Análise: Galaxy Tab 10.1 [vídeo]

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O Galaxy Tab 10.1 é o tablet que veio para competir com o iPad 2. Ele é alguns gramas mais leve e um pouco mais fino do que o gadget da Apple, o seu desempenho é notável e o aparelho possui detalhes que o tornam um dos melhores tablets com Android da atualidade.

É impossível negar: o Galaxy Tab 10.1 realmente surpreende, mas será que ele consegue superar o tablet da Apple? Confira a nossa análise, veja o vídeo e descubra quais são as principais vantagens que chamam a atenção positivamente, além dos pontos nos quais o tablet da Samsung ainda precisa melhorar.

Aprovado

Design e bateria

A diferença de dois milímetros é quase imperceptível, porém o Galaxy Tab 10.1 consegue ser ainda mais fino do que o iPad 2. Este é um grande feito da Samsung, que conseguiu uma espessura ultrafina sem sacrificar o desempenho na hora da utilização.

A bateria, por exemplo, é uma das melhores da categoria: ela alcançou quase 10 horas de uso com o Wi-Fi ligado, em um teste no qual o aparelho ficou rodando um vídeo em loop e o brilho da tela foi ajustado em 65%. Algumas fontes afirmam que a bateria dura um pouco menos do que isso, mas mesmo os menores tempos ainda são surpreendentes para um tablet tão fino.

A Samsung conseguiu deixar o seu tablet mais fino e leve do que o iPad 2 (Fonte da imagem: Ana Nemes/Baixaki)

Outra característica que supera o gadget da Apple é o peso: com alguns gramas a menos, o Galaxy Tab 10.1 é mais leve do que o iPad 2. São 565 gramas do tablet da Samsung contra 601 do aparelho da Maçã.

Um dos fatores que contribui para essa mudança é a traseira de plástico, que pode até ser um pouco menos resistente do que a de metal do iPad, mas oferece o mesmo conforto ergonômico.

Caixas de som e tela

Nas laterais ficam as caixas de som, que possuem um desempenho satisfatório para uma tablet. O volume máximo é suficiente para não precisar de uma caixinha externa em um ambiente pequeno, porém não espere nada muito extraordinário.

A vantagem mesmo é a posição em que elas se encontram, na parte superior da lateral do aparelho: Isso permite a você segurar o tablet confortavelmente com as duas mãos sem obstruir a saída de som, como é possível ver na foto:

Você pode segurar o tablet com firmeza sem atrapalhar a saída de áudio (Fonte da imagem: Ana Nemes/Baixaki)

A tela é bastante nítida — com 1280 x 800 de resolução —, possui cores vivas e mantém uma boa visibilidade, mesmo com um ângulo de visão mais inclinado. Além disso, o brilho do display é bem próximo ao do iPad, e a resposta do touchscreen é excelente, sendo praticamente instantânea.

Desempenho

O processador do Galaxy Tab 10.1, aliado à memória RAM de 1 GB, trabalha de maneira satisfatória para manter uma experiência de uso agradável e natural. A execução de jogos é tranquila na maior parte do tempo, inclusive para games que exijam mais do tablet.

Joguinhos mais simples, como o famoso Angry Birds, não demoram para carregar e praticamente não apresentam lentidão, algo relativamente comum em celulares e tablets rodando Android.

Mesmo com vários aplicativos abertos, o gadget apresenta uma performance excelente, podendo concorrer com outros tablets com Android, como o Xoom da Motorola, e até mesmo com o iPad 2 da Apple.

Android 3.1

O Galaxy Tab 10.1 traz a versão 3.1 do Android, sendo uma experiência nova e surpreendente mesmo para quem já havia utilizado um aparelho com o sistema operacional da Google, já que o seu visual e a sua navegação foram bem remodelados. No entanto, não é preciso se preocupar, já que é incrivelmente fácil se adaptar ao seu uso e tudo é muito intuitivo.

O Android 3.1 está muito melhor e mais prático de usar em uma tablet (Fonte da imagem: Baixaki)

A falta de botões físicos não é problema aqui, já que uma barra na parte inferior da tela possui tudo o que você precisa, como os botões “Home” e “Return”. Clicando na setinha do meio, é possível abrir o gerenciador de tarefas e alguns itens básicos, como calendário e calculadora.

Nessa barra também se encontra o botão para tirar screenshots, algo que todos os usuários de versões mais antigas do Android aguardavam. Agora, é ainda mais fácil tirar screenshots com o sistema operacional da Google do que era com os aparelhos que rodam o iOS. É ali também que fica a área de notificações e um gerenciador de conexões bem prático, com acesso rápido às configurações do aparelho e aos últimos downloads.

A versão 3.1 do Android trouxe também uma melhora que parece de pouca importância, mas que é muito interessante e promete bastante para o futuro: agora é possível redimensionar o tamanho dos widgets rapidamente. Nem todos possuem essa função ainda, mas é algo que os desenvolvedores podem utilizar a seu favor.

Redimensione os widgets rapidamente para o tamanho que você desejar (Fonte da imagem: Baixaki)

Reprovado

Câmera

Não foi dessa vez que um tablet conseguiu surpreender no quesito câmera. Apesar dela ser melhor do que a do iPad, isso não quer dizer que as fotos sejam realmente boas. Com uma iluminação favorável, é possível conseguir algumas boas imagens, mas não espere muito; o Galaxy Tab não é capaz de substituir uma máquina fotográfica, mesmo uma compacta.

O modo de vídeo também não surpreende positivamente. A câmera do tablet pode até gravar em 720p, porém isso não é garantia de que as imagens fiquem parecidas com algo filmado em HD, sendo aproveitável apenas para vídeos caseiros.

Entradas

Por ser tão fino, o Galaxy Tab 10.1 precisou sacrificar o esperado slot para cartões microSD. As únicas entradas existentes são um conector para energia e transferência de dados, para o plug do fone de ouvido e um espaço para o cartão SIM.

Restrições de conexão

Se você for utilizar este tablet e possui como computador principal uma máquina com Windows, pode ficar tranquilo. Porém, um dos maiores pontos negativos do Galaxy Tab 10.1 é a incapacidade dele se conectar nativamente em um Mac.

A versão 3.1 do Android agora exige um software proprietário instalado no computador para se conectar, algo bastante ultrapassado nos dias de hoje e que pode se tornar uma verdadeira dor de cabeça para o dono do tablet.

Aplicativos disponíveis

Com o tempo, é muito provável que esse cenário mude, porém atualmente o Android Market oferece relativamente poucas opções de aplicativos surpreendentes para os tablets com Android, o que conta como um ponto negativo para o Galaxy Tab 10.1 também.

Um problema, que não existe no iPad, é a existência de diferentes tamanhos de tela dos aparelhos com Android, o que dificulta o desenvolvimento dos softwares. Porém, mesmo este obstáculo deverá ser contornado em breve, já que o sistema da Google tem crescido muito ultimamente. No futuro, possivelmente, a sua loja de aplicativos para tablet deverá ser tão grande quanto a App Store da Apple.

Vale a pena?

O tablet da Samsung surpreende pela qualidade do hardware e do sistema operacional (Fonte da imagem: Ana Nemes/Baixaki)

Quem procura um tablet com Android que possa realmente competir com o iPad 2 vai encontrar no Galaxy Tab 10.1 um ótimo aparelho. A Samsung soube alinhar hardware e software em um gadget que deixa bem pouco a desejar em relação ao tablet da Apple.

Os preços variam um pouco de acordo com a operadora, porém ele é, no geral, mais barato do que o iPad 2. Existem tablets com Android mais baratos do que este, mas, para quem procura uma experiência avançada, vale bastante a pena dar uma chance ao Galaxy Tab 10.1.

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