Nem Chuck Norris resistiria: os verdadeiros danos de uma explosão no corpo humano

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(Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons)
Em praticamente todos os filmes de ação, é comum vermos em cena alguma grande explosão, que dá o tom emocionante para a trama — especialmente quando o herói consegue escapar dela. No entanto, apesar de ter efeitos incríveis no cinema, o que acontece com uma pessoa quando ela está perto de uma explosão não é nada parecido com as situações vistas nos filmes (como todo mundo já deve saber).

Na tela, se o herói está próximo de uma explosão, ele normalmente é jogado a alguns metros de distância (sem muitos arranhões, diga-se de passagem). Na vida real, no entanto, os resultados são bem piores (e muito mais doloridos). Isso ocorre pelos explosivos fortes agirem em uma escala de energia bem diferente do que balas de revólver, por exemplo.

Segundo o site Gizmodo, a explicação para o funcionamento básico de uma explosão está no fato de que a detonação ocasionada irradia energia, viajando acima da velocidade do som.

No caso, essa energia irradiada atinge velocidades que vão de 3 km/s a 9 km/s, indo ainda para todas as direções ao mesmo tempo. À medida que essa energia se expande, ela comprime e acelera as moléculas de ar ao redor em uma onda de choque supersônica — e é esta pressão a principal causa de lesões ocasionadas por explosivos. Em seguida, ondas de choque de alta velocidade fornecem ainda mais energia a tudo o que atravessam, inclusive os seus órgãos vitais.

Os estragos feitos no corpo humano

Nos filmes, se uma pessoa está bastante próxima de uma explosão, é comumente retratado ela sendo lançada para longe por uma forte rajada de vento. No caso, isso também ocorre na vida real, mas de uma forma bem mais violenta.

(Fonte da imagem: Reprodução/IMDb)
Quando a onda de choque ocasionada por uma explosão passa por uma área, ela deixa um vácuo quase perfeito para trás — que é imediatamente preenchido por uma rajada de ar, que se torna forte suficiente para lançar um corpo humano por muitos metros. No caso, o trauma físico ocasionado pelo vento da explosão seria o mesmo que você ser jogado de cara no chão com a velocidade de um carro na rodovia.

Tal golpe danificaria seus órgãos, especialmente os pulmões, ouvidos e estômago (que são cheios de ar), além de articulações e ligamentos. O cérebro também seria seriamente ferido: médicos das Forças Armadas dos EUA afirmam que os efeitos de uma explosão em nosso corpo fazem com que o sangue e os fluídos corporais sejam forçados em direção ao crânio, da mesma forma que acontece durante o ato de apertar um tubo de pasta de dente.

Tipos de bombas e suas consequências

(Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons)
O corpo humano, no entanto, pode ser bastante resistente frente algumas explosões. Tudo vai depender da sobrepressão causada por uma bomba — mas, de qualquer forma, não é bom brincar com a sorte e utilizar a “distância” como a melhor forma de proteção.

  • Bomba caseira: ocasiona uma explosão relativamente pequena, de sobrepessão de cerca de 1 psi e ventos de cerca de 65 km/h. Danos: ferimentos leves.
  • Carro-bomba: gera uma sobrepressão de 2 a 3 psi e ventos de até 160 km/h. Danos: lesões graves, grandes danos estruturais, suficientes para matar algumas pessoas.
  • Ogiva nuclear 1 MT: sobrepressão de 5 psi. Danos: força suficiente para aniquilar várias cidades, causar ferimentos generalizados e diversas mortes.
  • Bombas de 10 a 20 psi: com uma sobrepressão máxima de 10 psi, os ventos atingem cerca de 500 km/h e nem o concreto reforçado aguenta tamanha explosão. Acima de 20 psi, é morte na certa. No caso desse tipo de explosão, os ventos podem chegar a até 800 km/h — e os melhores exemplos disso são as armas nucleares muito grandes (algumas já registraram efeitos de até 100 psi, como bombas de hidrogênio).
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