Brasileiros podem tornar baterias e células de combustível mais eficientes

1 min de leitura
Imagem de: Brasileiros podem tornar baterias e células de combustível mais eficientes
Imagem: José L. Bott-Neto et al.

Em um artigo publicado recentemente por brasileiros na revista científica ChemElectroChem, pesquisadores brasileiros desenvolveram uma nova célula eletroquímica com o objetivo de realizar vários tipos de experimentos capazes de otimizar as fontes alternativas de energia.

Com a crescente compreensão de que a elevação na temperatura média do planeta é causada pela ação humana, e que uma dessas ações prejudiciais é a utilização de combustíveis fósseis, a busca por fontes de energia limpa, renovável e barata tem se intensificado, e uma alternativa viável são os dispositivos eletroquímicos, que transformam energia química em energia elétrica.

Nesse sentido, pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR) desenvolveram uma célula eletroquímica para experimentos que permitem o acesso direto à dinâmica das reações eletroquímicas em tempo real, sob o ponto de vista atômico e molecular.

O que faz uma célula eletroquímica?

Fonte: ChemElectroChem/DivulgaçãoFonte: ChemElectroChem/DivulgaçãoFonte:  ChemElectroChem 

A célula eletroquímica consegue otimizar os materiais que compõem tanto as células de combustível e baterias (que convertem energia química em elétrica e a armazena) como os eletrolisadores, que convertem moléculas de baixo custo em outras mais atrativas economicamente, como água em gás hidrogênio, por exemplo.

A grande vantagem da "célula" criada é que faz um tipo de "tomografia", integrando infravermelho, luz visível e raios-X, permitindo uma visão multilateral do que está acontecendo com os materiais dentro das baterias, tanto as moléculas em solução nos eletrólitos quanto os eletrodos, supercapacitores e sensores eletroquímicos.

Um dos autores do artigo, Pablo Fernández, do Centro de Inovação em Novas Energias (CINE) explicou que o instrumento está sendo utilizado para estudar reações, como redução de CO2, divisão da água, oxidação da biomassa, entre outros. Essas informações facilitam o surgimento de "materiais avançados que possam contribuir com mais desenvolvimento econômico sustentável e ambientalmente correto".

Você sabia que o TecMundo está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.