Ministro do STF manda bloquear redes sociais de investigados por fake news

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Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes ordenou o bloqueio das redes sociais de sete investigados em um caso de supostas fake news fabricadas contra outros ministros da Corte. O bloqueio acompanha uma ação de busca realizada pela Polícia Civil nesta terça (16).

“Autorizo desde logo o acesso, pela autoridade policial, aos documentos e dados armazenados em arquivos eletrônicos apreendidos nos locais de busca, contidos em quaisquer dispositivos”, registra Moraes no despacho. “Após a realização das diligências, todos os envolvidos deverão prestar depoimentos.”

Conforme relata o Estadão, no seu pedido de bloqueio, Moraes relata diversos casos do que considera incitação da população a “impedir o livre exercício dos Poderes da União” ou de “propaganda de processos violentos ou ilegais para alteração da ordem política e social com grande repercussão entre seguidores.

O ministro classifica tais postagens como repletas de "graves ofensas a esta Corte e seus integrantes, com conteúdo de ódio e de subversão da ordem".

Acusações graves

Entre os investigados estão o general da reserva Paulo Chagas, que costuma usar o seu Twitter para tecer críticas ao STF e, segundo o ministro, teria defendido “a criação de um Tribunal de Exceção para julgamento dos ministros do STF ou mesmo para substituí-los.”

Ele cita, ainda, diversas postagens feitas pelos investigados criticando a atuação da Suprema Corte brasileira com o uso de expressões como “Quadrilha do STF” e “STF Vergonha Nacional”, acusando os ministros de estarem “todos alinhados com narcotraficantes e corruptos do País” — esta feita pelo policial civil Omar Rocha Fagundes.

Além de Paulo Chagas e Omar Rocha Fagundes, estão na lista de Moraes os nomes de Carlos Antonio dos Santos, Gustavo de Carvalho e Silva, Erminio Aparecido Nadini, Isabella Sanches de Sousa Trevisani e Sergio Barbosa de Barros.

Paulo Chagas se defende

Pelo Twitter, Paulo Chagas comentou de forma irônica o mandado de busca e apreensão emitido pelo ministro do STF, afirmando lamentar por não estar em Brasília para receber os policiais federais que foram até a sua residência.

Ao Estadão, ele disse “achar graça” da situação.

“Escrevo sobre o STF há muito tempo. Evito falar mal da Corte, Mas não de atos de pessoas da Corte. Estou em Campinas. Minha reação é de achar graça”, disse. “Não tenho nada para esconder. Tudo o que faço e falo coloco no meu blog”, finalizou.

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