Serviços de streaming estão acabando com a pirataria no Reino Unido

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Se você estava entre os céticos que diziam que a pirataria não iria diminuir mesmo com serviços como o Netflix, o Spotify e mesmo o Steam, é melhor pensar novamente. Parece que, graças a eles, a cópia ilegal de conteúdo atingiu seu menor nível em anos no Reino Unido – o que se deve, em grande parte, ao fato de eles oferecerem material a um preço bastante acessível.

Os dados vêm de um estudo realizado recentemente pelo Intellectual Property Office (IPO), o órgão responsável por enfrentar problemas de direitos autorais no Reino Unido. Segundo os números, 45% das pessoas estão atualmente consumindo apenas conteúdo por meios legais, enquanto 31% dos usuários não fizeram qualquer download ou mesmo assistiram a filmes online nos últimos três meses.

Isso tudo, por sua vez, resultou em uma queda considerável na pirataria, que foi de 18% dos usuários de internet para apenas 15%. São os menores níveis de pirataria desde o início do estudo, cinco anos atrás, afirma o IPO.

Houve um declínio na infração e os consumidores parecem estar se voltando em direção ao streaming legítimo em massa

Acha que ainda pode ser uma simples coincidência? Pois saiba que esses não são os únicos dados a reforçarem a ligação entre o crescimento dos serviços on demand e a queda da pirataria. Outro relatório produzido pela Kantar Media, por exemplo, mostrou que 80% dos ouvintes de música pela internet assinam serviços online e abandonaram por completo os meios ilegais – um número que cresceu bastante em comparação aos 74% de 2015.

Como se isso não fosse suficiente, a pesquisa também apontou uma queda no compartilhamento de arquivos piratas via P2P (o famoso torrent), que caiu de 12% para 10% no último ano.

Uma batalha ainda longe de ser vencida

Os números são, é claro, bastante animadores, e a própria Ministra de Propriedade Intelectual do Reino Unido, a Baronesa Neville Rolfe, mostrou-se satisfeita com os resultados. “A infração de direitos autorais online tem sido uma ferida para as indústrias criativas do Reino Unido por tempo demais. Eu estou extremamente feliz em ver que houve um declínio na infração e que consumidores parecem estar se voltando em direção ao streaming legítimo em massa”, disse ela.

Antes que você pense que a pirataria já está a beira de desaparecer, é bom deixar claro que esse não é o caso, visto que aproximadamente 7 milhões de usuários do Reino Unido ainda consomem conteúdo ilegal. Como a própria Baronesa afirma: “Ainda há, entretanto, mais a fazer. O governo está comprometido a lutar contra o roubo de PIs em todas as suas formas e está trabalhando duro por nossas indústrias criativas.”

E no Brasil?

É importante notar que, embora os dados sejam específicos do território do Reino Unido, isso não quer dizer que a situação seja tão diferente assim pelo resto do mundo – e nem no Brasil. Por aqui, o Netflix, por exemplo, vem tomando o mercado de filmes e séries, enquanto os canais de TV estão perdendo cada vez mais público (o que, inclusive, vem gerando uma longa briga entre ambos os lados).

Isso, no entanto, muda bastante quando falamos de softwares no país. Visto que não há um serviço para oferecer programas pagos por aqui, esse é o mercado com maior nível de pirataria, com quase metade dos aplicativos usados pelo público sendo pirateados. Se você ainda precisa de mais provas para mostrar como serviços de streaming são importantes para evitar mais problemas com pirataria, está aí uma bela prova.

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