"Ao final, um misto de emoções". (Fonte da imagem: Reprodução/Kotaku)
O Oculus Rift é certamente um dos apetrechos mais contundentes quando o assunto colocado em pauta relaciona-se à “imersão digital”. Já publicamos diversas notícias sobre o que se tem falado acerca do tal dispositivo e sabemos, até agora, que a “menina dos olhos” dos apaixonados pelas tecnologias de realidades virtual e aumentada está em plano processo de desenvolvimento.
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Ainda assim, alguns protótipos dos fabulosos óculos já foram encaixados nas cabeças de alguns poucos figurões. Os avaliadores do acessório, limitados sempre a alguns poucos minutos de jogatina, têm tido boas impressões sobre o periférico (veja aqui). Mas e se a experiência fosse estendida a, por exemplo, cinco horas seguidas de jogatina?
Pois foi exatamente esta a ideia de Richard Eisenbeis, redator do site Kotaku: colocar não somente os óculos à prova, mas submeter seu corpo a quaisquer efeitos colaterais –eventualmente causados pelo uso do dispositivo.
O poderoso Richard em Half Life 2: Episode 1
- Agarre-a! Ela está caindo sobre os seus braços!
“Quando Alyx pulou em meus braços logo no início do jogo, minhas mãos saltaram do teclado e do mouse enquanto eu tentava apanhá-la ‘na vida real’”, escreve Richard Eisenbeis já em referência ao grau de imersão possível por meio do uso dos óculos. “É incrível o quão importante são os olhos para a percepção de espaço. Às vezes eu até esquecia que estava sentado em minha sala de estar”, detalhou o entusiasta.
Qual o limite entre o real e o virtual? (Fonte da imagem: Reprodução/Kotaku)
- O grande atirador de elite
“Nunca fui tão bom em um FPS como em Half Life 2 usando o Oculus Rift. Emplacar headshots era tão fácil quanto mover minha cabeça e dar um clique no mouse. Mas a melhoria nos controles não foi o único motivo que fez minha mira ficar mais precisa. O [Oculus] Rift preenche todo o seu campo de visão, e tudo é muito maior se compararmos a uma partida jogada em, por exemplo, uma televisão de 42 polegadas”, explicou Eisenbeis.
A náusea de Richard em Half Life 2: Episode 1
- Enjoo logo na primeira hora
“No momento em que atingi a marca de uma hora no jogo, comecei e me sentir enjoado. Senti também uma dor de cabeça fraca e ‘um tipo de aflição’ – que permaneceu mesmo após o fim da partida”, confessou o redator, agora relatando os não mais supostos efeitos físicos colaterais provocados pelo uso dos óculos.
De acordo com Eisenbeis, cobaia de seu próprio experimento, o mal-estar deve-se à execução de movimentos rápidos seguidos. “Há uma espécie de borrão quando um objeto move-se rapidamente. Apesar de ter me acostumado com isso, a sensação incômoda não deixou de ser sentida”, disse também o já não tão poderoso Richard.
Um exímio atirador - mesmo com náusea e dores nas bochechas. (Fonte da imagem: Reprodução/Kotaku)
Em resumo, parece que a orientação espacial criada pelo Oculus Rift consegue dobrar as impressões que o cérebro apreende sobre as verdadeiras distâncias entre sujeito e objeto. “Assim, por todo o jogo, minha mente interpretou cada personagem como tendo apenas dois terços do tamanho de um ser humano normal”, relatou Eisenbeis.
- A pior experiência de Richard
“A coisa mais dolorosa que experimentei veio das telas de carregamento de Half Life 2: Episode 1. Sempre que o jogo é carregado, a tela fica pausada sem aviso prévio durante 10 segundos. E, em um game em que você está o tempo todo ajustando a sua visão em função dos movimentos da cabeça, ter esse controle repentinamente ‘congelado’ fez com que eu tivesse uma das mais desorientadoras experiências da minha vida”, testemunhou o jogador.
- Por fim, dores físicas
“Ao me aproximar do final do Episode1, notei um efeito colateral final: as dores físicas. Apesar de não pesar nem um quilo, o Oculus Rift começou a cobrar seu preço depois de ter sido sustentado [pela minha cabeça] durante quase seis horas”, pode-se ler no relato do escritor, que sofreu com dores no pescoço e nas bochechas. Contudo, todo o mal-estar sentido foi se dissipando ao longo das horas e, no final, “os sentimentos sobre a experiência foram mistos”.
Ao passar das horas, as dores acabaram sumindo. (Fonte da imagem: Reprodução/Kotaku)
“A imersão presenciada em Episode 1 foi irreal, e eu não poderia deixar isso ‘passar em branco’. Mas os efeitos colaterais me preocupam”, pontuou Richard.
Ele é apenas um protótipo
É preciso notar, sobretudo, que o Oculus Rift testado por Richard Eisenbeis está longe de chegar às prateleiras do mercado. Otimizações estão sendo feitas no dispositivo – parece que a resolução das telas (de 640p X 800p) vai ser aumentada; os problemas de orientação espacial relatados por Richard deverão ser, também, corrigidos.
Os protótipos podem ser, contudo, encomendados. (Fonte da imagem: Reprodução/Baboo)
Dessa forma, não há previsão para a chegada do Oculus Rift ao grande público. No entanto, encomendas do protótipo podem ser feitas por meio do site oficial dos desenvolvedores. Será que a nova geração de consoles vai admitir o uso deste periférico? Quais são as suas impressões sobre as experiências relatadas por Richard Eisenbeis?
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