'Volta' do IPTV? Nova taxa da Netflix aumenta menções à pirataria

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Imagem: Getty Images/Reprodução

As menções ao IPTV no Twitter cresceram na terça-feira (23), colocando a transmissão de canais de TV pela internet entre os assuntos mais comentados da rede social. O termo também registrou aumento nas pesquisas, como mostra o Google Trends.

Toda essa movimentação foi motivada pelo lançamento da nova taxa da Netflix para contas adicionais no Brasil. A partir de agora, os assinantes que compartilham a senha, mas moram em residências diferentes, vão precisar pagar um valor extra.

De acordo com o streaming, a nova política, que inclui a cobrança da taxa de R$ 12,90 por mês para cada usuário extra na mesma conta, é uma forma de alavancar suas receitas. A empresa também ressaltou que a novidade facilita o gerenciamento de acesso ao perfil, dificultando usos indevidos.

Porém, os assinantes da Netflix não reagiram bem à mudança. Revoltados com a taxa adicional, muitos usuários foram ao Twitter para reclamar e tentar promover boicotes ao streaming, sugerindo o cancelamento da assinatura e a mudança para serviços de IPTV.

IPTV é legal?

Com a “volta” do interesse pelo Internet Protocol Television, motivada pela cobrança da Netflix para o compartilhamento de senhas, uma antiga dúvida sobre o tema também tomou conta das discussões no microblog: o IPTV é legal?

De modo geral, não há nada de ilegal com a tecnologia que permite transmitir canais de televisão ao vivo pela internet. No entanto, algumas pessoas aproveitam o sistema para piratear emissoras e plataformas pagas e distribuí-las gratuitamente ou por taxas mais baratas, o que constitui crime.

Há IPTVs legalizados e também os serviços pirateados.Há IPTVs legalizados e também os serviços pirateados.Fonte:  Getty Images/Reprodução 

Há vários exemplos de IPTV legalizados e gratuitos, como a Pluto TV e o Samsung TV Plus, que oferecem acesso a diversos canais e conteúdos online sem qualquer cobrança. Mas também existem os modelos de IPTV legais e pagos, como é o caso da Globoplay, Claro TV+ e DGO, que exigem assinatura.

Já os IPTVs ilegais são mais conhecidos como “gatonet” e podem ser oferecidos por meio de aplicativos ou via TV Box pirata. Neste caso, os operadores distribuem os canais, streamings e conteúdos online sem qualquer autorização, cobrando valores mais baixos do que os oficiais.

Anatel combate a pirataria

Além de se tratar de um serviço ilegal, o IPTV pirata pode trazer riscos para os usuários, de acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Estudos feitos pelo órgão identificaram a presença de malware capaz de roubar dados em vários aparelhos que desbloqueiam o acesso aos canais pagos.

Diante dos perigos e da prática ilícita, a agência começou a bloquear o sinal de modelos de TV Box não homologados em fevereiro. Mais de 1,4 milhão de dispositivos já foram retirados de circulação, conforme os dados oficiais.

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