PGR investigará se Monark e deputado fizeram apologia ao nazismo

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Imagem: Flow Podcastr/Twitch

As declarações do apresentador Bruno Monteiro Aiub (Monark) feitas durante o programa “Flow Podcast”, transmitido na segunda-feira (7), continuam repercutindo. Na terça-feira (8), a possível prática de crime de apologia ao nazismo chegou à Procuradoria Geral da República (PGR), onde o titular do órgão, Augusto Aras, determinou a instauração de procedimento para apurações.

Durante a apresentação ao vivo do debate, o apresentador defendeu a tese do reconhecimento de um partido nazista pela legislação brasileira. Seu argumento foi de que as pessoas teriam o direito de ser até mesmo antijudeus. Depois das declarações favoráveis a criação de um partido que contraria as normas constitucionais, o youtuber foi afastado do programa, cujo qual era parceiro comercial.

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Também presente no podcast, o deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP) apoiou a fala de Monark, dizendo-se contrário a criminalização do nazismo na Alemanha após o encerramento da Segunda Guerra Mundial. Também defendendo o direito das pessoas que carecem de inteligência, o deputado afirmou que, "por mais absurdo, idiota, antidemocrático, bizarro, tosco que o sujeito defenda, isso não deve ser crime".

Como será a investigação sobre a prática de crime?

Fonte: Senado Federal/Wikimedia Commons/Reprodução.Fonte: Senado Federal/Wikimedia Commons/Reprodução.Fonte:  Senado Federal/Wikimedia Commons 

Com Monark já demitido, a repercussão do programa nas redes sociais fez com que a PGR fosse acionada. Agora, o teor das declarações, tanto do apresentador quanto do deputado federal paulista serão analisadas pela assessoria criminal de Aras, tendo em vista que o caso envolve também um parlamentar com prerrogativa de foro privilegiado no Supremo Tribunal Federal (STF).

A PGR divulgou nota onde explica que o chefe do Ministério Público Federal não pode se posicionar previamente sobre o caso, uma vez que a investigação ainda será aberta, mas garantiu a posição de Aras contra discursos de ódio. A procuradoria lembrou que, na abertura do ano Judiciário no STF, na semana passada, o procurador afirmou claramente que "todo discurso de ódio deve ser rejeitado [...] como fazemos no Ministério Público brasileiro".

Ainda na terça-feira (8), Monark divulgou um vídeo no qual pede desculpas pelas suas declarações, e justifica sua forma de defender uma ideia que, segundo ele, "acontece em outros lugares do mundo", por estar embriagado durante a apresentação. "Fui defender essa ideia de um jeito muito burro. Eu estava bêbado", concluiu.

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