A Google terá que pagar US$ 11 milhões (cerca de R$ 41,5 milhões) para 227 pessoas que entraram com uma ação coletiva contra a empresa. O motivo? A companhia teria negado emprego a elas e usado a idade como fator determinante para a não contratação. O valor não é um veredito ou condenação: trata-se de um acordo entre ambas as partes e que ainda precisa ser aprovado pelo juiz.
O primeiro caso foi registrado por Robert Heath, de cerca de 60 anos. Ele afirma que a Google, apesar de ter afirmado que ele era um "grande candidato", tornou o processo de seleção mais difícil de propósito só porque ele excedia a idade média dos funcionários da empresa.
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Isso aconteceu tanto ao realizar a entrevista com um engenheiro por telefone em viva voz em vez de usar um headset, como seria o mais tradicional, quanto ao entregar um exercício e ter que ditá-lo pelo telefone em vez de compartilhar o arquivo via Google Docs.
Empresa promete melhorar (mas não confessa)
Para Heath, essas atitudes teriam "refletido um completo desrespeito por trabalhadores mais velhos, que são inegavelmente mais suscetíveis à perda de audição". Já Cheryl Fillekes, que registrou um processo em 2016, afirma que foi obrigada a listar o ano de graduação em seu currículo "para que os entrevistadores soubessem quão velha" ela era.
Segundo o Ars Technica, a Google se comprometeu a melhorar os esforços de contratação para evitar discriminações pela idade, garantindo "treinamento para gerentes e criando um novo comitê para lidar com esses assuntos". Apesar de concordar com o valor definido no acordo, a empresa não chegou a admitir a culpa.
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