As habilidades de um gamer podem ser úteis na pilotagem de drones, afirmaram membros da unidade especial de drones da Ucrânia ao site Business Insider. Embora a experiência no campo de batalha seja muito mais letal e arriscada do que uma simples partida de Call of Duty, a familiaridade com controles complexos e os reflexos rápidos adquiridos nos jogos podem ser vantajosos no controle remoto dessas aeronaves.
A opinião foi compartilhada por Michael, comandante da unidade Typhoon, criada em junho de 2024 como parte da expansão militar ucraniana focada em sistemas não tripulados.
“Os gamers podem se tornar bons pilotos de drones porque estão acostumados com movimentos rápidos na tela, muito parecidos com as operações reais”, disse ao BI. “Essas habilidades são importantes para o combate.”

O headset de visão em primeira pessoa (FPV, na sigla em inglês) e os controles dos drones têm semelhanças com dispositivos domésticos, o que pode facilitar a adaptação de jogadores experientes.
No entanto, além de a guerra ser infinitamente mais visceral do que um jogo de videogame, a tomada de decisão na pilotagem de drones militares é muito mais crítica e delicada.
Guerra não é um jogo de videogame
As diferenças começam já no planejamento da missão. Os operadores de drones precisam avaliar o desempenho técnico do equipamento e os possíveis obstáculos no trajeto, como interferências de sinal. Além disso, a pilotagem exige experiência para contornar medidas de defesa e planejamento estratégico para evitar que unidades inimigas localizem o operador remoto.
O conflito entre Ucrânia e Rússia tem demonstrado como os drones estão redefinindo o combate moderno. Esses dispositivos desempenham um papel crucial na desativação de veículos inimigos e na eliminação de alvos estratégicos no campo de batalha.
Segundo o Business Insider, a Ucrânia vem intensificando a produção e o uso de drones nacionais no conflito. Muitos dos modelos utilizados são baratos de fabricar, o que permite sua produção em larga escala.
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