Amazon teria usado dados de vendedores para copiar produtos

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A Amazon teria usado dados de vendedores da sua plataforma de e-commerce para desenvolver e precificar os seus próprios produtos concorrentes, uma prática contrária às políticas apoiadas pela empresa. A afirmação foi feita por ex-funcionários da companhia, ouvidos pelo The Wall Street Journal.

Na matéria publicada nesta quinta-feira (23), que teve como base os depoimentos de cerca de 20 ex-colaboradores da empresa fundada por Jeff Bezos, foi revelado que alguns executivos obtiveram acesso às informações sobre as vendas de produtos populares na plataforma, de fabricantes terceirizados.

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De acordo com as fontes do jornal, alguns analistas de negócios da gigante do varejo online também facilitavam o acesso a estes dados. Para driblar as regras internas, eles criavam relatórios com informações supostamente agregadas, que na verdade eram os dados pertencentes aos vendedores externos.

A Amazon já foi denunciada por práticas semelhantes em outras ocasiõesA Amazon já foi denunciada por práticas semelhantes em outras ocasiõesFonte:  Freepik 

Os dados acessados pela varejista permitiam que ela destacasse quais produtos apresentavam os melhores potenciais de ganhos, além de definir que tipos de recursos ela deveria copiar e também qual preço cobrar. Com base nestes detalhes, a Amazon produzia as suas próprias versões daqueles itens.

O que diz a Amazon

Em comunicado, a empresa reafirmou que proíbe estritamente seus funcionários de acessar dados não públicos e específicos dos vendedores para determinar quais produtos de marca própria serão lançados. Ela também ressaltou que vai realizar investigações internas para averiguar a prática denunciada.

A gigante do comércio online já foi acusada desta mesma prática em outras ocasiões. Em julho do ano passado, por exemplo, um executivo da Amazon chegou a testemunhar no Congresso dos Estados Unidos, negando haver o uso de dados pertencentes aos vendedores externos em favorecimento próprio.

Na mesma época, a União Europeia também abriu uma investigação antitruste sobre a companhia, ainda em andamento, depois de receber diversas reclamações sobre falsificações e cópias de produtos. O objetivo é verificar se está havendo o uso de dados comerciais confidenciais para obter vantagem.

A empresa corre o risco de sofrer penalidades se o fato for comprovado pelo parlamento europeu.

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