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The BRIEF

Empresa de Steve Jobs ajudou no início da internet

Editor americano relembra as colaborações de Steve Jobs para o início da internet. Artigo ainda cita o poder de inovação de Jobs e da Apple.

schedule18/06/2013, às 07:51

Fonte:

Imagem de Empresa de Steve Jobs ajudou no início da internet no site TecMundo

PCs de Jobs ajudaram no desenvolvimento da internet (Fonte da imagem: Divulgação/Apple)

Um artigo escrito por Charles Severance, da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, traz algumas informações desconhecidas – e muito interessantes – sobre os primórdios da internet, como a importância de Steve Jobs para o seu nascimento, por exemplo.

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Em um texto que mistura história e algumas reminiscências pessoais, Severance cita algumas experiências que teve com alguns gurus da tecnologia alguns anos atrás – quando ele ainda tinha um programa de televisão.

O show em questão chamava-se Internet:TCI e, como você já deve ter percebido, tratava exclusivamente de assuntos ligados à rede mundial de computadores. Como na época (metade da década de 1990) poucas pessoas já tinham acesso à internet, os seus criadores não eram tão requisitados e, por isso, Severance teve contato com vários deles.

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Com a "ajuda" dos NeXT

Em seu programa, que passava somente na rede de TV a cabo TCI, Charles e o seu parceiro Richard Wiggins puderam conversar com Tim Berners-Lee e Robert Cailliau, dois dos principais responsáveis por você estar lendo este texto no Tecmundo.

NeXT Cube (Fonte da imagem: Reprodução/1000bit)

Na entrevista, ambos contaram que a primeira versão da WEB, criada no CERN, em 1990, foi feita em um servidor com base em um NeXT Cube. Além disso, o primeiro PC a navegar nessa internet foi um NeXT Workstation. Caso você não saiba, a NeXT foi criada em 1985 por Steve Jobs, quando este foi “convidado” a deixar a Apple.

Segundo Berners-Lee e Cailliau (no programa gravado há cerca de 20 anos), o NeXTSTEP, sistema operacional utilizado em tais computadores, era muito melhor do que qualquer outra coisa disponível na época.

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Os destaques ficariam por conta de algumas facilidades inteligentes trazidas pelas máquinas, como o fato de que, “se você clicava em alguma coisa, uma nova janela aparecia; sempre que você clicava em um diagrama, você tinha ele em outra janela; quando você clicava em um mapa, você tinha ele em ‘PostScript’, redimensionável e perfeito para a impressão”.

Entre 1990 e 1993, foi o ambiente de desenvolvimento de software avançado da NeXT que tornou possível a ocorrência de uma “inovação sustentável” dentro da internet, tudo sempre com um investimento mínimo de tempo de desenvolvimento.

Desenvolvimento contínuo

Em 1993, um time liderado por Larry Smarr e Joseph Hardin, do National Center for Supercomputing Applications (Centro Nacional de Aplicações de Supercomputação ou NCSA), escreveu o Mosaic, lançando-o em versões gratuitas para Unix, Macintosh e Windows.

O Mosaic (Fonte da imagem: Reprodução/Multimidiaman)

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O que tornou tudo isso possível foi o fato de que o NCSA investiu pesado para ter contato com todas as plataformas possíveis, em vez de simplesmente utilizar os supercomputadores disponíveis no centro. Isso “democratizou” a invenção.

Além disso, o poder gráfico superior dos Macintosh mostrou que seria possível pensar que um computador considerado como commodity poderia ser uma forte e bem equipada estação de trabalho científico. Isso permitiu o desenvolvimento de navegadores de internet que poderiam experimentar imagens, cores e palavras combinadas com textos e hyperlinks.  

De acordo com Hardin e Smarr, “nós quisemos construir um mundo de infraestrutura no qual fosse fácil mover uma imagem como se fosse uma palavra. Quando o Mac II saiu, ele tinha 256 cores. A Apple nos deu 50 Mac II, o que foi incrível. Enquanto isso, ao mesmo tempo, a IBM estava falando aos seus consumidores: ‘Vocês não precisam de cores, nós já as fornecemos. Vocês tem quatro delas – preto, amarelo, ciano e magenta’”.

 Colaboração na inovação tecnológica

Em seu artigo, Charles Severance também cita diversas inovações trazidas por Steve Jobs e pela Apple ao longo da evolução da tecnologia. Segundo ele, Jobs não ficava preocupado somente nos custos dos projetos e como isso daria retorno à empresa. A ideia era primeiro trazer o futuro para o presente e depois descobrir como monetizar tais invenções. Esse espírito de inovação teria permeado (quase sempre) os rumos da companhia.

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Steve Jobs e a paixão pela inovação (Fonte da imagem: Moshe Brakha/AP)

Foi por isso que a Maçã teria introduzido os drives de disquetes de 3,5 polegadas antes de todo mundo, por exemplo. Depois, eles teriam derrubado o uso de qualquer tipo de drive para investir em uma nova tecnologia, as portas USB.

Além disso, em 1999, a Apple investiu pesado na popularização do wireless. Segundo Severance, na época, uma dessas “estações” custaria cerca de 500 dólares. Em um mercado de altos custos, a empresa teria seguido outro caminho, lançando versões dos Apple AirPort Base Stations por 99 e 300 dólares – reduzindo lucros para “forçar” a adoção de uma tecnologia.

Como não poderia deixar de ser, o artigo cita também uma das principais inovações trazidas por Jobs e a empresa da Maçã: o iPhone. De acordo com ele, o trabalho de Steve Jobs foi simplesmente juntar um acelerômetro, um GPS, internet móvel e grande poder de processamento em um dispositivo portátil, pois ele sabia que, com isso, o futuro iria simplesmente acontecer.

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