Inventor transforma Segway em cadeira de rodas movida com balanço do corpo

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Kevin Halsall reside na cidade de Otaki, na Nova Zelândia, onde trabalha como designer de produtos feitos de plástico e é inventor nas horas vagas. Seu amigo, Marcus Thompson, é paraplégico. Na primeira vez que Kevin subiu em um Segway, um diciclo que se move a partir da movimentação do centro de gravidade do veículo, tudo em que conseguiu pensar foi em como adaptar aquilo para facilitar a vida de Marcus.

A primeira etapa de seu projeto foi parafusar um banco em um Segway que tinha tomado emprestado, mas o resultado ainda não era satisfatório. O controle e a sensibilidade do meio de transporte precisavam ser mais refinados. Isso levou o designer a comprar seu próprio Segway, que custou US$ 14 mil (aprox. RS 44 mil) para poder desmontá-lo por completo.

O resultado de suas ideias e de sua persistência foi a Ogo, uma cadeira de rodas que pode ser controlada sem o auxílio das mãos e que manteve apenas as estruturas mais básicas de um Segway. Isso a tornou mais responsiva ao modo como o condutor move o tronco para mudar de direção, acelerar ou frear. A versão atual é a terceira desenvolvida por Kevin, e a única existente.

Kevin Halsall demonstra a mobilidade de sua invenção - Imagem: Stuff

Feita de fibra de vidro, a Ogo pode alcançar a velocidade máxima de 20 km/h e tem uma autonomia média de 30 km antes de precisar que suas baterias sejam recarregadas, além de rodas auxiliares que ajudam na travessia de terrenos acidentados e "off-road". Marcus, o amigo paraplégico do inventor, experimentou a cadeira para cortar a grama de seu jardim e se deslocar até a Faculdade de Otaki, onde trabalha como professor. Sua reação positiva era o que Kevin precisava para saber que sua ideia estava no caminho certo.

Segundo o inventor neozelandês, com apenas mais alguns ajustes, a Ogo estará pronta para ser comercializada globalmente, mas primeiro ele busca por investidores que banquem o alto custo de produção – cerca de US$ 18 mil (aprox. R$ 56,4 mil) –, uma vez que para cada cadeira construída, é necessário uma unidade Segway como base. Além disso, é necessário alguém que entenda de comercialização e gerenciamento para tocar o negócio enquanto o designer se preocupa apenas em produzir e aperfeiçoar seu invento.

Curiosamente, o Segway surgiu a partir de uma ideia de cadeira de rodas motorizada que era capaz até mesmo de subir escadas e andar em terrenos arenosos, chamado de iBOT. Ela foi descontinuada em 2011, mas Dean Kamen, americano criador da cadeira e do diciclo, afirmou no ano passado que graças à mudança de classificação do iBOT pelos órgãos de controle do governo estadunidense, o projeto deve ser reativado em breve.

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