Oppenheimer: como foi feita a 'bomba atômica' usada em explosão no filme?

Imagens geradas por computador? Aqui, não! O filme Oppenheimer, novo sucesso de público e crítico do aclamado diretor Christopher Nolan, não precisou de CGI para recriar uma das cenas mais impressionantes do cinema moderno: a explosão de uma bomba atômica.

Diferente dos recursos digitais usados frequentemente em Hollywood, Nolan optou por uma abordagem mais realista e ousada. O cinesta acabou utilizando uma bomba em miniatura para dar vida à cena.

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O supervisor de efeitos visuais do filme, Andrew Jackson, revelou ao SYFY que a decisão de usar um artefato explosivo real foi uma escolha arrojada do cineasta. O objetivo do diretor era transmitir ao espectadores o mais puro terror como a consequência de um teste nuclear.

Robert J. Oppenheimer (Cillian Murphy) olhando o teste simulado de Trinity.Fonte:  Universal Pictures/Divulgação 

Para fazer a bomba utilizada na versão cinematográfica do Trinity Test, a equipe utilizou produtos químicos como gasolina, petróleo, pó de alumínio e chamas de magnésio. Com isso, o time de Nolan conseguiu recriar uma explosão com flash brilhante, plumas de fogo e fumaça sem o uso de energia atômica (é claro!).

Pela reação positiva da audiência, a experiência cinematográfica mais autêntica foi alcançada. Além disso, para garantir que a cinematografia da paisagem também estivesse à altura da cena, Christopher Nolan escolheu filmar no verdadeiro deserto do Novo México, retratando as características de um local devastado por uma bomba atômica.

Bomba usada no filme 'Oppenheimer' [acima] e bomba Trinity [abaixo].Fonte: Universal Pictures/Los Alamos National Laboratory

O trabalho da desenhista de produção Ruth De Jong e o supervisor de efeitos especiais Scott Fisher ajudou na fidelidade das gravações. Eles construíram uma réplica da própria bomba Trinity para gravar cenas detalhadas da preparação do artefato, intensificando a tensão presente no longa.

Por que Nolan não quis usar CGI em Oppenheimer?

A opção de Nolan por efeitos práticos em vez de CGI é uma característica marcante do cineasta. Basta rever suas produções anteriores, como A Origem (2010), Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge (2012) e Interestelar (2014).

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O diretor valoriza a autenticidade das tomadas reais e busca proporcionar ao público uma experiência mais visceral e impactante. Em entrevista ao The Hollywood Reporter, Christopher Nolan opinou a respeito do CGI:

"Inerentemente é bastante confortável de se olhar... É seguro, anódino. E o que eu disse a Andrew sobre Oppenheimer é: 'Isso não pode ser seguro. Não pode ser confortável olhar para ele. Tem que morder. Tem que ser bonito e ameaçador em igual medida'".

Veja em detalhes o processo de construção da bomba construída para as filmagens de Oppenheimer no vídeo abaixo:

Não há como negar o compromisso de Nolan em fazer dos seus projetos os melhores filmes para assistir. Confira o retrospecto das principais produções do diretor aqui no Minha Série!

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