Estudo prova de vez que o streaming NÃO está matando a indústria da música

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Desde a popularização do MP3 e do surgimento do Napster, a indústria fonográfica vem brigando fervorosamente contra os avanços das plataformas digitais. No entanto, depois de perceber que esse novo espaço significava mais que pirataria e compartilhamento de arquivos ilegais, as gravadoras resolveram abraçar a nova mídia para tentar minimizar os impactos no seu mercado. O resultado disso? O streaming já é responsável por mais da metade dos ganhos do setor musical, revela um levantamento recente.

Até algum tempo atrás, era impensável imaginar que a RIAA – representante das empresas do ramo fonográfico nos EUA – iria pausar sua “caça às bruxas” contra o digital para celebrar a plataforma em um comunicado oficial. Isso, porém, realmente aconteceu nesta semana e mostrou que os serviços de transmissão de áudio foram um dos principais fatores que fizeram com que 2016 trouxesse um crescimento de US$ 7,7 bilhões (cerca de R$ 24 bilhões) para o segmento e marcassem o melhor ano das gravadoras norte-americanas desde 2009.

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Hoje em dia, é difícil achar quem não é adepto do streaming para ouvir músicas

De acordo com os dados liberados pela associação, a soma dos acordos com todos os produtos de streaming – como Spotify, Tidal, Apple Music e Google Play Música, entre outros – saltou de apenas 9% do total dos ganhos da indústria, em 2011, para massivos 51% na contagem do último ano. Diferentemente de apostas de outros setores em projeto online, o mais interessante é perceber que grosso da receita não vem de anúncios veiculados a contas gratuitas, mas sim de assinantes pagos desses produtos.

Esse é o modelo de negócios mais lucrativo e próspero da atualidade

Só nos EUA, por exemplo, o número de pagantes de serviços de streaming passou de 10,8 milhões para 22,8 milhões na comparação entre 2015 e 2016. Não se sabe exatamente se é possível converter mais adeptos aos planos mensais ou se chegamos a algo como um pico de consumidores nessa categoria, mas, pelo menos para os associados da RIAA, esse é o modelo de negócios mais lucrativo e próspero da atualidade. Quem diria que não tirar o seu cartão do Spotify depois dos três meses de promoção resultariam nisso, hein?

O de cima sobe e o de baixo desce

Enquanto a transmissão de músicas pela web tem seu lugar ao sol, outras formas de consumir esse conteúdo andam sofrendo bastante nos últimos tempos. A venda de mídias físicas, como CDs, caiu cerca de 16% apenas no último ano, enquanto o próprio download de arquivos digitais – um sistema popularizado principalmente pelo iTunes – continua em queda acentuada, passando de uma receita de US$ 2,8 bilhões (R$ 8,7 bilhões) em 2013 para apenas US$ 1,8 bilhão (R$ 5,6 bilhões) em 2016. Em 2010, a dupla correspondia a metade desse mercado.

Parece maluquice, mas o vinil tem crescido enquanto o CD continua em queda

Vale notar também que, ainda que o streaming esteja dando uma mãozinha para que a indústria fonográfica tenha um desempenho mais estável e cresça, os atuais ganhos das gravadoras representam apenas metade do que era arrecadado em 1999. Ou seja, estamos em uma época de recuperação depois de uma longa curva descendente. O mais engraçado? Junto das soluções digitais, são os bons e velhos discos de vinil que andam contribuindo para reforçar esse cenário mais próspero, anotando sua melhor performance desde 1985.

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