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Legado Moto G: entenda por que esse smartphone foi o queridinho do Brasil

Com os rumores sobre o fim dessa linha, muitos consumidores se perguntaram o que seria da indústria de dispositivos móveis sem esse smartphone; o que você acha que aconteceria?

schedule14/01/2016, às 15:28

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A notícia sobre a "morte" da Motorola, dada por Rick Osterloh – COO da marca – na CES 2016, pegou o mundo de surpresa e fez muito consumidores temerem o que poderia acontecer com a empresa. Afinal, uma infinidade de pessoas apostou em um aparelho Moto para chamar de seu, o que deve ter despertado uma sensação de medo sobre a possibilidade de ficar "órfão" por conta do fim da marca.

A situação ficou ainda pior quando a notícia sobre a possibilidade de a Lenovo, atual dona da Motorola, descontinuar as linhas Moto G e Moto E começou a circular por aí. Chen Xudong, chefe da empresa chinesa, explicou em uma entrevista que a companhia optou por estabelecer um novo foco em aparelhos top de linha, deixando de lado dispositivos mais populares.

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Um mal entendido?

No final das contas, tudo não passou de um mal entendido. De acordo com a assessoria de imprensa da própria Motorola, houve um erro de interpretação das palavras de Xudong, que na verdade não quis dizer exatamente aquilo. "O comentário de Xudong à imprensa chinesa foi mal interpretado. Queremos reforçar que o Moto G e o Moto E fazem parte do portfólio global de MBG – Mobile Business Group – para 2016", diz a mensagem da assessoria.

Embora a situação aparentemente tenha se resolvido, o medo ainda permaneceu no ar: será que pode chegar o dia em que a Motorola/Lenovo vai dar um fim às linhas Moto E e Moto G? E qual seria o impacto dessa estratégia para o público e consumidores que compraram esses smartphones? É muito difícil responder essas questões neste momento, mas um aspecto é inquestionável: essas duas linhas, especialmente a Moto G, deixaram um legado eterno na indústria de dispositivos móveis.

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O início da empreitada

A história da Motorola é um tema complexo, que envolve uma sucessão de acontecimentos entre a ascensão e queda da marca. Deixando um pouco de lado as histórias que aconteceram no século passado, não há como deixar de mencionar o Motorola V3 que chegou em 2004, aparelho que fez um sucesso gigantesco e vendeu 50 milhões de unidades em seus dois primeiros anos.

Apesar de seu sucesso, essa não foi a ideia que virou o jogo para a Motorola, mas ajudou a pavimentar o caminho para o topo. Nem mesmo o lançamento do Droid em 2009 –, aparelho que veio para competir com o iPhone e rendeu bons lucros para a empresa, serviu para apresentar algo realmente revolucionário para a marca. Foi o Moto G, lançado em 2013, que fez a companhia realmente pular de alegria.

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A primeira geração

A chegada da primeira geração do Moto G  em 2013 representou algo que ainda era praticamente inédito no Brasil: um smartphone com uma boa configuração por um preço razoável. O resultado da mistura desses dois fatores não poderia ter sido melhor. Esse aparelho foi considerado o dispositivo mais vendido da história da Motorola, algo que realmente mostra como essa linha merece respeito diante dos concorrentes. O modelo também foi o mais utilizado pelos leitores do TecMundo em 2015.

Com configurações intermediárias para a época, o Moto G foi o primeiro smartphone de muitos consumidores, que deixaram de lado aquele aparelho celular que só fazia ligações e mandava mensagens. Essa opção da Motorola ainda permanece como sendo a ligação de muitas pessoas com o mundo digital móvel, permitindo o acesso às redes sociais, mensageiros e a própria internet através de um dispositivo móvel.

Especificações técnicas do Moto G (2013) de primeira geração

  • Sistema operacional: Android 4.3 (atualizável)
  • Tela: 4,5 polegadas
  • Resolução: 1280x720 pixels (HD)
  • Densidade de pixels: 329 ppi
  • Chipset: Qualcomm Snapdragon 400
  • CPU: quad-core de 1,2 Ghz
  • GPU: Adreno 305
  • Memória RAM: 1 GB
  • Armazenamento interno: 8 GB ou 16 GB
  • Armazenamento externo: não expansível
  • Câmera traseira: 5 megapixels
  • Câmera frontal: 1,2 megapixels
  • Bateria: 2.070 mAh

A segunda geração

O lançamento da segunda geração do Moto G em 2014 foi um passo arriscado. Afinal, como superar o sucesso do antecessor e ainda manter as características que consagraram a linha? Ou seja: devemos mexer em um time que está ganhando? A história mostrou que a nova geração foi uma boa jogada, resolvendo alguns problemas que estiveram presentes no primeiro Moto G.

Apesar da manutenção de aspectos do hardware – como processador, GPU e memória RAM –, o Moto G 2014 trouxe uma câmera aprimorada e melhor que a do antecessor. A tela também aumento, passando de 4,5 para 5 polegadas. A mudança sutil no visual e a presença de alto-falantes estéreo frontais também agradou a maioria. Isso sem falar na presença do suporte ao cartão micro SD.

Especificações técnicas do Moto G (2014) de segunda geração

  • Sistema operacional: Android 4.4.4 (atualizável)
  • Tela: 5 polegadas
  • Resolução: 1280x720 pixels (HD)
  • Densidade de pixels: 294 ppi
  • Chipset: Qualcomm Snapdragon 400
  • CPU: quad-core de 1,2 Ghz
  • GPU: Adreno 305
  • Memória RAM: 1 GB
  • Armazenamento interno: 8 GB ou 16 GB
  • Armazenamento externo: cartão micro SD de até 32 GB
  • Câmera traseira: 8 megapixels
  • Câmera frontal: 2 megapixels
  • Bateria: 2.070 mAh

A terceira geração

A última geração do Moto G lançada pela Motorola chegou com mudanças consideráveis em relação aos antecessores. Contudo, um reajuste foi necessário para compensar a inclusão de novos recursos, detalhe que não agradou muitos consumidores.

Um hardware mais consistente, câmeras melhores, bateria de maior capacidade e o suporte a certificação IPX7 (resistência a água) foram os principais destaques da terceira geração do Moto G. Porém, os novos recursos custaram caro demais para a maioria dos consumidores, que criticaram o posicionamento do novo smartphone que a Motorola lançou no mercado.

Especificações técnicas do Moto G (2015) de terceira geração

  • Sistema operacional: Android 5.1.1
  • Tela: 5 polegadas
  • Resolução: 1280x720 pixels (HD)
  • Densidade de pixels: 294 ppi
  • Chipset: Qualcomm Snapdragon 410
  • CPU: quad-core de 1,4 Ghz
  • GPU: Adreno 306
  • Memória RAM: 1GB ou 2 GB
  • Armazenamento interno: 8 GB ou 16 GB
  • Armazenamento externo: cartão micro SD de até 32 GB
  • Câmera traseira: 13 megapixels
  • Câmera frontal: 5 megapixels
  • Bateria: 2.470 mAh

E se o Moto G acabar?

Se a Lenovo continuar como dona da Motorola, é muito provável que, em algum dia, a linha Moto G – assim como todas as outras séries Moto – deixem de existir em algum momento. Afinal, o objetivo final da empresa chinesa é fortalecer a própria marca, apesar dos discursos sobre a manutenção do legado deixado pela Motorola. Mas, se isso vier a acontecer, provavelmente vai demorar bastante.

Por causa de sua relevância para o mercado, a linha Moto – composta por Moto E, Moto G e Moto X (Play, Style e Force) – vai ser difícil de matar. A manobra poderia ser considerada até mesmo um suicídio, especialmente se consideramos que não faz muito tempo que tivemos lançamentos nessas séries – como o Moto G Edição Turbo. Mas e se mesmo assim o Moto G acabar?

Estratégias

Caso a linha Moto G – ou mesmo qualquer outra linha de qualquer outra fabricante – chegue ao fim, os consumidores não têm muitas alternativas a não ser aceitar o ocorrido. Essas são decisões estratégicas e – muitas delas – pensadas para atender os interesses das próprias empresas.

"Embora, no futuro, ela não seja mais o foco de nosso marketing, a marca Motorola continuará a ser utilizada nas embalagens e em tudo que seja importante para assegurar que essa história nunca seja perdida. O legado que envolve a marca também se perpetuará por meio de nossos produtos licenciados", disse a Lenovo em comunicado. Essa é a promessa da empresa. Será que já está na hora de elegermos o próximo "Moto G" dessa geração?

O que você acha que aconteceria se a marca Moto G deixasse de existir? Comente no Fórum do TecMundo!