Pesquisadores usam a rotação dos elétrons para criar novo tipo de memória

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Pesquisadores da Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos, deram um novo passo nos estudos da spintrônica.

Eles criaram um protótipo de um dispositivo capaz de ler e gravar dados controlando os giros dos elétrons com um campo magnético.

Em outras palavras, eles criaram uma memória de computador que pode ser mais rápida e eficiente. O estudo, que foi concluído em dezembro de 2009, foi publicado na edição de agosto da Nature Materials.

Entenda a spintrônica

A palavra é uma contração de spin (rotação, em inglês) e eletrônica. Elétrons são dotados de massa, carga elétrica e spin. Esse último, simplificadamente, representa a rotação dos elétrons. Por convenção, chama-se a rotação da esquerda para a direita de positiva, e sua contraparte de negativa.

Giros de elétrons como maneira de armazenar dados.Os tipos de memórias de computador que conhecemos hoje utiliza as combinações de dígitos binários, que geram sequências interpretadas como textos, imagens, sons e vídeos.

Já a memória spintrônica interpreta o 0 e o 1 binários a partir da direção de rotação do elétron.

Os estudos da spintrônica propõem maneiras diferentes de armazenar a informação, usando características próprias dos elétrons ao invés do campo magnético formado por eles.

Novos caminhos

Os pesquisadores, liderados pelo professor Arthur Epstein, criaram um material híbrido de um semicondutor feito a partir de materiais orgânicos e um polímero semicondutor magnético especial chamado vanádio tetracianoetileno, que opera acima da temperatura ambiente.

Enquanto circuitos típicos usam muita energia, o controle da rotação de elétrons é mais econômico e não produz calor algum. Na prática, isso significa baterias menores e, como o protótipo dos pesquisadores indica, feitas a partir de materiais leves e flexíveis.

O desempenho do protótipo durante testes de leitura e escrita de dados foi considerado bom. Ele guardou todos os dados exatamente como foram armazenados. De acordo com a equipe de pesquisadores, qualquer fabricante de chips pode aplicar a tecnologia, que também é ecologicamente correta.

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