Internet fica mais lenta no Brasil às 18h, aponta estudo sobre 4G

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Como o 5G pode resolver os problemas de congestionamento das atuais 4G? Esse é o grande questionamento feito pelo mais recente estudo da OpenSignal, companhia especializada em mapeamento de cobertura sem fio. O levantamento traz muitos dados interessantes, inclusive a hora em que a cobertura móvel fica lenta no mundo todo e no Brasil: entre 20h e 22h globalmente e às 18h por aqui.

Há algumas exceções, como em Singapura e Noruega, onde a velocidade cai antes das 18h, e no Reino Unido e na Holanda, locais em que o período de pico fica entre as 16h e 17h. Mas a maioria sofre com a sobrecarga por conta do congestionamento de pessoas navegando entre as 20h e 22h e com muita inconsistência.

5gFonte: Canaltech

O relatório encontrou grande oscilação de velocidade em 77 países, que apontaram picos de 31,2 Mbps e lentidão de até 5,8 Mbps, e o Brasil é um deles. Por aqui, o download em 4G varia entre 16,4 Mbps nos momentos mais lentos e 28,6 Mbps nos mais rápidos. Porto Alegre (35,6 Mbps) lidera oito das dez capitais monitoradas que alcançaram os melhores resultados nacionais — Fortaleza e Manaus entregaram no máximo 22,5 Mbps.

Fim do dia é o horário com maior lentidão

São Paulo e Brasílias foram as que mostraram sinais mais inconstantes. A capital federal consegue chegar a 34,7 Mbps nos períodos de menor tráfego, mas sofre com queda até 19,3 Mbps às 20h. Já os paulistanos navegam a 31,1 Mbps em horários mais tranquilos e reclamam, com razão, da lentidão às 18h, quando essa velocidade cai para 15,8 Mbps.

5GFonte: Canaltech

Aliás o pior horário para usar o 4G em território nacional é às 18h, quando Porto Alegre, Curitiba, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Fortaleza registraram suas piores taxas de download. Belo Horizonte e Manaus apresentaram mais lentidão entre 19h e 20h e Brasília e Goiânia das 20h às 21h.

Chegada do 5G pode diminuir essas oscilações

De acordo com o levantamento, o 5G não irá apenas fornecer velocidades mais rápidas, como também a chamada “cobertura de capacidade”, construída com novas bandas de espectro de alta frequência e alta largura de banda. Isso vai ajudar a mitigar o ciclo diário de congestionamento que vemos nas redes 4G atuais e deve suportar mais usuários simultâneos com extrema agilidade.

Mesmo os países mais rápidos, a Coreia do Sul e Singapura, com 55,7 Mbps e 54,7 Mbps, a oscilação foi grande e a taxa chegou a 13 Mbps em ambos. Isso tudo sem contar a chegada de apps mais exigentes, como os de realidade aumentada ou direção autônoma, e aumento do compartilhamento de vídeos com resoluções ainda maiores. Ou seja, mesmo nos locais com maior velocidade a chegada do 5G também é uma necessidade.

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