Embraer demite 2,5 mil funcionários no Brasil

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Imagem: Reuters/Paulo Whitaker/Reprodução

A Embraer anunciou a demissão de 900 funcionários nas fábricas do Brasil, que se juntarão aos 1.600 que aderiram aos três programas de demissão voluntária. A empresa tem 20 mil empregados no Brasil e no exterior.

Segundo a empresa, "a Embraer adotou uma série de medidas para preservar empregos como férias coletivas, redução de jornada, lay-off, licença remunerada e três planos de demissão voluntária. Também reduziu o trabalho presencial nas plantas industriais com o objetivo de zelar pela saúde dos colaboradores e garantir a continuidade dos negócios".

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À pandemia de covid-19, que fez desabar em 75% a procura por aeronaves, somou-se os prejuízos da parceria com a Boing, o que exigiu a separação do braço comercial a um custo de US$ 485,5 milhões.

Parceria só trouxe prejuízos

A joint venture com a Boing já foi uma aposta na sobrevivência da empresa, frente a concorrentes como a Airbus e a Bombardier.

O fim da parceria com a companhia americana agravou a situação da Embraer, que acabara de investir US$ 1,75 bilhão no desenvolvimento de três aviões E2; mesmo considerados os melhores na categoria, com a pandemia a maior parte da frota global está no chão.

Mesmo sendo os melhores em seu segmento, não há demanda por novos aviões em todo o mundo.Mesmo sendo os melhores em seu segmento, não há demanda por novos aviões em todo o mundo.Fonte:  Embraer/Divulgação 

De abril a junho, a Embraer teve prejuízo líquido de R$ 1,683 bilhão (no mesmo período em 2019, registrou lucro de R$ 26,1 milhões).

Confira o comunicado da Embraer

“A Embraer anunciou hoje um ajuste de 4,5% do seu efetivo total, o que corresponde a cerca de 900 colaboradores no Brasil. A medida decorre dos impactos causados pela Covid-19 na economia global e pelo cancelamento da parceria com a Boeing. O objetivo é assegurar a sustentabilidade da empresa e sua capacidade de engenharia.

Além disso, a situação se agravou com a duplicação de estruturas para atender a separação da aviação comercial, em preparação à parceria não concretizada por iniciativa da Boeing, e pela falta de expectativa de recuperação do setor de transporte aéreo no curto e médio prazo. [...]

A companhia reconhece e agradece o empenho sempre demonstrado pelos profissionais que deixam a organização neste momento. E conta com o engajamento de todos para atravessar a grave crise atual e manter a empresa competitiva no mercado global.”

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Fontes

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