Análise: smartphone Apple iPhone 6 Plus [vídeo]

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O iPhone 6 não é um aparelho revolucionário e não oferece nenhuma novidade incrivelmente diferente de tudo o que estamos acostumados a ver por aí. Em vez de tentar reinventar a roda, a Apple respondeu aos pedidos e aumentou o tamanho da tela. De resto, a empresa optou por refinar aquilo que sempre consagrou os aparelhos da marca: design, simplicidade e eficiência.

E é justamente aí que está a sua principal qualidade. O iPhone sempre foi um aparelho excelente, desde o primeiro até o mais recente. E com o iPhone 6 nós continuamos tendo isso: design, confiabilidade, desempenho e agora uma tela maior.

O iPhone 6 Plus é basicamente o mesmo aparelho que seu irmão menor, com exceção da tela de 5,5 polegadas e de alguns recursos extras na câmera. O modelo é o primeiro phablet desenvolvido pela Apple e veio para disputar a liderança de mercado com produtos poderosos, como o Galaxy Note 4.

Especificações

Novo visual: ainda mais fino

Sem dúvidas o que mais destaca o iPhone 6 dos anteriores é o tamanho da tela, que passou de 4 polegadas no iPhone 5S para 4,7 polegadas no iPhone 6 e 5,5 polegadas no iPhone 6 Plus. O Plus é maior que o iPhone 6 apenas em tamanho, pois a espessura é quase a mesma. O peso também não é dos maiores: são apenas 172 gramas contra cerca de 129 do iPhone 6.

O design do iPhone 6 Plus é bem mais arredondado que o das quatro últimas gerações, lembrando muito o desenho original do primeiro iPhone. O novo modelo traz uma carcaça de metal na parte traseira, além de bordas e laterais também arredondadas.

A tela seguiu a mesma tendência e ganhou bordas levemente chanfradas para combinar com o restante do desenho do aparelho, fazendo com que deslizar os dedos por essa região seja mais confortável.

A parte traseira possui alguns detalhes que causaram discordância: alguns gostaram, outros nem tanto. São as pequenas peças plásticas que separam as antenas do aparelho. Segundo algumas pessoas, as linhas parecem destoar do desenho do celular. No final tudo acaba combinando muito bem.

Quando falamos no design do iPhone 6 Plus, o que mais chama atenção é a câmera traseira, que fica projetada para fora. A protuberância chama mais atenção do que deveria e parece que vai enroscar em alguma coisa a todo momento. Além disso, quando o aparelho fica posicionado sobre a mesa, quase todo o peso fica sobre a lente, o que pode favorecer acidentes e riscos. Deste modo, recomendamos o uso de cases para garantir que a lente da câmera não sofra nenhum dano adicional.

E, curiosamente, essa foi a segunda vez (a primeira foi com o iPhone 5C) que a Apple lançou, junto com o iPhone, cases personalizados. Existem dois tipos: em couro e em silicone. Ambos são ofertados em diversas cores e possuem um ótimo acabamento.

Falando em aproveitamento de espaço, o novo iPhone continua trazendo as largas bordas inferior e superior na parte da frente: tanto o iPhone 6 quanto o Plus. Isso faz com que a proporção da tela para a carcaça não seja tão bem aproveitada nesse modelo, permitindo que as 5,5 polegadas do iPhone 6 Plus façam ele parecer muito maior que outros aparelhos com a mesma medida de display, como o LG G3.

Parte da culpa disso é do botão Home, que exige mais espaço. Para manter a simetria [supostamente], o mesmo espaço físico é reservado na parte superior. A Apple poderia ter resolvido essa situação com uma nova forma para o botão, mais estreito, como a Samsung utiliza, ou abrindo mão da simetria e deixando a parte superior mais estreita que a inferior. Isso manteria a dimensão da tela e diminuiria o tamanho físico do celular mas também poderia deixar o sensor biométrico menos preciso.

O iPhone 6 Plus é grande como quase todos os phablets disponíveis no mercado. Por isso, utilizar o aparelho com apenas uma das mãos é algo relativamente difícil sem uma espécie de “treinamento” para não deixá-lo cair.

Nesse ponto, é preciso ter cuidado com um detalhe: a parte traseira e as bordas arredondadas de alumínio tornam relativamente fácil deixar o aparelho escorregar da mão — especialmente se você estiver tentando alcançar os pontos mais extremos da tela com o polegar. Novamente, aqui ressaltamos que o uso de um case ajuda a evitar possíveis acidentes e a melhorar a “pegada”.

Mesmo que você consiga equilibrar o aparelho entre os dedos, possivelmente passará a maior parte do tempo utilizando ambas as mãos para utilizar o celular.

Para facilitar o uso das áreas mais inacessíveis das telas grandes, a Apple inseriu um recurso simples, mas eficiente. Dois toques (sem clique) no botão Home fazem a tela descer, não importa em qual aplicativo você esteja. Feito isso, basta selecionar alguma coisa para que tudo volte ao normal. Esse recurso é especialmente útil no iPhone 6 Plus devido ao seu tamanho avantajado.

O Plus também pode ser utilizado em modo paisagem, assim como o iPad, porém não são todos os aplicativos que têm suporte a esse recurso.

A Apple oferece três opções diferentes de cores para o iPhone 6 Plus: dourado, prata e cinza espacial. Nas duas primeiras opções, a parte frontal é branca e na terceira, preta.

iPhone dobrado?

Poucos dias após o lançamento do iPhone 6 Plus, diversos usuários vêm reclamando de o aparelho estar dobrando dentro do bolso. A culpa seria da carcaça que, além de ser de alumínio, é grande e fina, favorecendo que ele entorte ao ser pressionado contra o corpo.

Contudo, é preciso ter cuidado com essa situação. Afinal de contas, qualquer celular que “dobrar” poderá apresentar algum tipo de problema e possivelmente deixará de funcionar depois disso. Logo, antes de afirmar que o iPhone é ruim, é preciso separar o que é verdade do que é sensacionalismo.

Durante vários dias carregamos o aparelho para todos os lados, deixando ele sempre no bolso, e em nenhum momento ele sofreu qualquer tipo de problema. Assim, podemos concluir que mesmo que esse tipo de situação possa realmente acontecer, não significa que é algo crônico, mas possivelmente falta de cuidado de seus proprietários.

Inclusive esse problema não é nem mesmo uma novidade, pois ele volta à tona todos os anos quando novos modelos de celulares com o corpo de metal chegam às lojas. Esse site traz uma lista com exemplos de muitos fabricantes que passaram por essa situação nos últimos tempos. Além disso, a própria Apple já mostrou como os aparelhos são testados.

Botões e conectores

A maior diferença nos botões do iPhone 6 Plus fica por conta da tecla power/sleep, que agora está na lateral — ideal para um phablet desse tamanho. Os botões de volume também ficaram mais alongados para combinar com as laterais mais finas, algo parecido com os iPhones 3G e 3GS, que também traziam botões nesse formato.

O conector para fones de ouvido permanece embaixo — uma ótima sacada desde o iPhone 5, já que geralmente colocamos o celular de ponta cabeça no bolso. A saída de som também continua sendo na parte inferior como nos modelos anteriores, assim como o conector Lighting.

iOS 8

A chegada do iOS 7 trouxe muitas mudanças para o sistema operacional da Apple. A maior delas foi o visual completamente renovado, que modernizou a interface e trouxe inúmeras novidades.

O iOS 8 continua com a mesma cara e as mudanças são mais difíceis de se perceber, pois a maioria delas é interna. Pela primeira vez a Apple está permitindo que desenvolvedores criem aplicativos mais integrados ao sistema. Programas podem usar o sensor biométrico para autenticação e substituir algumas funções que antes só podiam ser executadas por apps nativos, por exemplo.

Outra possibilidade é a instalação de novos teclados no sistema. Se antes era preciso se acostumar com o layout de teclado oficial da Apple, agora temos alternativas como o famoso Swype, que já faz bastante sucesso no Android. A tela de notificações também recebe widgets personalizados: manchetes de jornal podem aparecer diretamente na tela de notificações. Mensagens de programas e teclas de atalho também podem ser alocadas ali.

A proposta da Apple sempre foi oferecer soluções completas e simples para os usuários. Isso sempre obrigou a empresa a manter as rédeas curtas de seus produtos. Deste modo, o iOS 8 tem uma tarefa complicada pela frente: ele precisa continuar oferecendo a mesma simplicidade de sempre mesmo que tenha mudado muito por dentro.

O iOS 8 não é perfeito, mas mesmo assim a Apple conseguiu fazer um excelente trabalho com o sistema operacional. Ele veio com as mudanças prometidas e conseguiu continuar sendo o mesmo iOS de antes, pelo menos na acessibilidade. Desta forma, quem pega o aparelho na mão continua podendo fazer tudo como sempre fez.

Os aplicativos nativos continuam sendo incrivelmente eficientes e ganharam atualizações importantes. O teclado finalmente recebeu o recurso preditivo para facilitar a digitação e se tornou um ponto importante do sistema. Como já citamos antes, agora é possível trabalhar com teclados alternativos.

O SO também ganhou novos aplicativos, como o Saúde, um sistema de monitoramento que pode aproveitar os sensores e outros recursos para registrar dados de exercícios e até mesmo fichas médicas, que podem ser acessadas a partir da tela de discagem de emergência sem que seja necessário desbloquear o telefone.

Uma novidade é o aplicativo Dicas, que, como o nome já diz, oferece diariamente dicas de como realizar tarefas dentro do iOS 8.

Ajustes são necessários

A novidade está há poucos dias no mercado, por isso os programas de terceiros ainda não estão desenvolvidos completamente. O Swype, citado no início, ainda não oferece suporte ao português, por exemplo, além de ser um pouco inferior em termos de recursos que a versão desenvolvida para o Android.

Até o momento, o sistema apresentou várias falhas em tarefas cotidianas, como teclados desaparecendo e aplicativos travando e fechando sozinhos.

Apesar de chato, isso é até aceitável até certo ponto devido ao grande número de mudanças no núcleo do sistema. É de se esperar que com a popularização da nova versão do sistema esses problemas desapareçam. Tanto a Apple como os desenvolvedores devem lançar atualizações e novas versões dos aplicativos e em pouco tempo tudo deve se ajustar.

No geral, a sensação é de que a Apple deu um passo na direção certa, mas ainda é preciso refinar essas mudanças para que elas não estraguem o que sempre foi a principal característica do iOS: simplicidade e estabilidade. Ainda precisaremos esperar alguns meses para ver todo o potencial do iOS 8, mas certamente o futuro do sistema é promissor.

Handoff: comece por aqui, termine por lá

O Handoff é um sistema de sincronização de arquivos que permite que você distribua o seu trabalho entre vários dispositivos Apple diferentes.

Você pode começar a editar uma imagem no iPhone e continuar o trabalho no seu desktop, por exemplo, exatamente do mesmo ponto onde parou, pois a sincronização acontece em tempo real.

Tarefas como ligações ou mensagens podem ser respondidas no computador, algo que deve aumentar a interoperabilidade entre os dispositivos da empresa, já que o recurso funciona apenas em dispositivos Apple.

Esse tipo de interoperabilidade é uma tendência entre os sistemas. O Windows está partindo para a mesma estratégia com o Windows 10, que deve integrar de vez todos os SOs da empresa.

iCloud Drive

O iCloud Drive chega para guardar qualquer tipo de arquivo. O objetivo da ferramenta é fazer com que ela sirva para realizar a integração entre os sistemas da Apple — principalmente aqueles aplicativos que trabalham com o Handoff.

O espaço para armazenamento gratuito continua sendo de 5 GB, mas pode ser aumentado via pagamento de mensalidade.

Mais poder com o novo chip A8

O iPhone 6 Plus vem equipado com um novo SoC (System on a Chip): trata-se do A8, que é desenvolvido pela própria Apple. De acordo com a empresa, ele pode apresentar até 25% mais poder de processamento e até 50% mais poder gráfico que o A7, presente no iPhone 5S. Tudo isso mesmo consumindo metade da energia.

O novo chip é feito pela TSMC, que substituiu a Samsung na tarefa de fabricar os processadores da Apple. Dentro dele, os cerca de 2 bilhões de transistores (o dobro do A7) são construídos com litografia de 20 nm. O processador é dual-core e roda a um clock de 1,4 GHz, e, assim como seu antecessor, esse modelo também é baseado na arquitetura 64-bit.

A GPU incluída no A8 é a quad-core PowerVR Series6XT GX6450, e é nela que está o maior poder do iPhone 6 Plus. Parte do sucesso do iPhone se deve aos games e a Apple sabe disso, por isso investiu no desenvolvimento de uma GPU mais potente e de uma nova API gráfica para os games baseados no iOS.

O iPhone 6 Plus possui apenas 1 GB de memória RAM. Em termos gerais, parece pouco. Contudo, na prática essa quantidade de memória é perfeitamente suficiente para garantir que uma série de aplicativos pesados esteja aberta na memória simultaneamente. Alternar entre eles é praticamente instantâneo.

O fato é que, mesmo que alguns acreditem que o hardware seja inferior ao de outros flagships, no iPhone 6 Plus ele é mais do que suficiente para garantir um desempenho pra lá de satisfatório. Seria bom tem mais memória? Certamente que sim, mas isso não é exatamente necessário, já que em nenhum momento o phablet apresentou quedas de desempenho. O que a empresa fez foi colocar no aparelho o hardware que ele precisa para funcionar muito bem e nada além disso.

Ainda de acordo com a Apple, o novo chip A8 não sofre com o problema de “throtling”, que não é nada menos que a diminuição do clock do processador para preservar o equipamento quando ele esquenta demais. A empresa garante que esse problema afeta a maioria dos chips Snapdragon, por isso os aparelhos Android podem sofrer com quedas de desempenho depois de algum tempo de uso intenso.

Esse tipo de afirmação é verdade até certo ponto. O throttling existe, mas não afeta tanto assim os outros smartphones. O que podemos confirmar é que sim, o A8 esquenta menos que os chips Snapdragon da série 800 para cima. Pelo menos na carcaça do aparelho não pudemos sentir um aumento considerável de calor sendo gerado, problema comum em celulares como o Lumia 930, o LG G3 e o Samsung Galaxy S5.

Vale lembrar que o hardware do iPhone 6 Plus é exatamente o mesmo do iPhone 6, ou seja, pode ser que o modelo menor tenha um pouco mais de fôlego na hora de processar aplicativos mais intensivos graficamente. Isso acontece por causa da resolução da tela, que é maior no Plus.

Nova biblioteca: Metal

Para melhorar ainda mais a eficiência do sistema, a Apple está trazendo uma nova linguagem de programação para os games. Trata-se do Metal, uma API que promete aproximar mais os aplicativos do hardware do iPhone. Esse tipo de processo pode diminuir a abstração e permitir que o sistema fique mais eficiente.

Uma série de desenvolvedores já está participando do projeto e criando jogos para o iPhone com a nova tecnologia. Entre eles temos nomes como EA, Disney, Gameloft, Ubisoft, Unity e muitos outros.

Sensores e o novo coprocessador M8

Um dos novos sensores incluídos no iPhone 6 é o barômetro. Com ele o aparelho pode medir a altitude em que você se encontra e, com isso, calcular quantos degraus você subiu em uma escada ou quantos passos você deu em um dia, por exemplo. Ele também consegue distinguir caminhadas de corridas ou ciclismo.

Esse e diversos outros sensores presentes no aparelho são gerenciados pelo M8, o novo coprocessador presente no iPhone 6. Um dos principais destaques do novo hardware é o baixíssimo consumo de energia, que permite que ele se mantenha ativo o tempo todo, sem drenar toda a bateria do aparelho.

Todos os dados reunidos pelo M8 são organizados pelo aplicativo “Saúde”, que chegou junto com o iOS 8 e funciona como uma central de monitoramento de atividades físicas e outros recursos.

Por que não devemos comparar o hardware de aparelhos diferentes?

Muita gente ao ver as especificações técnicas do iPhone 6 tratou de reclamar que o aparelho é inferior aos seus concorrentes por trazer apenas um processador dual-core e 1 GB de memória. Em números absolutos é verdade, o hardware do iPhone é mais modesto que o de alguns competidores da mesma categoria, como o LG G3, o Galaxy S5 e Lumia 930.

Entretanto, é preciso ter muito cuidado ao afirmar que, por causa do hardware, o aparelho é inferior aos outros modelos. Antes de tudo é preciso lembrar que o iPhone é inteiro desenvolvido pela Apple, ou seja, tanto o hardware quanto o software são projetados e otimizados para trabalhar de forma perfeita em conjunto.

Isso já não acontece tanto nos aparelhos Android, nos quais o sistema é desenvolvido pela Google, e o hardware, por uma série de fabricantes diferentes. Apesar de ser otimizado até certo ponto, o sistema precisa de um pouco mais de recursos para funcionar de forma perfeita.

Sabendo disso, é fácil perceber que o hardware pode ser inferior em números, mas essa diferença pode ser compensada com a otimização do sistema como um todo. É similar ao que acontece quando comparamos o vídeo game e o PC.

Para comparar produtos, tente sempre se manter dentro da mesma linha: Android com Android, Windows Phone com Windows Phone e iPhone com iPhone. Cada um trabalha de maneira distinta, e o único meio de saber se um aparelho é realmente bom é testando-o na prática.

E, nisso, pudemos comprovar que o novo iPhone não deixa nada a desejar em relação aos concorrentes, principalmente se compararmos os benchmarks. Em alguns testes, o celular da Apple sai na frente da concorrência, mesmo tendo um hardware “tecnicamente” inferior.

Touch ID / Apple Pay

O TouchID chegou pela primeira vez com o iPhone 5S, em 2013. A nova geração continua trazendo o recurso, que agora ficou ligeiramente mais poderoso, pelo menos em termos de funcionalidade, já que o hardware por trás do leitor biométrico continua sendo o mesmo.

Uma das novidades da ferramenta é que agora ela poderá ser utilizada por aplicativos de terceiros que exijam autenticação de alguma forma. Porém, a principal novidade é o novo sistema de pagamentos oferecido pela empresa: o Apple Pay.

O sistema de pagamento eletrônico da Maçã promete ser a forma definitiva de pagamentos. A tecnologia funciona via NFC e utiliza o Passbook (presente no sistema desde o iOS 7) para armazenar informações de cartões de crédito e débito.

As informações são armazenadas em um chip presente no iPhone dedicado apenas para isso, tudo para garantir a segurança das transações e evitar possíveis vazamentos de dados. Apesar de promissor, o sistema só está garantido para os Estados Unidos, pelo menos por enquanto. De acordo com a Apple, já existem mais de 220 mil lojas cadastradas, e a novidade também traz o apoio dos principais bancos do país.

Tela e imagem

A tela do iPhone 6 Plus é a principal estrela dessa geração, já que ela cresceu bastante desde o iPhone 5S. Ao todo, são 5,5 polegadas em uma resolução de 1080x1920 pixels — é o primeiro smartphone da Apple a trazer uma tela Full HD. Construída com a tecnologia IPS LCD, ela possui uma densidade de 401 ppi.

A diferença de definição de imagem para o iPhone 6 é pequena, sendo difícil perceber diferença entre as duas. Contudo, a imagem ainda é menor que a do Galaxy Note 4, que possui tela Quad HD (1440x2560 pixels).

Mas essa resolução influencia na qualidade da imagem? Na prática, não. Enxergar pixels e distorções na tela é uma tarefa quase impossível. O trabalho de processamento de imagens desenvolvido pela Apple para a nova geração de celulares foi muito competente e garante definição com qualidade, brilho e cores, além de ângulos de visão impressionantes.

É possível ver a diferença de definição nas imagens se compararmos lado a lado a tela Retina HD do iPhone 6 Plus com uma tela Quad HD do mesmo tamanho? Sim, essa diferença é perceptível. As imagens ficam ligeiramente mais nítidas em resoluções maiores, contudo isso só pode ser percebido ao colocar um aparelho do lado do outro.

Mais uma característica que chama muita atenção é a distância do vidro super-resistente para o painel de LCD. Quando mexemos na tela, a impressão é de que estamos tocando os pixels com os dedos tamanha é a precisão das imagens.

Como a proporção de tela é a mesma do iPhone 5S, a maioria dos aplicativos deve ser exibida no display do iPhone 6 Plus sem problemas. Todos os apps que testamos escalonaram automaticamente para o novo aparelho, sem apresentar falhas ou distorções.

Contudo, alguns ícones ficam levemente distorcidos quando o modo “ampliado” de tela é utilizado. Isso aconteceu quando o iPhone 4 chegou ao mercado trazendo a primeira tela Retina, mas foi resolvido facilmente com a atualização dos apps pelos desenvolvedores, algo que deve acontecer rapidamente.

Bateria

A bateria do iPhone 6 Plus possui 2.915 mAh. O aumento na capacidade é um dos fatores que mais diferenciam o modelo do seu irmão menor, o iPhone 6. Junto a isso, temos um sistema de gerenciamento de energia mais robusto e um hardware mais econômico. Assim, é possível acreditar que essa bateria tem tudo para durar bastante.

Em nossos testes, tentamos reproduzir o máximo possível de situações cotidianas de uso do aparelho, pois sabemos que precisar com exatidão a duração da bateria é algo praticamente impossível, já que cada um usa o celular de um jeito.

Por isso, fizemos dois testes: no primeiro, o celular é utilizado um dia inteiro, das 8h da manhã às 10h da noite. As tarefas mais realizadas foram envio de mensagens, acesso a redes sociais, navegação na internet e reprodução de músicas. Nesse teste, o iPhone 6 chegou ao final do dia com 30% da carga, demonstrando que, apesar de não ser a maior bateria do mercado, ele é relativamente econômico.

O segundo teste é feito em um ambiente controlado. Para medir a duração média da bateria, reproduzimos um vídeo em streaming através do WiFi até que toda a carga se esgote. Vale lembrar que a capacidade de carga das baterias pode variar de um mesmo modelo para outro, portanto, esses testes servem apenas como referência.

Câmera

A Câmera principal do iPhone 6 Plus vem com 8 megapixels de resolução, a mesma taxa desde o iPhone 4S. Em números exatos, ela fica distante de outros aparelhos top do mercado que já trazem câmeras na faixa dos 20 megapixels.

Entretanto, é preciso lembrar que a resolução da imagem não é a única medida de qualidade em uma câmera e existe uma série de recursos e fatores que podem influenciar no resultado final, e foi justamente aí que a Apple apostou.

As câmeras mais antigas utilizavam um sensor separado apenas para o foco, pois esses pixels não podiam capturar imagens. O novo sistema do iPhone 6 trabalha com pares de pixels que podem detectar a luz de ângulos diferentes da lente, gerando duas imagens que são sobrepostas: se elas combinarem perfeitamente, a imagem está em foco; caso contrário o sensor sabe exatamente o quanto deve se movimentar para que isso aconteça.

Para que isso seja possível é preciso que o chip de processamento de imagem (ISP) do celular seja potente, afinal de contas, ele precisa realizar esses cálculos quase instantaneamente. Com isso o iPhone 6 consegue ser rápido sem precisar de foco a laser.

A empresa desenvolveu um novo tipo de sensor para a iSight Camera, com um recurso chamado “Focus Pixels”, que consegue regular o foco automático de maneira mais eficiente, além de controlar a captação de luz com mais precisão.

Junto com esse sensor está o obturador f/2.2, que garante que o foco possa ser realizado com muito mais rapidez, sem que aquele efeito de “vai e vem” da lente focando possa ser percebido, inclusive em imagens em movimento. De acordo com a Apple, a tecnologia utilizada é a mesma de câmeras DSLR de alta tecnologia.

O módulo da câmera é fabricado pela Sony (Exmor RS) e possui um sensor do tipo BSI (back-side illuminated) que trabalha com pixels de 1.5µ. Tudo isso é amplificado pelo novo sistema de processamento de imagens presente no chip A8, que conta com recursos como uma melhor detecção facial.

Entre as novidades também está o novo modo panorama, capaz de registrar imagens com até 43 megapixels de resolução e novos modos de fotografia, como o Burst Mode, que pode bater um grande número de fotos em sequência. Além disso, o sistema vem com o seu próprio modo Time-Lapse.

Já a câmera frontal possui 1,2 megapixels e grava vídeos com qualidade HD, mas o diferencial é a abertura de f/2.2 capaz de registrar até 81% mais luz. Com isso a Maçã entra para o time de empresas que tenta oferecer “o celular perfeito para selfies”. O Burst Mode também funciona na câmera frontal.

A maior capacidade de captação de luz se dá pela abertura da câmera frontal que é maior que de outros modelos disponíveis no mercado como o Galaxy Note 4 (f/1.9) ou o LG G3 (f/2.0).

Na prática, é possível perceber que a Apple não exagerou. O sistema é realmente capaz de registrar imagens com muita qualidade, incluindo fotos macro. O autofoco é incrivelmente eficiente e rápido, assim como o disparo das fotos mesmo em movimento. O sistema de reconhecimento facial realmente está mais eficiente que antes, além de mais rápido, assim como o foco da câmera.

Optical image Stabilization

Além de todos esses recursos, o iPhone 6 Plus também traz um diferencial a mais, que é o sistema óptico de estabilização de imagem, que funciona assim: além de se movimentar para frente e para trás na hora de focar, a câmera agora pode se mover para os lados, para cima e para baixo.

Esse tipo de recurso é importante especialmente em situações de pouca luz, quando é preciso aumentar a exposição da câmera para que as imagens fiquem boas.

Som e vídeo

O iPhone 6 Plus grava vídeos com qualidade Full HD, mas essa não é a única característica importante. Agora, além de gravar em 1080p a 30 fps, também é possível gravar a 60 fps para garantir vídeos com mais realismo e suavidade.

O modo de câmera lenta retornou: o iPhone 6 Plus pode gravar vídeos a 240 fps e resolução 720p. O modo de estabilização digital de vídeos recebeu uma atualização e está mais eficiente que na geração passada. Infelizmente o iPhone 6 não grava vídeos em 4k como alguns de seus concorrentes.

O sistema de som do iPhone 6 Plus, assim como o do iPhone 6, não veio com muitas novidades. O alto-falante continua localizado na parte inferior do aparelho e o conjunto de fones de ouvido é o mesmo do iPhone 5S.

Os “Apple EarPods” foram desenhados para se adaptar de forma mais confortável à sua orelha e maximizar a saída de som, garantindo frequências mais graves fiéis e áudio de excelente qualidade. O conjunto também possui controle de volume e microfone para que seja possível atender ligações com facilidade.

Apesar de esses fones de ouvido terem uma qualidade indiscutível, muita gente acreditou que o iPhone 6 teria como companheiro um par de fones de ouvido da marca Beats, já que a Apple adquiriu a empresa recentemente. Infelizmente, quem quiser um acessório da marca precisará adquiri-lo separadamente.

Benchmarks

GFXBench 3.0

O GFXBench é um aplicativo de testes multiplataforma que analisa o poder de processamento gráfico e computacional dos aparelhos. A API gráfica utilizada é o OpenGL ES e os testes se dividem em várias categorias diferentes. Para que seja possível comparar aparelhos de sistemas diferentes utilizamos os testes sinalizados como “offscreen”, em que a resolução de todos os testes é travada em 1080p internamente. Quanto maior a pontuação, melhor é o desempenho.

3DMark

O teste Ice Storm Unlimited, do 3D Mark, é utilizado para fazer comparações diretas entre processadores e GPUs de aparelhos com sistemas diferentes. Desse modo, fatores como resolução do display não afetam o resultado final. Quanto maior a pontuação, melhor é o desempenho.

Antutu 5.0

Um dos aplicativos de benchmark mais conceituados em sua categoria, o AnTuTu Benchmark 4 faz testes de interface, CPU, GPU e memória RAM. Os resultados são somados e geram uma pontuação final. Quanto maior a pontuação, melhor é o desempenho. O aplicativo não indica a comparação direta de aparelhos de sistemas diferentes, portanto, os números registrados aqui são apenas uma referência.

Basemark OS II

O Basemark OS II trabalha com as três principais plataformas do mercado: iOS, Android e Windows Phone. Os testes englobam diversos quesitos importantes do sistema, incluindo velocidade de processamento geral, memória e gráficos. Quanto maior a pontuação, melhor é o desempenho.

Vale a pena?

Custo x benefício

Antes de se decidir pela compra do iPhone 6 Plus, vários fatores devem ser considerados, como a necessidade específica de um novo aparelho e o que você busca em um smartphone. Além disso, é preciso pensar em qual sistema você se encontra atualmente, ou seja, Windows Phone, iOS ou Android.

Se você já possui um iPhone, você não vai perceber muita diferença além do tamanho da tela e, é claro, da velocidade do sistema. Mas isso é apenas no início. A maioria dos recursos do iPhone 6 deve começar a chamar atenção com a evolução do iOS 8, que infelizmente chegou com uma quantidade razoável de bugs, mas que devem ser corrigidos em breve pela Apple.

Caso você tenha trocado o iOS pelo Android, talvez essa seja uma ótima oportunidade para retornar, já que agora o sistema ganhou novos recursos e, principalmente, uma tela maior.

Em termos de uso dificilmente você vai sentir alguma diferença entre os sistemas, exceto algumas peculiaridades que ainda existem apenas no Android, como baterias removíveis, suporte para cartão SD e o principal: um preço muito menor (pelo menos no Brasil).

O iPhone 6 Plus custa atualmente US$ 749, US$ 849 e US$ 949 para as versões desbloqueadas de 16, 64 e 128 GB, respectivamente. O modelo ainda não tem datapara chegar ao Brasil nem preço definido, mas é provável que o seu custo seja próximo dos R$ 3,5 mil. Sendo assim, mesmo que seja um aparelho de qualidade indiscutível, é preciso estar ciente de que hoje em dia é possível encontrar smartphones com a mesma funcionalidade por valores mais acessíveis.

A vantagem do iPhone é que ele pode durar por mais tempo. Um exemplo disso é o iPhone 4S que, mesmo tendo sido lançado em 2011, recebeu suporte ao iOS 8 e continua sendo um bom aparelho ainda hoje.

Um phablet que sabe o que faz

Em termos gerais, ele mantém toda a qualidade garantida pela marca: um acabamento incrível, um sistema operacional simples, rápido e eficiente e agora também vem com uma tela maior.

As 5,5 polegadas fazem do iPhone 6 Plus um aparelho grande e, assim como com qualquer phablet, é preciso se acostumar com ele, o que pode levar algum tempo. Além de tudo isso, o hardware atualizado garante um desempenho absolutamente satisfatório em qualquer aplicativo para iOS já desenvolvido até o momento, e a tela Full HD dá um ponto positivo a mais para o aparelho.

Como citado anteriormente, o iOS 8 ainda precisa de alguns ajustes para ser perfeito, mas a nova política da Apple em permitir modificações (como teclados alternativos e widgets) já mostra que a empresa não quer ficar para trás na disputa pela liderança do mercado que ela praticamente criou.

A câmera possui qualidade indiscutível, seja para fotos ou vídeos. O destaque fica para o novo modo de câmera lenta, que certamente vai proporcionar vídeos incríveis por aí, e para o Focus Pixels, que, junto ao sistema de estabilização óptica, garante fotografias com rapidez e qualidade, como você pode comprovar na galeria de fotos.

O iPhone 6 Plus deverá encontrar concorrentes de peso na categoria. Além do Galaxy Note 4, ele ainda deve cruzar com aparelhos como o LG G3, modelo que possui uma tela do mesmo tamanho, mas com uma resolução maior, além de ser ligeiramente mais compacto.

Este é o melhor iPhone já feito até hoje e sem dúvidas um dos melhores smartphones já desenvolvidos. Se você procura um aparelho que reúne aquilo que há de mais moderno na atualidade, essa é uma das escolhas mais acertadas que você pode fazer.

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