Com o MDA, o áudio não seria completamente dependente do posicionamento das caixas de som (Fonte da imagem: Reprodução/SRS Labs )
O filme “Fantasia”, da Disney, marcou um importante passo no mundo dos áudios digitais. Foi por meio dessa película, lançada em 1940, que o surround sound foi apresentado ao público — trata-se de um conceito de áudio que envolve canais e caixas de som posicionados de forma fixa, dando uma sensação tridimensional.
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Desde então, poucos avanços significativos foram dados nesse ramo. Mas, se depender da SRS Labs, isso pode estar prestes a ser mudado. Segundo o vice-presidente da empresa, Alan Kraemer, novas possibilidades do áudio digital serão lançadas em breve, levando-o a outro patamar — o multidimensional.
Para exemplificar o funcionamento desse novo estilo de áudio, Kraemer comentou como seria a reprodução de um jogo: com o sistema, haverá a captura do som de qualquer parte do campo e da torcida, dando ao espectador uma noção mais exata da localização espacial onde cada som foi emitido e resultando em uma experiência mais imersiva e envolvente.
O que muda com o MDA
No sistema caracterizado como MDA — Multi Dimensional Audio —, a representação sonora ocorre de forma a trazer o áudio para quatro dimensões. Para isso, o conceito de canais e caixas de som posicionados de forma fixa como conhecemos hoje é totalmente eliminado.
Ilustração mostra as formas de produção e reprodução do áudio como conhecemos hoje (Fonte da imagem: Reprodução/SRS Labs)
O conceito básico desse sistema é o de representar fontes de som como objetos no espaço, assim como eles estão no mundo real, sem levar em conta o número de canais ou os locais em que estão os alto-falantes.
Como o MDA funcionaria (Fonte da imagem: Reprodução/SRS Labs)
Em outras palavras, pode-se dizer que o MDA busca fornecer um áudio mais realista e muito próximo àquele que temos em nosso dia a dia — em que ouvimos uma combinação de sons direto das fontes e os reflexos do ambiente, que não se limitam a posições específicas.
Como tudo isso funciona?
Para que tanto realismo chegue aos consumidores, o MDA irá trabalhar com a retenção de dados. Mais do que “imprimir” o áudio em um número fixo de canais, ele manterá independência do sinal de áudio juntamente com informações posicionais da mixagem original na forma de metadados.
Vice-presidente da SRS Labs fala dobre o áudio multidimensional em um evento de computação paralela (Fonte da imagem: Reprodução/AMD)
Esse sistema também possuirá a habilidade de criar e armazenar as informações em três dimensões, resultando na capacidade de representar altura e pontos interiores. Além disso, o MDA não será um codec, e sim uma linguagem aberta. Dessa forma, ele não competirá com outros sistemas de renderização multidimensional que já existem, e será, na verdade, compatível com eles.
Segundo Alan Kraemer, todos os avanços propostos pelo MDA ainda não haviam sido atingidos porque a tecnologia necessária só surgiu há pouco tempo. Ele também afirma que tal sistema representa um áudio mais avançado e envolvente quando comparado ao que encontramos hoje e, por isso, também atenderia uma maior variedade de dispositivos e ambientes — como celulares, tablets, cinema e teatro.
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