Netflix: The Last Days of American Crime decepciona (CRÍTICA)

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Quem correu para assistir o filme The Last Days of American Crime na Netflix, lançado na última sexta-feira (5), esperava grandes emoções. Baseada numa HQ com o mesmo nome, criada por Rick Remender e Greg Tocchini, dois grandes nomes dos quadrinhos, a produção só poderia resultar numa coisa grandiosa. Porém, deve ficar marcada como um dos piores filmes da Netflix de 2020!

Também se apostava muito no experiente diretor francês Olivier Megaton, responsável por continuações de franquias conhecidas como Busca Implacável 2 e 3, e Carga Exposiva 3.

A grandiosidade também está presente na duração do filme, que conta com 2 horas e 20 minutos, e numa grande quantidade de tramas e subtramas presentes no roteiro, além de muitos personagens que vão surgindo ao longo da história, uma aposta distópica ambiciosa.

À medida que o filme vai se desenrolando, contudo, começamos a perceber que alguma coisa deu errado. Talvez a realização técnica não tenha dado conta de entregar o que as propostas radicais prometiam. Ou talvez o projeto tenha se levado muito a sério e necessitasse de mais liberdade.

Netflix/Reprodução

A história de The Last Days of American Crime, novo filme da Netflix

A história se passa num futuro próximo, em que a criminalidade extrapolou todos os limites toleráveis e o governo decidiu implantar um sinal mental capaz de inibir as pulsões criminosas de indivíduos com antecedentes na famigerada bandidagem.

Uma semana antes da implantação da nova tecnologia, Graham Bricke (Edgar Ramírez) aproveita o clima de “saideira” e decide realizar um último grande assalto. Bricke é retratado como um "bandido do bem", em luto pela morte do irmão e meio perdido nas cenas.

Na sua jornada tipo Blade Runner bêbado, o ladrão encontra o playboy Kevin Cash (Michael Pitt) e sua noiva Shelby (Anna Brewster), que o convencem a participar de um plano para roubar um bilhão de dólares e fugir para o Canadá.

Ocorre também uma subtrama com o policial William Sawyer, interpretado pelo bom ator sul-africano Sharlto Copley. A gente não fica sabendo muita coisa sobre o personagem, a não ser que ele curte ser policial. E que irá tentar impedir os bandidos (alguém imaginaria diferente?).

Decepção e tédio marcam o novo lançamento da Netflix

Fonte: Netflix/Divulgação
Netflix/Reprodução

Como a narrativa é muito arrastada e se ocupa em explicar tudo quase que constantemente, o filme incomoda bastante. Acabamos esquecendo e até duvidando que a premissa da produção (que às vezes nos remete a Minority Report) vá chegar a algum lugar. Quem assiste até o fim, inclusive, acaba vendo essa profecia se realizar. 

Da forma como The Last Days of American Crime foi montado e apresentado ao público, se percebe o desperdício de uma ótima ideia, que não consegue se sustentar como "filme de ação", como Velozes & Furiosos, tampouco como uma crítica social do tipo Tropa de Elite.

O ator Edgar Ramírez ainda tenta imprimir algum sentido nas suas cenas, mas o que se percebe é que, aqui, nada é original, e suas tentativas ficam no campo das más intenções.

Texto escrito por Jorge Marin via Nexperts.

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