As pessoas mais ricas do mundo: como o cálculo é feito?

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No começo de janeiro de 2021, Elon Musk ultrapassou o empresário Jeff Bezos, dono da Amazon, e se tornou pela primeira vez a pessoa mais rica do mundo. No entanto, essa briga é bem acirrada e as posições no topo são bastante instáveis, podendo mudar a qualquer momento.

O primeiro passo para você saber quem é a pessoa mais rica do mundo é ter um índice, uma fonte confiável que leva em conta diversos fatores e acompanha quase que em tempo real essas mudanças. As mais tradicionais são Forbes e Bloomberg, que trabalham usando o dólar como padrão, convertendo os ganhos de moedas estrangeiras.

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A lista da Forbes talvez seja a mais famosa nesse meio, pois existe desde 1987 e é publicada anualmente, com atualizações em março. Existem outras variações, mas essa é a que costuma chamar mais atenção. O primeiro campeão da lista foi o empresário japonês Yoshiaki Tsutsumi, do ramo de imóveis, com 20 bilhões de dólares acumulados. Em uma era antes da internet comercial, esse era o setor que mais gerava ricaços em várias partes do mundo.

Forbes

A metodologia da Forbes é bem complicada e envolve várias etapas. São cerca de 50 jornalistas e investigadores de 20 países que passam o ano garimpando informações sobre os ricaços e descobrindo nomes que ainda não fazem parte da lista. Os dados coletados são uma soma de tudo que pertence a essas pessoas. Entram na lista:

  • imóveis
  • veículos de qualquer tipo
  • animais
  • obras de arte
  • dinheiro ou ouro em espécie
  • participação em negócios ou ações em empresas

Para isso, os responsáveis fazem pesquisas em documentos públicos, pedem dados para instituições privadas, conversam com pessoas próximas e tentam descobrir o máximo de informações possíveis com os próprios bilionários. Mas nem sempre isso traz bons resultados.

Bloomberg

Já a Bloomberg publica a lista com atualizações diárias desde 2012, baseando-se no patrimônio líquido da pessoa; ou seja, o que ela tem menos o que ela deve. Dessa forma, essa análise verifica a soma de valores de posses, assim como a da Forbes, mas considera muito mais o desempenho da pessoa no mundo dos negócios, já que a atualização ocorre após o fechamento da bolsa de Nova York.

Qualquer um pode entrar na lista?

Não entram na pesquisa membros de famílias reais ou líderes de ditaduras e regimes autoritários, já que o acúmulo de riquezas nesses casos funciona de uma forma diferente. Doações para a caridade, mesmo que a partir de uma entidade filantrópica que leve o nome da pessoa, também não são contadas porque foram repassadas.

Vale ressaltar aqui que esse não é um cálculo exato. É mais um palpite muito bem fundamentado, com várias informações públicas e poucas contestações por parte dos ricaços, mas que não está necessariamente correto e muito dificilmente soma mesmo todas as fontes de riquezas de alguns desses bilionários.

Bill Gates

O cofundador e ex-CEO da Microsoft, Bill Gates, é o recordista em aparições no topo da lista da Forbes. Por muito tempo, ele era o sinônimo de “pessoa mais rica do mundo”; afinal, liderou o ranking por 18 anos.

Aposentado da vida corporativa e com boa parte da fortuna dedicada à caridade, especialmente na área de saúde junto da esposa, Melinda, hoje ele não ocupa mais o primeiro lugar.

Afinal, quem é o mais rico?

A pessoa mais rica do mundo até março de 2020 segundo a Forbes era Jeff Bezos, da Amazon, que também foi o primeiro bilionário a alcançar os 3 dígitos, ao atingir uma fortuna de 113 bilhões de dólares.

Ele disparou em pouco tempo por causa da expansão mundial da Amazon, mas viu parte da fortuna passar para a agora ex-esposa, Mackenzie, após o divórcio. Ele também é dono do jornal The Washington Post e da empresa de exploração espacial Blue Origin.

Outro destaque é Mark Zuckerberg, do Facebook, que é o único do top 10 abaixo dos 50 anos — tem 35 anos. Outros setores que movimentam a lista são o de cosméticos ou farmacêuticos e o de moda. Magnatas das telecomunicações já foram mais fortes, especialmente representados pelo mexicano Carlos Slim, que disputava dólar a dólar com Bill Gates anos atrás, mas agora está na 12ª posição.

Só que a lista da Bloomberg aponta algumas novidades. A principal delas foi uma ultrapassagem na liderança, com Elon Musk deixando Bezos para trás e fechando o dia 7 de janeiro de 2021 com patrimônio líquido de 195 bilhões de dólares. As responsáveis por isso são as ótimas fases de seus dois principais empreendimentos: a montadora de carros elétricos Tesla e a empresa de foguetes e módulos espaciais SpaceX.

Como os investimentos nessas empresas dependem muito da situação atual de mercado delas — como contratos fechados, um novo lançamento ou até um fracasso comercial —, tudo pode mudar rápido. E como a fortuna de alguns desses empresários se baseiam nas ações dessas companhias, que são muitas, uma sucessão de quedas ou uma derrubada brusca na capitalização pode alterar a lista a qualquer momento.

Outros cofundadores ou chefes de empresas que você deve conhecer muito bem frequentemente aparecem nas listas da Forbes ou da Bloomberg já há alguns anos. Alguns dos exemplos incluem a dupla que fundou a Google, Larry Page e Sergey Brin — que já saíram da companhia, mas acumulam cada um pouco mais de 80 bilhões de dólares.

Há ainda Steve Ballmer, ex-CEO da Microsoft, que ainda é um empresário bastante ativo e está logo abaixo. Já Pony Ma, da Tencent, e Jack Ma, do Alibaba, são alguns dos destaques da China listados um pouco mais para trás.

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