Smart City Expo Curitiba 2024: Pessoas devem estar no centro do desenvolvimento urbano, dizem especialistas

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Autoridades em gestão urbana de diferentes países da América Latina marcaram presença no Smart City Expo Curitiba 2024, o segundo maior evento sobre cidades inteligentes do mundo.

Promovido pelo iCities, com o apoio da Prefeitura da cidade e a chancela da Fira Barcelona, instituição que é referência global em eventos de negócios, a quinta edição do congresso aconteceu entre os dias 20 e 22 de março, no Centro de Eventos Positivo, no Parque Barigui.

Além das palestras e debates sobre cidades inteligentes, gestores públicos puderam apresentar seus cases de sucesso, como o sistema de transporte público de Santiago do Chile, que integra trens, ônibus e metrô.

O subsecretário de transportes do governo chileno, Jorge Daza Lobos, disse em entrevista ao TecMundo que o país incentiva a mobilidade ativa, aprimorando espaços para caminhada e investindo em vias para ciclistas.

“Temos mais de 800 km de ciclovias interconectadas e queremos chegar a 2,5 mil km até o fim do atual governo”, disse Lobos. Segundo o gestor, o Estado tem buscado também melhorar a qualidade de vida de pessoas com deficiência que utilizam o sistema.

Mas o principal destaque do Chile quando o assunto é mobilidade urbana diz respeito à eletrificação do transporte público que, para autoridades chilenas, pode inspirar iniciativas brasileiras. De acordo com Lobos, seu país conta com 2480 veículos elétricos e planeja que toda a frota seja elétrica até 2040. “São metas ambiciosas, mas estamos trabalhando por elas”, diz o subsecretário.

Cidades inteligentes com foco nos cidadãos

Para outro representante do país, o gerente-geral de Desenvolvimento Corporativo de Santiago, Jaime Pilowsky Greene, um olhar atento à população precisa estar no centro dessas propostas.

Segundo ele, a interlocução entre diferentes atores sociais, como governos, ONGs e universidades é fundamental para solucionar problemas e estruturar cidades interconectadas e sustentáveis. “O mais importante quando se fala em smart cities não são as tecnologias, são as pessoas”, completou Greene ao conversar com o TecMundo.

Esse foco também esteve presente na fala do diretor de Competitividade do Governo de Bogotá, Juan Felipe Penagos. Criador de um projeto que financiou bolsas de graduação para 40 mil jovens de baixa renda e alto desempenho acadêmico na Colômbia, o engenheiro defende o diálogo entre universidades e setores produtivos como alavanca para o desenvolvimento de cidades inteligentes.

Juventude na vanguarda da transformação

Na visão do especialista, o mercado de cidades inteligentes demanda profissionais capacitados, e é preciso investir no potencial dos jovens para que eles estejam à frente dessa mudança, com todo o subsídio necessário à transformação, disse ao TecMundo. Nesse sentido, segundo ele, é importante pensar políticas não apenas de ingresso no ensino superior, mas também de permanência estudantil.

Penagos também reforça que os estudantes precisam ser incentivados desde cedo a olhar para os setores de ciência, inovação e tecnologia como mercados atrativos. “São disciplinas altamente demandadas e necessárias para o desenvolvimento industrial e econômico dos países e precisam ser mais divulgadas e valorizadas”, diz.

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