Monark tem canal do YouTube bloqueado e se diz 'censurado pelo STF’

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Imagem: Rumble Monark/Reprodução

O YouTube bloqueou o canal do criador de conteúdo Bruno Aiub, mais conhecido como Monark, na noite de ontem (08). A decisão foi tomada para “cumprir as leis locais”, segundo a própria plataforma de vídeos.

Monark estava conversando ao vivo com o ex-parlamentar Arthur do Val (Mamãe Falei), no site Rumble, quando recebeu a notícia de que sua conta no YouTube tinha sido apagada. Na gravação que circula nas redes sociais, o próprio criador de conteúdo diz que muito provavelmente o motivo da queda foi a divulgação de uma live de um influenciador argentino que mentiu sobre as urnas eletrônicas e o processo eleitoral no Brasil.

No Twitter, Monark disse que foi “censurado pelo STF” e que “não vivemos em uma democracia”. “Quantos dias até a polícia vir na minha casa? Alexandre de Moraes age como um ditador”, acrescentou.

Durante a madrugada de hoje (09), o também podcaster divulgou o e-mail que recebeu do YouTube com o informe sobre o bloqueio do canal. “Não foi o YouTube que censurou meu canal, foi o judiciário, isso se chama censura estatal, não tem outro nome. É censura sim e é errado”, argumentou.

Na captura de tela, é possível observar que o YouTube comunica ao jovem que a conta foi bloqueada após o recebimento de uma denúncia por motivos jurídicos. A comunicação também deixa expresso que o criador de conteúdo pode entrar em contato com a equipe da plataforma de vídeos caso considere que o bloqueio foi injusto.

Nova punição

Essa não é a primeira vez que Monark foi punido pelo site do Google. Em fevereiro de 2022, o YouTube já tinha proibido Bruno Aiub de criar um novo canal na plataforma. A decisão foi tomada em resposta às falas do jovem que disse apoiar a criação de um partido nazista no Brasil durante um episódio do Flow Podcast transmitido também em fevereiro desse ano.

“A partir do momento em que esta medida for aplicada, você não terá mais acesso às ferramentas e funcionalidades de monetização, o que inclui o suporte online a criadores de conteúdo. Enquanto a suspensão permanecer, você não poderá criar um novo canal ou se utilizar de um canal de terceiros para burlar as restrições [...]”, diz trecho do informe.

O comunicado salientava que a decisão foi tomada porque “responsabilidade é prioridade máxima para o YouTube”. O site do Google disse entender que os criadores devem ter cuidado e responsabilidade com a própria influência.

“Dessa forma, preocupam-nos as recentes declarações relacionadas ao nazismo em uma dos seus canais, que podem causar danos significativos à comunidade e que, além disso, violam nossas políticas de Responsabilidade do Criador de Conteúdo”, dizia outro trecho.

Apesar de ter reconhecido que fez comentários infelizes sobre a criação de um partido nazista no Brasil, Monark afirmou que estava sofrendo “perseguição política”. Desde o episódio, ele diz que a “liberdade de expressão morreu” no país.

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