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It: Bem-Vindos a Derry termina com revelação sobre Pennywise e ponte para temporada 2

Produção do HBO Max traz novas camadas para a história da criatura, além de expandir a narrativa de Derry e personagens icônicos de Stephen King

Avatar do(a) autor(a): Mateus Mognon

schedule15/12/2025, às 10:15

updateAtualizado em 15/12/2025, às 10:35

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A primeira temporada de It: Bem-Vindos a Derry encerrou sua história no domingo (11) com um desfecho intenso, sangrento e carregado de simbolismo — do jeito que Stephen King gosta. O episódio final, “Brasas do Inverno”, coloca os moradores da cidade diante de mais um massacre causado por Pennywise, ao mesmo tempo em que aprofunda as conexões da série com os filmes It (2017) e It: Capítulo Dois (2019).

Ambientada em 1962, a produção da HBO funciona como um prelúdio direto da saga cinematográfica, mas deixa claro que não pretende ser apenas um “aquecimento”. Ao longo do último capítulo, a série fecha arcos importantes dos personagens apresentados e, de quebra, planta várias sementes para futuras temporadas e outras histórias do chamado “Kingverso”.

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Mais do que derrotar o palhaço dançarino mais assustador da cultura pop, o final de Bem-Vindos a Derry reforça uma ideia central do universo de Stephen King: o mal pode até ser contido, mas nunca é eliminado por completo. Confira mais detalhes a seguir, em um texto repleto de spoilers.

O que acontece no final de It: Bem-Vindos a Derry

O episódio começa em clima de pesadelo. Após o exército destruir um dos pilares que mantinham Pennywise contido, uma névoa densa toma conta de Derry, enquanto o monstro captura crianças e adolescentes sob o efeito dos Deadlights. Lilly, Marge e Ronnie seguem o rastro de sangue deixado por ele, tentando salvar Will antes que seja tarde demais.

Do outro lado, os adultos — com destaque para Dick Hallorann — tentam localizar as garotas e encontrar a última peça necessária para aprisionar Pennywise novamente: a adaga que deve ser enterrada sob a árvore que marca o limite de sua prisão

Em um dos momentos mais tensos da temporada, Hallorann usa seus poderes do “brilho” para invadir a mente do monstro e congelá-lo temporariamente. O personagem, que também aparece em O Iluminado, faz a criatura acreditar que é Bob Gray

O plano funciona por pouco tempo. Pennywise se liberta, corre contra as crianças e quase vence a corrida até a árvore, o que lhe traria a liberdade. No entanto, um momento emocionante muda tudo.

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Pennywise assume uma nova forma e quase alcança as crianças.

A virada vem quando o espírito de Rich Santos, morto no episódio anterior ao salvar Marge no incêndio do Black Spot, retorna para ajudar os amigos – e podemos acompanhar tudo graças ao poder de Dick Hallorann. Com sua ajuda, a adaga é finalmente enterrada, e o monstro é selado mais uma vez, entrando em um novo período de dormência de 27 anos.

Quem morre no final da série

A morte mais marcante do arco final acontece no episódio 7, mas reverbera com força no encerramento da temporada. Rich Santos (Arian S. Cartaya) morre ao salvar Marge do incêndio criminoso no Black Spot, um ataque racista que Andy Muschietti descreveu como um dos momentos mais horríveis e reais da série.

Apesar disso, Rich ainda tem um papel essencial no desfecho. Seu retorno como espírito é tratado pelos personagens como um “milagre” e simboliza a ideia de que a luz e a solidariedade continuam existindo mesmo em Derry. Após ajudar a derrotar Pennywise, ele ainda aparece em seu próprio funeral, confortando os pais e inspirando Dick Hallorann a usar seus dons para o bem.

Fora isso, o episódio reforça o impacto do massacre provocado pelo monstro, mas preserva os protagonistas centrais vivos, encerrando seus arcos de forma agridoce — uma vitória que nunca vem sem cicatrizes. Além disso, a série também mostra conexões de quem sobreviveu com o futuro da franquia.

Enquanto Lilly finalmente teve momentos de paz após uma temporada de sofrimento, Will Hanlon e sua família terminam a produção morando em uma fazenda com a missão de garantir que Pennywise não seja libertado de sua jaula. No futuro, o atual protagonista será pai de Mike, que faz parte do Clube dos Perdedores.

O grande twist: Pennywise não vive o tempo como humanos

O momento mais revelador do final vem quando Pennywise explica a Marge que sua percepção do tempo não é linear. Para ele, passado, presente e futuro acontecem ao mesmo tempo. Isso significa que derrotá-lo em uma linha temporal não impede que ele continue existindo em outras.

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Pennywise faz grandes revelações antes de ser congelado por Dick Hallorann.

Para provar seu ponto, o monstro revela que Marge terá um filho no futuro — Richie Tozier, um dos membros do Clube dos Perdedores — e que esse garoto será responsável por sua derrota definitiva. A partir disso, fica claro que Pennywise tenta manipular eventos no passado para evitar sua morte em 2016, como visto em It: Capítulo Dois.

Andy Muschietti confirmou em entrevista que essa ideia veio diretamente da obra de Stephen King e será explorada nas próximas temporadas. A proposta, segundo o diretor, é “contar a história de trás para frente”, usando essa relação distorcida com o tempo como fio condutor da série.

As falas de Pennywise também abrem muitas portas para que a franquia continue além do material original. Segundo o próprio palhaço, a sua morte também é um “renascimento”.

A cena final com Beverly Marsh e o peso do trauma

Nos minutos finais, a série salta para 1988, um ano antes dos eventos do primeiro filme. No asilo de Juniper Hill, vemos a jovem Beverly Marsh (Sophia Lillis) no momento em que descobre que a mãe morreu por suicídio. 

A cena ganha um tom ainda mais perturbador quando uma paciente idosa entra no quarto — Ingrid Kersh, filha de Bob Gray. A personagem, que também aparece no primeiro filme de It, fala uma frase que ressoa na franquia: quem morre em Derry, não morre de verdade.

A sequência sugere que Pennywise pode ter influenciado diretamente a morte da mãe de Beverly, recontextualizando uma das cenas mais assustadoras de It: Capítulo Dois, quando o monstro assume a forma da Sra. Kersh. Para Jason Fuchs, co-showrunner da série, isso torna a escolha de Pennywise “ainda mais perturbadora”, por explorar um dos traumas mais profundos da personagem.

Muschietti revelou que essa cena foi adicionada tardiamente ao episódio, por sentir que algo ainda faltava no encerramento. Mesmo assim, ela funciona como uma ponte direta entre a série e os filmes, reforçando a ideia cíclica da produção.

Conexões com O Iluminado e o futuro do “Kingverso”

Outro personagem que ganha um destino claramente conectado ao universo de Stephen King é Dick Hallorann. Ao final da temporada, ele finalmente consegue controlar seus poderes, deixa o exército e Derry para trabalhar como chef em um hotel em Londres

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Dick aceita seus poderes e vai trabalhar em um hotel em Londres, abrindo caminho para os eventos de O Iluminado.

Em uma de suas falas, inclusive, ele diz que trabalhar em um hotel pode não ser tão problemático quanto Derry. Para os fãs, é impossível não ligar esse detalhe ao futuro do personagem em O Iluminado, quando ele trabalha no Overlook Hotel, no Colorado. 

Embora a série não confirme se Hallorann retornará, os criadores deixam em aberto a possibilidade de explorar mais de sua infância, seus poderes e sua relação com o “brilho” em temporadas futuras — seja avançando ou retrocedendo ainda mais no tempo.

Com essas conexões, o final da série também é um convite para conhecer mais obras de Stephen King, seja em livros ou séries. No cinemas, os fãs podem encontrar mais conteúdos sobre Dick em obras como o já mencionado O Iluminado e Doutor Sono, ambos disponíveis no HBO Max.

O que esperar das próximas temporadas de Bem-Vindos a Derry

Apesar de ainda não ter renovação oficial, os produtores já confirmaram que existe um plano para três temporadas. A ideia é voltar ainda mais no passado, com a segunda temporada ambientada em 1935, explorando eventos como o massacre da gangue Bradley e o passado de Ingrid Kersh no manicômio Juniper Hill.

Se a terceira temporada acontecer, a história pode ir até 1908, revelando mais sobre Bob Gray antes de ele se tornar Pennywise. Com o truque narrativo do tempo não linear, a série se dá liberdade para expandir o “Kingverso” sem contradizer os filmes — desde que tudo aconteça antes de 2016.

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A série traz uma grande conexão com o filme It em seu final, além de abrir portas para futuras temporadas.

No fim das contas, It: Bem-Vindos a Derry termina com uma vitória parcial, mas deixa claro que o ciclo do mal continua. Em Derry, o medo sempre encontra uma forma de voltar — e isso abre espaço para muitas histórias ainda mais sombrias pela frente.

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