Como as impressoras 3D vão mudar as guerras?

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Imagem: SunCorp

A impressão 3D algo que está revolucionando o mundo de várias maneiras. Se você acompanha as matérias aqui no TecMundo, é provável que tenha lido nosso artigo que explica como funcionam as tecnologias de impressão disponíveis no mercado. Se até alguns anos atrás esses equipamentos só trabalhavam com plásticos frágeis, hoje em dia, é possível até mesmo imprimir peças em ferro e fibra de carbono.

Todas essas características estão fazendo com que a técnica seja adotada por um setor que muitos amam e tantos outros odeiam: o militar. Não demorou muito para que exércitos do mundo inteiro percebessem as vantagens de manufaturar aditivamente equipamentos de batalha. A impressão 3D é uma das poucas tecnologias que seguiu o caminho inverso, surgindo no ambiente do consumidor final e sendo posteriormente portada para os cenários de guerra.

Vamos raciocinar: em vez de manter um estoque de peças reserva no campo de batalha (ou tentar consertar algum equipamento que quebrou), é muito mais fácil levar uma ou duas impressoras e fabricar na hora um componente caso seja necessário, por exemplo. Além disso, já foi provado que é possível fazer munições com a técnica de manufatura aditiva – no vídeo abaixo, você confere os testes de cartuchos de espingarda feitos com a técnica.

A criatividade é o limite

As possibilidades são infinitas. O Instituto de Tecnologia de Massachusetts, por exemplo, iniciou em 2013 pesquisas para criar armaduras mais flexíveis inspiradas em estruturas animais, como as escamas de peixes. A ideia é imprimir uma roupa protetora em pequenas partes e combiná-las em um só produto, mais flexível e confortável para os soldados. A maior parte do projeto, é claro, foi financiado pelo exército dos Estados Unidos.

A marinha dos EUA também está interessada na tecnologia, levando impressoras 3D para o mar com o intuito de fabricar peças para os navios por um custo menor e com maior agilidade. Ao mesmo tempo, o Laboratório de Pesquisas do Exército está desenvolvendo sua própria impressora que custará apenas US$ 700 para ser fabricada – valor bem menor do que modelos comerciais que podem ser encontrados nas lojas norte-americanas.

Na Rússia, o destaque fica para a Electromashina, empresa responsável pela fabricação de tanques de guerra. No mês passado, a corporação anunciou estar testando a técnica de manufatura aditiva para produzir peças do Armata, um dos blindados mais famosos do exército russo. Por enquanto, as impressoras 3D estão sendo usadas apenas para criar protótipos rápidos, mas esse cenário pode mudar daqui a alguns meses.

Exemplo de arma fabricada com uma impressora 3D

Os desafios da tecnologia

Por outro lado, é claro que a impressão tridimensional também enfrenta alguns empecilhos para emplacar de vez no mundo militar. Nos Estados Unidos, por exemplo, a principal barreira é a burocracia para que o Pentágono aprove novos equipamentos e materiais usados em sua fabricação – todas as inovações precisam passar por testes rigorosos para garantir que elas se enquadrem nos padrões exigidos para uso militar.

Outro problema muito comum é a questão da propriedade intelectual – toda peça e/ou equipamento que não tenha sido projetado pelas próprias forças militares estão sujeitas a proteção de direitos autorais de seu criador original (incluindo os arquivos CAD usados para a impressão dos objetos). Ninguém, tampouco o exército dos Estados Unidos, sabe como gerenciar a manufatura de componentes individuais respeitando esse detalhe.

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