Zuckerberg teria ameaçado Reino Unido com desinvestimento em 2018

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Imagem: Wikimedia Commons

Em maio de 2018, dois meses após estourar o escândalo Cambridge Analytica, o CEO do Facebook Mark Zuckerberg ameaçou retirar os investimentos da rede social no Reino Unido se o governo local insistisse na sua participação em uma audiência do caso. A advertência foi revelada pelo The Bureau of Investigative Journalism, nesta terça-feira (8).

A ameaça foi feita por Zuckerberg ao então secretário digital do Reino Unido Matt Hancock, durante uma reunião secreta na conferência VivaTech, em Paris. A instituição sem fins lucrativos liderada por jornalistas britânicos teve acesso às atas desse encontro, de forma parcial, após dois anos de disputa jurídica.

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Segundo o Bureau, o empresário americano só aceitou participar da reunião após ser convencido de que as autoridades não iriam mais pressioná-lo a prestar depoimento sobre a segurança dos dados dos usuários do Facebook, que passou a ser mais questionada depois do escândalo.

Escritório do Facebook em Londres.Escritório do Facebook em Londres.Fonte:  BT.com/Reprodução 

As atas do encontro secreto também mostram como Hancock, atual secretário de saúde do Reino Unido, mudou seu discurso. Dias antes, ele havia criticado Zuckerberg por se esquivar da audiência com os legisladores, mas na reunião acabou garantindo ao executivo que gostaria de trabalhar em conjunto com a rede social em uma nova legislação sobre segurança e regulamentação na internet.

“Governo anti-tecnologia”

Na conversa, o CEO da rede social disse que o governo britânico é “anti-tecnologia”, ao comentar sobre a nova regulamentação proposta. Conforme a publicação, ele teria acrescentado, em tom de brincadeira, que não pisaria mais no país.

Vale destacar que o Reino Unido possui o maior centro de engenharia do Facebook fora dos Estados Unidos. E como Zuckerberg estava ameaçando procurar outros países europeus para investir, as autoridades locais acreditaram ser a hora de mudar a forma de agir.

“Se realmente houver uma percepção generalizada no Vale do Silício de que o governo do Reino Unido é anti-tecnologia, então mudar o tom é vital”, concluiu a ata da reunião.

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