A transformação digital vai pegar você também

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Recentemente, fiz um passeio em família para um parque aquático. Na hora de ir brincar, precisamos rapidamente aprender a lidar não com simples guarda-volumes, e sim com um locker inteligente. Era necessário tocar uma tela, selecionar a opção, validar o cartão e, então, aguardar que o sistema liberasse automaticamente uma porta para o espaço disponível.

Minha esposa esperta, entendeu logo como o aplicativo funciona e se tornou, por 10 minutos, consultora do armário digital, respondendo dúvidas e distribuindo instruções. Outras famílias, confusas, não conseguiam entender o sistema e procuravam, em vão, alguma porta aberta para trancar ali suas coisas – com uma chave física, de preferência.

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Acontece que o mundo não funciona mais assim. Estatísticas mostram que a geração z (nascidos entre 1997 e 2010) já não faz mais pesquisas no Google como você e eu. Eles usam buscadores de redes sociais como o Instagram e o TikTok para obter um tutorial simples, de até um minuto, em vídeo. Assim, aprendem o que precisam de forma objetiva.

Transformação DigitalA Transformação Digital está presente em nossa vida a todo momento.

No McDonald’s, os pedidos podem ser feitos por totem. Nos mercados e em grandes lojas é possível passar as compras em um posto de autoatendimento, escaneando os produtos e fazendo o pagamento de forma autônoma. Nos restaurantes, os cardápios estão disponíveis por QR Code. Os bancos têm cada vez menos agências e mais aplicativos para as transações financeiras cotidianas.

A transformação digital está acontecendo a todo momento e se você ainda não está preocupado com isso, saiba que 300 milhões de empregos no mundo serão afetados nos próximos anos – leia-se “substituídos parcial ou totalmente”.

Enquanto a tecnologia avança, sete milhões de famílias brasileiras permanecem sem conexão à internet em casa e 28 milhões de brasileiros de 10 anos ou mais de idade não usam a internet, sendo 3,6 milhões deles estudantes, segundo dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD).

Surpreendentemente, os dois motivos mais mencionados para a exclusão digital foram não saber usar a internet (42,2%) e falta de interesse (27,7%). Como, então, fomentar a disposição e cultivar o saber? A questão não é apenas sobre as antigas gerações, mas sobre acesso e inclusão universal.

Isso abre uma questão sobre a importância da comunicação como fio condutor de práticas passadas para práticas presentes e futuras. A comunicação que dá sentido às narrativas e prepara para a vida.

Como empresário, estou preocupado em recondicionar meu time continuamente. É preciso trabalhar com o ChatGPT aberto, assim como antes trabalhávamos com o Word (que substituiu as máquinas de escrever). Em breve, as empresas terão seu próprio sistema de inteligência artificial interno. Textos e imagens serão produzidos com muito mais velocidade.

Se a qualidade me preocupa? É claro que sim! Mas, agora, o importante é estar incluído e promover a inclusão. Lembra quando as câmeras fotográficas digitais eram acusadas de serem muito inferiores em relação às analógicas? No fim do dia, não se trata mais de qual tecnologia é “melhor”. Trata-se do desenvolvimento inexorável. E se você ainda não está dentro, já está fora

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