Facebook vai apoiar dois projetos que visam combater “fake news” no Brasil

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O Facebook anunciou hoje (04) que está investindo em dois projetos brasileiros que visam combater a disseminação de notícias falsas — vulgas “fake news” — no ambiente online. A empresa promoveu uma mesa redonda em setembro do ano passado em São Paulo para discutir possíveis ações nesse sentido para 2018 e, agora, anunciou quais projetos serão apoiados.

O primeiro dele é o “Vaza, Falsiane!”, um minicurso online gratuito que pretende ensinar ao público geral como reconhecer por si só notícias potencialmente falsas ou aquelas que dizem meias verdades. O curso vai fazer isso através de vídeos e testes usando exemplos reais colhidos no Facebook e em outras redes sociais. O Vaza, Falsiane! está sendo elaborado pelos professores Ivan Paganotti (MidiAto ECA-USP), Leonardo Sakamoto (PUC-SP) e Rodrigo Ratier (Faculdade Cásper Líbero).

“Fátima”, um software capaz de conversar com os usuários da rede social através do Messenger

A segunda iniciativa apoiada pelo Facebook no combate às notícias falsas se chama “Fátima”, um software capaz de conversar com os usuários da rede social através do Messenger. O chatbot poderá ajudar os usuários a identificar informações falsas e checar fatos específicos através de uma conversa comum, sem a necessidade de interação com um humano.

“Estamos confiantes de que esses dois projetos ajudarão as pessoas no Brasil a tomar decisões mais conscientes sobre o conteúdo que consomem na internet e fora dela”, afirma a líder de parcerias com veículos de mídia do Facebook para América Latina, Cláudia Gurfinkel.

Será possível mostrar como reconhecer fontes confiáveis

O Fátima foi desenvolvido pela agência de checagem de fatos Aos Fatos, integrante da International Fact-Checking Network. O nome do robô vem de “FactMa”, abreviação de “FactMachine”. “Mais do que dizer se uma notícia é falsa, verdadeira ou algo no meio do caminho, será possível mostrar como reconhecer fontes confiáveis e se adaptar ao ambiente informativo”, explica a diretora executiva e cofundadora do Aos Fatos, a jornalista Tai Nalon.

Fake News no alvo da PF

Dê bases de atuação para a PF pedir a remoção de conteúdo enganoso da internet durante as eleições presidenciais deste ano

Paralelo a esse esforço do Facebook, a Polícia Federal (PF) criou um grupo de trabalho que pretende combater fake news durante as eleições de 2018. Incialmente, um delegado, um agente e um perito criminal da PF vão trabalhar com técnicos do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e da PGR (Procuradoria Geral da República). A ideia é apresentar ao Congresso Nacional uma proposta de lei que tipifique crimes de disseminação de notícias falsas e dê bases de atuação para a PF pedir a remoção de conteúdo enganoso da internet durante as eleições presidenciais deste ano.

A intenção do grupo de trabalho é combater rumores falsos sobre candidatos a fim de garantir que o cidadão possa fazer sua escolha independente de ações externas mal-intencionadas, como teria acontecido nas últimas eleições presidenciais dos EUA.

Segundo a Folha de São Paulo, a PF estaria trabalhando na produção de um documento com várias sugestões a ser enviada ao Congresso em breve e, com isso, dar tempo para que os parlamentarem discutam o tema adequadamente e aprovem uma eventual lei contra fake news antes das eleições em outubro.

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