Auxílio: exclusão digital dificulta acesso das classes D e E ao benefício

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Em abril de 2021, o auxílio emergencial oferecido durante a pandemia da Covid-19, voltou a ser pago pelo Governo Federal. Mas parece que nem todos os beneficiados conseguiram ter acesso ao dinheiro. Segundo um estudo do Centro de Estudos de Microfinanças e Inclusão Financeira da Fundação Getulio Vargas (FGVcemif), a falta de conhecimento para mexer no aplicativo da Caixa e as limitações de acesso à internet foram as duas principais barreiras encontradas pelos brasileiros.

Para a pesquisa, foi aplicado um questionário com usuários de internet com mais de 16 anos de todas as regiões do Brasil entre junho e setembro de 2020. Nas respostas, 38% afirmaram ter conseguido receber o auxílio emergencial e 20% tiveram suas solicitações negadas e não receberam o benefício.

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Classes D e E são as mais afetadas

No fim, a pesquisa concluiu que os trabalhadores das classes D e E foram os mais impactados pela exclusão digital. Isso porque, considerando apenas o grupo de pessoas destas classes, a porcentagem dos que tentaram solicitar, mas não conseguiram, sobe para 23%.

O coordenador da pesquisa, Lauro Gonzalez, explica que muitos brasileiros ainda não têm acesso à internet, um número que chega a aproximadamente 47 milhões de pessoas. "Isso acaba sendo um problema, já que as pessoas dessas classes são justamente aquelas que estão em maior condição de vulnerabilidade social e precisam de políticas de transferência de renda", afirmou à Agência Bori. Além disso, o grupo também soma outras dificuldades, como mostra o gráfico a seguir:

Auxílio emergencialReprodução/FGVcemif

Segundo os autores do estudo, os dados "escancararam" a desigualdade socioeconômica do Brasil com relação ao acesso à tecnologias. "A formulação e implementação de políticas públicas precisa considerar a realidade da baixa renda no uso de tecnologias, sob pena de não atingir seus objetivos ou promover mudanças 'para pior'", alertam os pesquisadores.

A pesquisa também chama atenção das prefeituras e profissionais que atuam em nível local, para ajudar as pessoas a manusear corretamente a plataforma.

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Fontes

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