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Google é criticado por limitar atuação de adblockers no Chrome

A empresa está sendo acusada de prejudicar a privacidade e a inovação com um novo padrão de APIs para o navegador

Avatar do(a) autor(a): André Luiz Dias Gonçalves

schedule16/12/2021, às 10:30

Google é criticado por limitar atuação de adblockers no ChromeFonte:  Shutterstock 

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A Electronic Frontier Foundation (EFF) divulgou na terça-feira (14) um comunicado com críticas pesadas ao Manifest v3, novo formato de APIs que em breve deverá ser o único adotado pelas extensões do Google Chrome. O padrão objetiva melhorar a privacidade, a segurança e o desempenho do navegador, como defende a gigante das buscas.

No entanto, de acordo com os especialistas da organização sem fins lucrativos Alexei Miagkov e Bennett Cyphers, a mudança tem outras finalidades. Eles acreditam que o formato foi criado para limitar o funcionamento dos adblockers, extensões que possibilitam bloquear anúncios no Chrome, uma das principais fontes de renda da companhia de Mountain View.

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“Nós discordamos fundamentalmente. As mudanças no Manifest v3 não impedirão as extensões maliciosas, mas prejudicarão a inovação, reduzirão as capacidades de extensão e prejudicarão o desempenho no mundo real”, explicaram os representantes da EFF. O novo protocolo substitui a API “webRequest”, considerada mais completa, pela limitada “declarativeNetRequest”.

Os bloqueadores de anúncios terão o funcionamento afetado com o novo padrão de API do Chrome.Os bloqueadores de anúncios terão o funcionamento afetado com o novo padrão de API do Chrome.

Para eles, o ideal seria que o Chrome oferecesse aos desenvolvedores a opção de escolher entre essas duas APIs, conforme as necessidades de cada produto, em vez de obrigar o uso da mais nova. A entidade afirma ainda que a alteração afetará funcionalidades de outros tipos de extensões, considerando-a um retrocesso.

Manifest v2 será desativado em 2023

Atualmente usado em conjunto com o Manifest v3, o formato Manifest v2 começará a ser limitado em 2022, quando novas extensões não terão mais compatibilidade com ele. Já em janeiro de 2023, o padrão deixará de funcionar, exigindo a adoção da versão mais recente.

Segundo o Google, a redução das capacidades das extensões promovida pelo novo formato é necessária para dificultar os poderes de observação e alteração de conteúdos no Chrome. A big tech afirma que isso aumentará a segurança, prevenindo o uso das extensões para ataques cibernéticos e outras atividades maliciosas.