5G: a conectividade e as transformações da indústria e do agronegócio

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A tecnologia 5G não vai apenas aumentar a velocidade das conexões e melhorar o acesso à internet, vídeogames, aplicativos de trabalho e compras online. Além do grande impacto na experiência do usuário pessoa física, os avanços serão muito maiores.

O 5G trará um grande impacto principalmente em suas aplicações profissionais, como na indústria 4.0, interconectando fábricas que trabalham em rede, muitas vezes em diferentes continentes. 

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5G no AgronegócioA conectividade 5G faz parte da revolução industrial modernaFonte: Getty Images

Uma das grandes vantagens na utilização dessa tecnologia no setor industrial, consiste na maior velocidade de transmissão. Esse fato permite que os robôs não precisem guardar dados captados ou produzidos em um HD interno ou externo, podendo ser armazenados na nuvem.

Isso permitirá que a indústria tenha milhares de dispositivos conectados, que compartilham entre si, praticamente em tempo real, informações, documentos e arquivos. Essa alta quantidade de máquinas conectadas pode mudar a maneira como a linha de produção interage e produz. A instalação de sensores capazes de monitorar o desperdício de matéria-prima em tempo real, por exemplo, poderá impedir o desperdício de recursos instantaneamente.

Qual o papel do 5G na Indústria 4.0?

A conectividade entre dispositivos inteligentes que são movidos por inteligência artificial (IA) ou internet das coisas (IoT), otimiza o tempo de resposta a um comando, permitindo a personalização de demandas, alteração de pedidos ou a impressão de características especiais dos robôs, diminuindo perdas.

A indústria 4.0, com o 5G, promete ajudar a “prever o futuro”, corrigir erros, fazer manutenção preventiva automática ou evitar que decisões sigam o caminho errado. Assistimos, assim, aos primórdios de uma nova revolução industrial como parte de um processo de transformação digital da sociedade. Realmente histórico!

Talvez um impacto maior ainda seja aquele que assistiremos quando a quinta geração da tecnologia de redes móveis chegar ao ambiente rural. As expectativas já são bem altas.

De acordo com pesquisa realizada pela consultoria Omdia, em parceria com a Nokia, a perspectiva é que em 15 anos a partir de sua implementação, o 5G traga ganhos financeiros acima de US$ 1,1 trilhão ao País. Para o agronegócio, a estimativa é de US$ 76 bilhões. 

Sabemos muito bem que a evolução tecnológica precisa que a conectividade chegue, por exemplo, às áreas de cultivo.

Para buscar melhorar a infraestrutura de telecomunicações no meio rural, a Anatel estabeleceu – entre as regras do leilão do 5G – dois pontos fundamentais: o prazo (dezembro de 2029) para que todos os municípios brasileiros com mais de 30 mil habitantes tenham a tecnologia disponível, e a obrigatoriedade de investimento na cobertura 4G em alguns trechos de rodovias federais, escolas e áreas remotas.

Conectividade no AgronegócioO 5G traz inúmeros benefícios para o agronegócio, como a otimização de processosFonte: Getty Images

A ampliação da conectividade nas áreas rurais começa a render frutos neste momento. Já é possível praticar a agricultura de precisão, que usa imagens via satélite, favorecendo o desempenho de máquinas automatizadas, como colheitadeiras que estimam a produtividade por talhão, e a utilização de drones para monitoramento de pragas e plantas daninhas.

O que é necessário para a liberação do 5G em áreas de agronegócio?

É preciso enfatizar que ampliar a conectividade, permitindo que tecnologias como o 5G sejam acessíveis aos produtores rurais, não depende apenas de uma política do governo ou de ação exclusiva das operadoras de telecom. É preciso, antes de tudo, que exista uma cooperação entre os setores público e privado. 

Para estimular essa ampliação, especialmente entre a população mais vulnerável e em áreas remotas, os recursos destinados ao Fundo de Universalização das Telecomunicações (FUST) devem ser utilizados, de fato.

Desde 2001, os 5 fundos setoriais recolheram R$ 226,9 bilhões em valores atualizados. Porém, desse total, apenas 8,3% foram aplicados no setor.  O FUST existe há 21 anos, mas toda a sua arrecadação de R$ 54 bilhões (valores correntes) foi para o Tesouro e não para o fim que foi criado. 

Para debater a visão de futuro da indústria brasileira de telecom e sua dimensão estratégica para o desenvolvimento da Indústria e do Agronegócio, no dia 20 de setembro acontecerá o Painel Telebrasil Talks.

Com as presenças já confirmadas de executivos de empresas líderes, e de Alexandre Ywata, Secretário Especial de Competitividade e Produtividade do Ministério da Economia e de Carlos Baigorri, Presidente da Anatel, o encontro debaterá a transformação digital dos setores produtivos e os desafios para a expansão da conectividade por todo o território brasileiro.

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