Pichau analisa a placa ASUS ROG GTX 1080 Strix 8GB [vídeo]

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Após três meses do lançamento oficial, os primeiros modelos personalizados da GTX 1080 começaram a aparecer no mercado. Hoje, vamos analisar o desempenho da ASUS ROG GTX 1080 Strix, uma das tops vendidas no mercado brasileiro.

A ASUS é conhecida por sempre trazer os melhores modelos de GPUs com nomes de grande relevância no mercado como Matrix e Poseidon. Desta vez, não é diferente, já que ela coloca no mercado sua GTX 1080 com PCB totalmente personalizado, sistema diferenciado de refrigeração e sistema Aura RGB para ajuste dos LEDs.

A linha Strix Gaming não é paralela à ROG, mas faz parte da ROG como uma divisão Gamer. A GPU aqui é uma GP104 com 2.560 CUDA Cores, sendo a segunda GPU single mais rápida do mercado. Como já era de se esperar de um modelo top da ASUS, os clocks já vêm bem elevados, trabalhando em dois modos: Gaming e Overclock. Confira as frequências nos testes:

No modo Overclock, o clock base é de 1.784 MHz e o clock boost é de 1.936 MHz. No modo Gaming, o clock base reduz para 1.759 MHz e o boost, para 1.898 MHz. Tudo isso com a memória de 8GB GDDR5X operando a 10 Gbps em uma interface de 256-bit.

Refrigeração, RGB e PCB

No sistema de refrigeração, encontramos uma carenagem em plástico de boa qualidade cobrindo toda a placa em tons de cinza e chumbo com textura diferenciada. Há três ventoinhas Wing-Blade com a tecnologia 0dB, que garante silêncio ao deixá-las desligadas até certo limite de temperatura.

Um dos pontos que mais chamam a atenção neste projeto é o sistema Aura RGB, tecnologia aplicada às ventoinhas que possibilita a personalização dos LEDs. Esse sistema funciona de maneira rápida e intuitiva, aplicando perfis de cores ou comportamento para os LEDs.

Na parte superior do cooler, é possível observar o nome Strix e Republic Of Gamers que acendem em RGB junto com os detalhes dos coolers.

Por baixo de toda essa beleza, existe também o robusto sistema de dissipação DirectCU III, que, como o nome sugere, é cobre diretamente em contato com a GPU, tecnologia que garante até 30% mais dissipação de calor se comparada com a presente no modelo de referência. São dois blocos de heat sink em alumínio recebendo o calor de cinco heat pipes em cobre com acabamento niquelado.

O projeto do PCB é diferente do que vemos no modelo de referência. Em uma rápida olhada, notamos que o tamanho do PCB é maior: não só mais longo, mas também mais alto que o projeto-padrão. Ele tem um VRM diferenciado e componentes Super Alloy Power II que prometem aumento de performance em um sistema alimentado com 10 Fases (o dobro do modelo referência).

Nossa metodologia

Chegou a hora dos testes. No total, faremos testes em 12 jogos dos mais variados gêneros e engines para mostrar em diferentes ambientes o comportamento da placa. Acreditamos que esta é a maneira mais justa de fazer uma comparação, focada no público gamer.

Nos testes em vídeo e nos gráficos, é possível ver os presets utilizados em cada game, mas, de modo geral, eles se resumem a:

  • Preset gráfico no Máximo ou próximo disso em 1080p/1440p/2160p;
  • Quando em 2160p, reduzimos os filtros de antiserrilhamento AA;
  • Os testes são feitos com os últimos drivers e versões atualizadas dos jogos e do sistema;
  • A captura das amostras em vídeos é feita com placa de captura externa, para que o desempenho da máquina não seja desperdiçado;
  • O monitoramento das informações é feito com o MSI Afterburner e a medição de frames é obtida com o FRAPS;
  • Os valores em frames são obtidos ao rodar o mesmo jogo três vezes no mesmo preset gráfico. Depois, é feita uma média dos resultados obtidos nas três partidas para que fique um valor mais íntegro e tente eliminar variações;
  • A temperatura ambiente dos nossos testes como padrão é de +- 22 ºC em sala fechada controlada por ar-condicionado.

Atenção: variações de configurações, drivers e temperaturas devem ser levadas em conta, pois podem influenciar ou mostrar resultados diferentes dos vistos nestes testes.

Nos comparativos em vídeo, mostramos a performance da Strix GTX 1080 em três resoluções lado a lado. Em nossos gráficos, adicionamos as médias da GTX 1080 Founders Edition e no final uma análise do custo por FRAME comparando-a com o modelo G1 Gaming.

Nosso equipamento

  • Processador: Intel Core i7-4790K @4,7GHz
  • Placa-mãe: Gigabyte G1.Sniper M5
  • Memória: 8 GB HyperX Pichau Team
  • SSD: 240GB HyperX Savage
  • Fonte: EVGA 1.000W G2 Gold
  • Placa de Captura AVERMIDIA Externa
  • Bench Test ASUS

Benchmark

3DMark Fire Strike

Performance 1920x1080p

  • 17.916 pontos no Geral
  • 23.595 de Graphics Score

Extreme 2560x1440p

  • 10.100 pontos no Geral
  • 11.176 em Graphics Score

Ultra 3840x2160p

  • 5.464 pontos no Geral
  • 5.489 em Graphics Score

Testes em Jogos

Tom Clancy's The Division - Média de fps

The Witcher 3 Wild Hunt - Média de fps

Crysis 3  - Média de fps

Dying-Light - Média de fps

Far Cry Primal - Média de fps

Grand Theft Auto V - Média de fps

Metro Last Light Redux - Média de fps

Rise of the Tomb Raider - Média de fps

Shadow Of Mordor - Média de fps

Sleeping Dogs - Média de fps

Temperatura e consumo

A temperatura durante os gameplays estabilizou entre 60 e 62 graus, com picos de até 66 graus Celsius com rotação das ventoinhas em Stock, ou seja, abaixo dos 40% em quase todos os testes.

Mantendo as temperaturas baixas desta maneira, ela tem margem para o GPU Boost 3.0 trabalhar, sendo que a placa opera em boa parte do tempo acima dos 2 GHz com overclock automático sem perder a estabilidade em momento algum.

O consumo não foi tão diferente de modelos concorrentes — ou mesmo da Founders Edition. O desempenho energético é ótimo se comparado com as gerações anteriores — o que se deve, em parte, ao processo de fabricação em 16 nm.

E aí, vale a pena?

Sem sombra de dúvidas. Até o momento, o modelo ASUS ROG GTX 1080 Strix é a GTX 1080 mais rápida a passar por nossas bancadas, apresentando todos os recursos e tecnologias empregados em uma GTX 1080, com um projeto totalmente retrabalhado, trazendo componentes de primeira qualidade.

Um expressivo sistema de refrigeração capaz não somente de segurar as temperaturas da Strix GTX 1080 em seus clocks divulgados, mas também de abrir margem para que um overclock considerável seja feito automaticamente com ajuda de recursos da NVIDIA ou de maneira manual pelo usuário pelo GPU Tweak II.

Se você procura uma placa de vídeo para encarar a resolução 2,5k (1440p) sem nenhum problema com taxas de 60 fps, sem sombra de dúvidas recomendamos a GTX 1080. Considerando que esta é uma Strix, você leva o pacote todo: desempenho elevado + temperaturas baixas + sistema de customização + alto poder para overclock.

Se você é um usuário casual em 4K que não sente a necessidade de experimentar todos os games com nível máximo de detalhes (inclusive filtros AA), esta pode ser a melhor opção single GPU do mercado para você, pois mantém taxas de quadros acima dos 60 fps. Agora, se você pretende usar os gráficos no máximo, provavelmente vai se decepcionar, pois ainda não existe GPU capaz de tal proeza.

Comparada com a sua principal rival de mercado, a Gigabyte G1 Gaming, a Strix se mostrou com uma vantagem que no geral fica na casa dos 5% e uma temperatura de trabalho idêntica. No que percebemos, a principal vantagem da Strix GTX 1080 é seu clock elevado, sendo provável que o desempenho seria igual se as duas tivessem o mesmo.

Custo por FRAME

Na data em que foi feita esta análise, os dois modelos possuíam preços idênticos na casa dos R$ 3.999, o que colocava a ASUS com uma vantagem considerável, custando o mesmo preço e entregando mais performance.

Se olharmos neste momento, a história já mudou um pouco, os estoques do modelo G1 Gaming já se renovaram no Brasil e seu preço de venda é na faixa dos R$ 3.350, colocando-o com uma vantagem de custo-benefício sobre o Strix. Se compararmos em 1440p, encontramos um custo por frame médio até 17% mais barato do que o do modelo Strix.

Para entendimento, pegamos todas as médias de fps de cada placa e somamos. Então, dividimos o valor obtido pela quantidade de jogos rodados. Em seguida, fizemos a divisão pelo valor atual da placa de vídeo no mercado brasileiro. Assim, conseguimos uma média de valor pago por cada frame gerado. A placa mais barata nem sempre é a que vai entregar o melhor custo por fps.

Esperamos que tenham gostado da nossa análise da ASUS ROG GTX 1080 Strix. Vamos ficar agora no aguardo de novos modelos de GTX 1080 para alimentar estes comparativos e, quem sabe, uma GTX Titan X Pascal para análise. Qualquer dica e opinião será sempre bem-vinda nos comentários aqui do TecMundo ou do nosso canal no YouTube.

Gostaríamos de agradecer aos nossos parceiros do TecMundo por terem aberto mais este espaço para divulgação de nosso material e, assim, ajudar muito mais pessoas.

Texto por Luiz Carlos Jr. - Pichau

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