Irã prossegue com sentença de morte resultante de publicações no Facebook

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A Suprema Corte do Irã decidiu manter a sentença de morte de um blogueiro e fotógrafo de 30 anos que teria “insultado o profeta do Islã” em sua conta pessoal no Facebook. O acusado, Soheil Arabi, foi condenado original em agosto deste ano após ter confessado ser o responsável pela publicação do material difamatório.

Os advogados de Arabi afirmaram que seu cliente estava em “condições psicológicas ruins” e que ele simplesmente estava compartilhando pontos de vista expressos por outras pessoas. No entanto, a Suprema Corte do país considerou o argumento inválido e afirmou que o acusado também é responsável por “semear a corrupção da Terra” — crime que não pode ser perdoado e que também pode levar a uma condenação de morte.

Esta semana, o grupo Humans Right Watch pediu que o governo iraniano interferisse no caso e voltasse atrás na sentença de morte. No entanto, não há sinais de que aqueles que detêm o poder no país vão se mostrar lenientes. “Atualmente, não há perdão e ele foi condenado por semear a corrupção da Terra”, afirmou Gholam ali Mohseni Ejei, vice-chefe do judiciário do país. “Mas houve um pedido para que o caso fosse revisado novamente”, explicou.

Segundo a Repórter Sem Fronteiras, em julho deste ano ao menos 65 ativistas, jornalistas e blogueiros estavam presos no Irã como resultado de suas atividades. O presidente do país, Hassan Rouhani, pediu publicamente pelo relaxamento do regime de censura da internet local, o que o colocou em confronto direto com o Líder Supremo Aiatolá Ali Khamenei — que, apesar de suas críticas à rede, mantém um perfil bastante ativo no Twitter.

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