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Novos iMac chegam ao Brasil por até R$ 38 mil; por que eles são tão caros?

Os novos iMac chegam com o processador M4, Apple Intelligence e estão disponíveis em várias cores e configurações; veja os valores e por esses são de 'luxo'!

Avatar do(a) autor(a): Nilton Cesar Monastier Kleina

schedule29/10/2024, às 13:00

Novos iMac chegam ao Brasil por até R$ 38 mil; por que eles são tão caros?Fonte:  Apple 

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A Apple lançou ontem segunda-feira (28) uma nova versão do iMac. O computador de alto desempenho tem como destaque o chip M4, com design da própria companhia, além de uma memória unificada que trabalha em conjunto com as unidades de processamento.

O modelo vem pronto para rodar as funções da plataforma Apple Intelligence de inteligência artificial e tem um SSD de armazenamento interno, com portas Thunderbolt e uma entrada Ethernet para conexão via cabo (esta somente nas configurações mais avançadas). 

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Para fazer videochamadas sem precisar de um acessório, ele mesmo traz uma câmera de 12 MP na parte superior central da tela.

Falando nele, o display Retina tem 24 polegadas e resolução 4,5K com nanotexturas que reduzem a reflexão e outros efeitos indesejados de luz. Tanto o Magic Mouse quanto o Magic Keyboard acompanham o aparelho, que está disponível em sete cores: azul, roxo, rosa, laranja, amarelo, verde e prateado.

Nos Estados Unidos, o modelo sai a partir de US$ 1,299 — aproximadamente R$ 7,4 mil em conversão direta de moeda e na cotação atual. Esse valor, porém, pode subir bastante dependendo da configuração desejada e são várias as alternativas de especificações técnicas do iMac.

Quanto custa o iMac com chip M4 no Brasil?

O modelo mais barato do novo iMac no Brasil custa R$ 15,5 mil. Essa é a versão com CPU e GPU de 8 núcleos, memória de 16 GB e SSD de 256 GB. O valor dele chega a até R$ 22,9 mil sem a adição de extras, como o Magic Trackpad e certos softwares pré-instalados, como o Final Cut Pro.

As demais variantes trazem os seguintes preços:

  • iMac M4 com GPU e GPU de 10 núcleos, memória de 16 GB e 256 GB de armazenamento — de R$ 18 mil a R$ 32,4 mil;
  • iMac M4 com GPU e GPU de 10 núcleos, memória de 16 GB e 512 GB de armazenamento — de R$ 20,4 mil até R$ 34,7 mil;
  • iMac M4 com GPU e GPU de 10 núcleos, memória de 24 GB e 512 GB de armazenamento — de R$ 22,8 a R$ 34,8 mil.

A título de curiosidade, o iMac mais caro da loja sai por R$ 38 mil, com todas as configurações no máximo, acessórios inclusos e as licenças de softwares. Em todos esses casos, é possível parcelar o pagamento em até 12 vezes ou ganhar 10% de desconto ao fazer a compra à vista.

Até o momento, apesar de constar na loja online nacional, o modelo ainda não tem estoque disponível no Brasil e nem previsão de lançamento.

Por que os Macs são tão caros no Brasil?

Ao se deparar com esses números, é natural questionar o motivo dos preços tão altos — não só do equipamento como um todo, mas também da diferença do valor final no Brasil e da conversão direta de moeda.

De acordo com Arthur Igreja, especialista em Tecnologia e Inovação, a Apple no Brasil tem uma dinâmica de mercado diferente em comparação a outros países, com vários elementos em jogo até se atingir o preço de um aparelho.

O iMac com chip M4. (Imagem: Apple/Divulgação)O iMac com chip M4. (Imagem: Apple/Divulgação)

"A quantidade de Macs vendida no Brasil é muito baixa, ou seja, é o mesmo produto, mas nos Estados Unidos, por exemplo, ele precisa de fato competir com outras incontáveis opções. Aqui o número de concorrentes é restrito e tem todo esse poder da marca. (...) Em outros lugares, ela acaba fazendo volume, e aqui o resultado se dá pela margem", explica.

Igreja cita fatores de decisão como o câmbio desvalorizado e a incidência tributária, além do posicionamento da Maçã no país como uma marca de luxo, voltada em especial para quem tem o poder de compra necessário.

Outro aspecto importa é a fidelização: a Apple tem usuários que "fazem parte do universo" há anos, o que é visto também no caso do iPhone.

"A pessoa não está comprando um computador, não está adquirindo um item comparável. Se o consumidor optasse pelo Windows, ele teria inúmeras opções, o que o faz buscar mais especificações e performance operacional, com isso o poder da marca é menos relevante. No Mac, o consumidor já está indo para um sistema operacional que é único, que só funciona em um hardware que tem um apelo de marca, que tem um sex appeal", conclui o especialista.