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Criador do Google Docs fala sobre a história do produto

Segundo Sam Schiallace, intenção do serviço é fornecer ferramentas de edição rápidas, convenientes e que permitam a colaboração entre diferentes pessoas.

Avatar do(a) autor(a): Felipe Gugelmin Valente

schedule03/07/2013, às 11:58

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Imagem de Criador do Google Docs fala sobre a história do produto no site TecMundo

(Fonte da imagem: Reprodução/The Verge)

Embora atualmente o Google Drive (antigo Google Docs) seja mundialmente conhecido e utilizado por milhões de pessoas, suas origens são bem mais humildes. O programa é na verdade uma evolução do Writely, um editor de textos baseado na internet criado por Sam Schiallace que foi adquirido pela Google em 2006.

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Em uma entrevista concedida ao site The Verge, o criador da ferramenta fala sobre suas origens, discorre sobre o fracasso do Google Wave e dá suas opiniões sobre qual elemento da ficção científica ele gostaria de tornar realidade.

Segundo Shiallace, sua intenção ao criar o Writely não era exatamente aproveitar a possibilidade de que duas ou mais pessoas pudessem editar documentos. Ele afirma que a intenção era banir de vez a ferramenta que permite “trancar” textos, já que isso não faria sentido em um ambiente colaborativo.

Foi quando o produto foi adquirido pela Google que ele percebeu o quanto ele poderia ser popular. Segundo o desenvolvedor, em questão de um mês 90% dos profissionais da companhia já estavam usando o editor de textos — algo que fez com que ele sempre achasse engraçado quando críticos falavam que ferramentas baseadas na web nunca iriam dar certo.

Velocidade, conveniência e colaboração

Shiallace explica que, ao iniciar a criação do Google Docs, seu time estava focado em oferecer velocidade, conveniência e ferramentas colaborativas aos consumidores. Isso resultou no abandono de elementos como formatações avançadas, definições de margens e paginações — eventualmente, alguns desses elementos foram incorporados em atualizações do produto.

(Fonte da imagem: Reprodução/Google Drive)

Ele explica que a decisão de remover o botão “Salvar” tinha a intenção de deixar os usuários menos preocupados. Com a ausência dessa opção, não haveria a paranoia constante de clicar sobre ela para se certificar de que o trabalho feito não seria perdido por acidente.

Google Wave e ficção científica

Questionado sobre se haveria chances de que o Google Wave pudesse ser salvo, Shiallace afirmou que o problema do produto era tentar resolver muitos problemas ao mesmo tempo. Segundo ele, a tentativa de apresentar algo incomum sem que isso viesse acompanhado pela explicação do que a ferramenta poderia fazer foi o que decretou o fracasso da iniciativa.

Já em um assunto não relacionado (ficção científica), o desenvolvedor afirmou que gostaria de ver a fusão a frio se tornar realidade. No entanto, ele afirma que a humanidade poderia usar isso para destruir de vez o planeta através de atitudes pouco sábias. “Somos idiotas como espécie — nós definitivamente iríamos fazer isso se pudéssemos”, declarou.