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The BRIEF

O novo papel do marketing: tecnologia, hiperpersonalização e crescimento sustentável

As empresas sempre coletaram dados, mas agora a questão central é transformá-los em decisões em tempo real.

Avatar do(a) autor(a): Simone Bervig - Colunista

schedule30/09/2025, às 19:15

updateAtualizado em 01/10/2025, às 18:15

O novo papel do marketing: tecnologia, hiperpersonalização e crescimento sustentável

O marketing deixou de ser apenas uma função de comunicação para se tornar o coração estratégico de muitas empresas. Isso só foi possível graças às martechs, tecnologias criadas para potencializar a forma como marcas se conectam com consumidores. Em 2025,
estamos diante de uma nova fronteira: a convergência entre dados, inteligência artificial e experiência do cliente.

As empresas sempre coletaram dados, mas agora a questão central é transformá-los em decisões em tempo real. Plataformas de Customer Data Platform (CDP) e ferramentas preditivas estão ganhando protagonismo, permitindo não apenas mapear comportamentos, mas antecipar necessidades.

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Se antes as martechs focavam em automação de campanhas, agora evoluímos para modelos de IA capazes de criar, personalizar e agir. Isso significa que a IA não apenas sugere conteúdos ou ofertas, mas também executa tarefas de forma proativa, como segmentar públicos, ajustar investimentos de mídia e até prever churn de clientes. É o encontro entre IA generativa, que entende contexto e cria, e IA agêntica, que atua de ponta a ponta.

O consumidor no centro da estratégia

O cliente de hoje é intolerante a fricções. Um clique a mais ou uma comunicação fora de contexto podem significar a perda de uma venda. Estudos mostram que 76% dos consumidores se frustram quando não recebem interações personalizadas. Martechs de última geração tornam possível a hiperpersonalização em escala, criando experiências consistentes em todos os pontos de contato, seja no e-commerce, no WhatsApp ou em uma loja física.

Com mais automação e autonomia das máquinas, cresce a responsabilidade das empresas em garantir transparência, privacidade e uso ético de dados. Conceitos como os “guardrails” de IA (mecanismos que supervisionam e corrigem decisões automatizadas) já começam a ser incorporados em plataformas martech. No Brasil, esse movimento ganha força com as discussões sobre a regulação da inteligência artificial e o fortalecimento da LGPD.

Motor de crescimento

Ao integrar martechs com CRM, vendas e atendimento, empresas conquistam ganhos tangíveis: aumento no lifetime value do cliente, redução de custos de aquisição e elevação de indicadores de lealdade como NPS. A consequência é clara: martech não é mais opcional, mas estratégico para a sustentabilidade dos negócios.

O próximo passo é o marketing aumentado, em que profissionais usam a inteligência das máquinas para ganhar velocidade e escala, sem abrir mão da criatividade, empatia e visão estratégica que só os humanos oferecem. Esse equilíbrio entre tecnologia e sensibilidade
será o diferencial das marcas que desejam se destacar em um mercado cada vez mais competitivo.

As martechs em 2025 não são apenas ferramentas. São o alicerce para um novo modelo de negócios, no qual dados, IA e experiência do cliente caminham lado a lado para gerar confiança, relevância e crescimento sustentável.