Apesar da escassez de chips, mercado de PCs cresce muito

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Apesar da escassez global de chips, que está levando montadoras americanas a pedir ao governo que fixe cotas do produto para seu uso, o mercado de PCs teve um ótimo primeiro trimestre.
O Instituto de pesquisa Gartner estima que as vendas de “PCs tradicionais”, ou seja, laptops e desktops, aumentaram 32% em comparação ao 1º trimestre de 2020. Seu concorrente, o IDC, fala em números ainda mais altos: 55%, o que deixa clara uma tendência de alta.

Ambos  concordam que o crescimento é atípico, o Gartner diz que é o maior desde que começou a acompanhar o mercado em 2000. Já o IDC diz que a queda nas vendas no 1º trimestre de 2021 em relação ao 4º de 2020, que sempre acontece, é a menor que já ocorreu desde 2012.

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Quanto aos dados brutos, os números também são impressionantes — o Gartner estima que quase 70 milhões de PCs foram vendidos no trimestre, enquanto a IDC fala em cerca de 84 milhões. Os dois institutos acreditam que os números poderiam ter sido ainda maiores, se não fosse a escassez de chips.

A escassez de chips afetou outros mercados, desde o de veículos até o de smartphones e consoles. As montadoras paralisaram suas linhas de produção, enquanto a Apple teve atrasos na produção de MacBooks e iPads. No caso dos PCs, o efeito mais visível foi a elevação dos preços.

Mesmo com o possível retorno à normalidade após o fim da pandemia, as mudanças nos hábitos de compra e lazer, bem como a consolidação do home office, podem se tornar definitivas. Isso faz a opinião geral, inclusive do Gartner e do IDC, ser de que a demanda continuará aquecida e a escassez de chips persistirá.

Fatores de natureza mais política, como a evolução do relacionamento entre a China e os Estados Unidos e os planos do governo Biden para enfrentar o problema, podem alterar o cenário, mas pelo menos até o final de 2021 a situação não deve se alterar substancialmente.

Vivaldo José Breternitz, colunista do TecMundo, é doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo e professor da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

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