Hotel gerenciado por robôs será o mais eficiente do mundo, dizem japoneses

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Os funcionários de lata do Henn-Na Hotel já foram apresentados ao mundo  – a equipe toda foi, inclusive, nomeada: Actoid, a sempre simpática recepcionista, é capaz de atender o público em japonês enquanto “Dino”, o robô em forma de dinossauro, pode conversar com hóspedes em inglês (saiba mais aqui).

Mas o empreendimento que explora os limites das tecnologias de interatividade não aposta somente em sua “excentricidade”. De acordo com Hideo Sawada, CEO do Henn-Na Hotel, o objetivo é fazer do local o “hotel mais eficiente do mundo”.

O executivo explica que o barateamento das passagens aéreas gerou uma revolução na forma como viajamos; nada mais natural, então, que a adaptação dos serviços de hospedagem nesse sentido. Atualmente, especialistas em design, engenharia, arquitetura, robótica e em construção da Universidade de Tóquio (Japão) trabalham em conjunto no aprimoramento dos sistemas do fabuloso hotel.

Dentre as apostas dos pesquisadores estão a redução nos custos relacionados à gestão de funcionários e o aprimoramento dos sistemas de administração – aspectos esses que, combinados, seriam a semente para a criação de hotéis extremamente eficientes. É claro que trabalhadores humanos ainda seriam requeridos; menores gastos com o pagamento de salários, porém, fariam dos hotéis serviços mais baratos e, assim, mais facilmente acessíveis.

O projeto

O Henn-Na Hotel é o programa piloto da Universidade de Tóquio. Sob o codinome de Hotel Zero, o empreendimento é o berço que coloca à prova os conceitos desenvolvidos pelo time de idealizadores. “Em função da filosofia por trás do hotel, a localização do prédio terá um grande efeito sobre como os demais serão construídos”, explica Sawada. O figurão se refere aos próximos níveis do experimento: no futuro, o conceito será implantado a mais dois hotéis.

Design

Localizado na ilha Kyushu do arquipélago japonês, o Henn-Na Hotel não tem ar-condicionado. Como, então, enfrentar temperaturas que podem chegar a quase 35ºC? Tudo se dá às custas do conceito de design aplicado ao empreendimento: tijolos que absorvem calor, pintura reflexiva e um sistema de refrigeração por meio de radiadores prometem temperaturas agradáveis a quem planeja visitar a locação.

O telhado, equipado com placas para geração de energia solar e com sensores para monitoramento de calor, foi construído de forma a permitir a entrada de luz solar durante o Inverno; no Verão, a radiação é evitada – a arquitetura se inspira nos tradicionais salões de chá japoneses, é claro.

Barato e limpo

Além da redução nos gastos com funcionários humanos, uma queda de cerca de 30% na conta de luz é esperada devido à instalação dos painéis solares. A disponibilização de máquinas de vendas automáticas vai evitar ainda que bagunça se espalhe pelos corredores. E se os quartos estiverem precisando de uma limpeza? Nada de camareira: você terá de pagar pelos serviços ou optar por passar mais de uma semana hospedado – após sete dias, a faxina sai na “faixa”.

Tecnologia

Já sabemos quais são as responsabilidades de cada funcionário do hotel do futuro. E “autonomia” parece ser o termo adequado para a definição das experiências dos vindouros hóspedes do Hotel Zero: o cartão-chave será substituído por sensores de identificação facial e as instruções para o check-in serão listadas por uma série de robôs que trabalham em conjunto. Será suficiente responder a algumas perguntas e desferir comandos sobre telas sensíveis ao toque para fechar a hospedagem.

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