria sendo estudada como parte dos esforços do governo para encontrar pessoas que possam ser uma ameaça para a segurança do país.

“Nós estamos em busca de alguma triagem adicional ou melhorada”, começou Kelly, em uma auditoria para o Comitê da Casa de Segurança Nacional. “Nós podemos querer entrar em suas mídias sociais, com senhas. É muito difícil realmente vetar essas pessoas nesses países, os sete países... Mas se eles entrarem, nós queremos dizer, que sites eles visitam, e ‘nos dê suas senhas’. Então nós podemos ver o que eles fazem na internet”, continuou ele.

Nós podemos querer entrar em suas mídias sociais, com senhas. [...] se eles entrarem, nós queremos dizer que sites eles visitam e ‘nos dê suas senhas’

Mas e se eles não estiverem de acordo com isso? A resposta você já deve imaginar: “Se eles não quiserem cooperar, então eles não vêm para os Estados Unidos”, explicou Kelly. Segundo ele, aqueles que quiserem entrar no país vão cooperar; “senão, próximo da fila.”

Se eles realmente querem vir para a América, então eles vão cooperar. Senão, próximo na fila

É importante notar, por fim, que essa medida estaria sendo estudada, primariamente, apenas para ser aplicada nos sete países predominantemente muçulmanos cujos habitantes tiveram sua entrada “banida” nos EUA – ou seja, no Iraque, na Síria, no Irã, na Líbia, na Somália, no Sudão e no Iêmen. No entanto, isso gera um precedente preocupante: afinal, quem disse que outros países não serão os próximos?

Por sorte, a medida ainda está apenas sendo estudada e, assim como ocorreu com o banimento de visitantes muçulmanos nos EUA, uma decisão como essas pode muito bem ser barrada por juízes do país. Mesmo assim, fica difícil negar que ter algo empregado dessa forma seria uma invasão de privacidade e tanto, então resta torcer que a ideia não saia do papel.

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