Google é criticado por limitar atuação de adblockers no Chrome

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A Electronic Frontier Foundation (EFF) divulgou na terça-feira (14) um comunicado com críticas pesadas ao Manifest v3, novo formato de APIs que em breve deverá ser o único adotado pelas extensões do Google Chrome. O padrão objetiva melhorar a privacidade, a segurança e o desempenho do navegador, como defende a gigante das buscas.

No entanto, de acordo com os especialistas da organização sem fins lucrativos Alexei Miagkov e Bennett Cyphers, a mudança tem outras finalidades. Eles acreditam que o formato foi criado para limitar o funcionamento dos adblockers, extensões que possibilitam bloquear anúncios no Chrome, uma das principais fontes de renda da companhia de Mountain View.

“Nós discordamos fundamentalmente. As mudanças no Manifest v3 não impedirão as extensões maliciosas, mas prejudicarão a inovação, reduzirão as capacidades de extensão e prejudicarão o desempenho no mundo real”, explicaram os representantes da EFF. O novo protocolo substitui a API “webRequest”, considerada mais completa, pela limitada “declarativeNetRequest”.

Os bloqueadores de anúncios terão o funcionamento afetado com o novo padrão de API do Chrome.Os bloqueadores de anúncios terão o funcionamento afetado com o novo padrão de API do Chrome.Fonte:  Shutterstock 

Para eles, o ideal seria que o Chrome oferecesse aos desenvolvedores a opção de escolher entre essas duas APIs, conforme as necessidades de cada produto, em vez de obrigar o uso da mais nova. A entidade afirma ainda que a alteração afetará funcionalidades de outros tipos de extensões, considerando-a um retrocesso.

Manifest v2 será desativado em 2023

Atualmente usado em conjunto com o Manifest v3, o formato Manifest v2 começará a ser limitado em 2022, quando novas extensões não terão mais compatibilidade com ele. Já em janeiro de 2023, o padrão deixará de funcionar, exigindo a adoção da versão mais recente.

Segundo o Google, a redução das capacidades das extensões promovida pelo novo formato é necessária para dificultar os poderes de observação e alteração de conteúdos no Chrome. A big tech afirma que isso aumentará a segurança, prevenindo o uso das extensões para ataques cibernéticos e outras atividades maliciosas.

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