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Saiba tudo sobre a conquista da Big Gods no regional de Heroes of the Storm

Estivemos nas finais da Copa América do MOBA da Blizzard e vimos bem de perto a campanha vitoriosa do time brasileiro; time agora se prepara para viajar a Seul para o campeonato mundial do eSport

schedule26/03/2016, às 16:23

Fonte: TecMundo/Marcelo Rodrigues

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Quem acompanha o TecMundo e o TecMundo Games diariamente já conferiu que o time da Big Gods fez bonito e conquistou o caneco na classificatória para o Grande Campeonato Global de Heroes of the Storm, marcado para ser disputado na Coreia do Sul entre os dias 1º e 3 de abril. O que vocë provavelmente não sabe é que, a convite da Blizzard, demos um pulinho no Expo Center Norte, no último domingo (20), para cobrir a Final Regional do jogo e acompanhar de perto essa etapa derradeira da jornada dos brasileiros.

Depois de um sábado (19) agitado que definiu os finalistas do torneio latino americano, o dia dos últimos confrontos começou de uma forma bem mais descontraída, com as equipes chilenas Kaos Latin Gamers e Rebirth eSports entrando na arena para decidir que ficaria com a medalha de bronze da competição. Apesar do clima amistoso entre ambos os times – que conversavam e chegavam a dar risadas nos momentos de descanso entre uma game e outro –, na hora das partidas ficou claro que nenhum deles estava preparado para dar o braço à torcer, mesmo que Seul já não estivesse ao seu alcance.

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undefinedO cenário quase pronto para receber os atletas.

Confrontos de peso

Ainda que tenha sido surpreendida pela peruana Crusader Gaming na semifinal, a KLG entrava no Nexus como a favorita à conquista de terceiro lugar, principalmente devido à campanha de classificação paras as finalíssimas e tradição nos eSports. Mesmo assim, foi a Rebirth quem mostrou força no primeiro combate, mostrando um bom controle dos objetivos do mapa (Santuários Infernais) e fazendo boas team fights. A KLG tentou reagir, fez alguns boas lutas e chegou a pressionar a base inimiga algumas vezes, mas seus oponentes administraram a vantagem e fecharam 1 a 0 pouco depois dos 27 minutos.

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Logo em seguida, na arena O Condado do Dragão, a Rebirth tentou ampliar o placar com um time que contou tanto com o badalado Xul quanto com um herói bem peculiar: Murquinho. A estratégia não pareceu ter dado muito certo, já que mesmo o pequeno Murloc não dando muita experiência aos adversários quando morto, seus abates rendiam tempo de recarga resetado para as habilidades da Li-Ming da KLG. A Rebirth chegou a pressionar com o buff do dragão em um determinado momento, porém, isso não foi suficiente para evitar um wipe da equipe e a vitória da KLG antes dos 19 minutos.

Galeria 1

Com a série empatada, o Jogo 3 ocorreu no Campo de Batalha da Eternidade. A fase de escolha de heróis praticamente ganhou o jogo para a KLG, que investiu em uma composição bem balanceada em relação a dano e controle das lutas, se aproveitando da frorça de Greymane, das curas precisas de Uther e, claro, da Roda Punk do C.T.E. Resultado? Um atropelo em pouco mais de 22 minutos. A Rebirth não se deixou abater e levou o game seguinte nas Torres da Perdição, fazendo um início ruim se transformar em ótimas TFs – isso por conta de um bom controle de lutas e da heróica do chefão tauren.

Bronze com muito orgulho!

Na disputa final da MD5, o cenário foi o Templo Celeste, palco de uma das grandes reviravoltas do dia! As duas equipes começaram o jogo bem hesitantes, com a Rebirth abrindo o placar apenas aos cinco minutos, embalando uma boa vantagem que se estendeu até os 13 minutos. A KLG, no entanto, mostrou sangue frio, venceu uma TF bastante desfavorável e deu início a um ataque que pode ter minado de vez a força de vontade de seus conterrâneos. Bastaram mais 120 segundos para que o grupo provasse seu favoritismo com um lindo wipe em cima da Rebirth aos 15 minutos, emplacando finalmente o 3 a 2.

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Depois dos cumprimentos entres os participantes, Cristoffer “Eri” Villarroel foi ao palco para falar da conquista do terceiro lugar pela KGL. O rapaz comentou que era muito bom poder participar de um campeonato oficial da Blizzard, representar seu país e tentar dar o seu máximo. Ele lembrou ainda que no quarto game eles acharam que iriam conseguir fechar a guerra contra a Rebirth, mas acabaram tomando uma virada, fazendo com que aquele pensamento de “caramba, vamos ter que jogar de novo” viesse à tona. A experiência, porém, falou mais alto e rendeu o pique para garantir a vitória derradeira.

Galeria 2

Confira abaixo o draft de cada uma das partidas:

Jogo 1 (Santuários Infernais)

Kaos Latin Gamers (Derrota)

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  • Escolhas: Sonya, Tassadar, Muradin, Asaluz e Lunara
  • Banimentos: Thrall e Zagara

Rebirth eSports (Vitória)

  • Escolhas: Falstad, Greymane, Rehgar, Johanna e Leoric
  • Banimentos: Xul e Uther

Jogo 2 (O Condado do Dragão)

Kaos Latin Gamers (Vitória)

  • Escolhas: Falstad, Thrall, Tyrande, Li-Ming e Muradin
  • Banimentos: Sonya e Uther

Rebirth eSports (Derrota)

  • Escolhas: Xul, C.T.E., Greymane, Malfurion e Murquinho
  • Banimentos: Zagara e Rehgar

Jogo 3 (Campo de Batalha da Eternidade)

Kaos Latin Gamers (Vitória)

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  • Escolhas: Thrall, Greymane, Uther, C.T.E. e Zagara
  • Banimentos: Sonya e Rehgar

Rebirth eSports (Derrota)

  • Escolhas: Falstad, Li-Ming, Tassadar, Johanna e Kharazim
  • Banimentos: Xul e Muradin

Jogo 4 (Torres da Perdição)

Kaos Latin Gamers (Derrota)

  • Escolhas: Thrall, Li-Ming, Tassadar, Tyrande e Diablo
  • Banimentos: Sonya e Rehgar

Rebirth eSports (Vitória)

  • Escolhas: Xul, Greymane, Muradin, Malfurion e C.T.E.
  • Banimentos: Falstad e Uther

Jogo 5 (Tempo Celeste)

Kaos Latin Gamers (Vitória)

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Escolhas: Sonya, Falstad, Muradin, Li-Ming e Ten. Morales
Banimentos: Greymane e C.T.E.

Rebirth eSports (Derrota)

Escolhas: Xul, Tassadar, Rehgar, Valla e Johanna
Banimentos: Thrall e Zagara

Dada a largada para a final

Depois de horas de batalhas árduas entre os chilenos, a quente noite do domingo foi o palco dos combates decisivos da Copa América de Heroes of the Storm. Depois de uma breve pausa para que os times da Big Gods e da Crusader Gaming arrumassem seus equipamentos, periféricos e configurações nas máquinas montadas em um dos salões do Expo Center Norte, em São Paulo, os jogadores deixaram o palco para fazer sua entrada oficial na finalíssima da competição. Ainda que todos parecessem focados, era claro que os brasileiros estavam confortáveis em jogar em casa.

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Enquanto Matheus “Typhex” Santos, Estaban “DEUS” Aspera e Murillo “murizzz” Tuchtenhagen faziam o tipo mais concentrado nesse período de aquecimento e preparação, os bigodudos Rodrigo “Vieira” Vieira e Juan “Jschritte” Passos (ou Judite, como é carinhosamente conhecido) estavam no mais completo clima da zoeira. Mesmo que a dupla não desse um descanso para as brincadeiras, caras e bocas para as câmeras, bastou que a brincadeira valendo vaga no mundial começasse para que o bom humor virasse seriedade e habilidade dentro do game.

Glória verde e amarela

O primeiro confronto da final foi realizado no mapa Torres da Perdição, no qual a Big Gods mostrou bastante desenvoltura logo de cara. Além do ótimo controle do cenário e dos objetivos, a equipe sediada na capital paulista deu mais uma prova de que o assassino Greymane era uma força a ser reconhecida durante toda a etapa decisiva do torneio. O resultado dessa combinação foi um domínio grande da partida por parte da Big Gods, TFs bastante precisas – apostando no erro dos inimigos – e uma vitória relativamente rápida, antes dos 19 minutos.

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Para a batalha que veio logo a seguir, os peruanos deixaram a plateia presente no local e até os comentadores de boca aberta e claramente surpreendidos. O motivo? A escolha de uma composição bastante agressiva e sem nenhum personagem tank para tentar levar a melhor nos Santuários Infernais. A tática ousada, como já era esperado, rendeu ótimas team fights quando a Crusader conseguia iniciar as lutas sob seus próprios termos. Porém, bastou que a Big Gods pressionar para que garantisse abates fantásticos, subisse dois níveis em cima dos opontentes e decretasse rapidamente o 2 a 0.

Galeria 3

Tanto o público quanto os jogadores pareciam animados em dar proseguimento ao que podia ser a partida decisiva. Ninguém contava, porém, que uma sequência de problemas técnicos faria com que o terceiro game atrasasse por cerca de uma hora e meia, esfriando um pouco os ânimos e até dando tempo para que o time do Peru recuperasse o fôlego e colocasse a cabeça no lugar. Felizmente, os narradores da VIU Studio fizeram um ótimo trabalho em segurar no gogó a atenção do público no local e na web, fazendo análises do campeonato até ali e traçando previsões para o jogo derradeiro.

Com tudo devidamente acertado e com a etapa de escolha e banimentos de heróis feita, foi dado início à peleja no mapa Jardim do Terror. Desta vez com os os times bem equilibrados, a partida foi bem mais parelha que as anteriores – apesar do primeiro abate ter sido emplacado pela Big Gods aos 40 segundos. A Crusader chega a liderar o placara de frags por uma boa margem, mas, no fim, não consegue conter a experiência dos bigodudos, que mais uma vez souberam impor sua estratégia e acabar com a festa dos peruanos de vez, lacrando o 3 a 0 e se sagrando campeões do regional.

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O coração aqui, mas a mente lá longe

Emocionado e segurando a bandeira do Brasil, Judite revelou que se sentia realizado com o resultado – principalmente depois do que aconteceu no ano passado – e que espera representar bem a América Latina na Coreia do Sul. Ao fim do evento, tambe tivemos oportunidade de falar rservadamente com Vieira, que se mostrou um dos pilares do time como suporte, garantindo a sobrevivência do time mesmo nas condições mais adversas dentro do Nexus. Apesar de ter exaltado a coragem e a garra da Crusader em sua campanha, o jogador confessou que gostaria realmente de ter encarado a KLG.

Galeria 4

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“Provavelmente eles tiveram algum problema interno, daquele que explode e vira um monte deles. Mas eu queria muito jogar a final com eles, eles são experientes e eu valorizo bastante quem está aí desde o começo do cenário”, explicou. Questionado sobre como eles enxergam o nível deles em relação à competição lá fora, Vieira foi sincero e disse que tudo deve ser encarado um passo por vez. “A gente vai analisar as comps das equipes do Mundial e treinar ao máximo para agradecer cada um que torceu pela gente aqui”, comentou.

É muito diferente você jogar sozinho e depois jogar com o apoio de uma organização cuidando de toda a burocracia, deixando tudo livre para que o atleta possa jogar, jogar e jogar mais

Ele também aproveitou para falar sobre como as coisas mudaram com o projeto iniciado junto à equipe da Big Gods, que anexou o time ao seu plantel de eSports. “É muito diferente você jogar sozinho e depois jogar com o apoio de uma organização cuidando de toda a burocracia, deixando tudo livre para que o atleta possa jogar, jogar e jogar mais”, prometendo fazer com que as sessões de treino de 16 horas se tornem de 26 horas por dia (sim!) na preparação para a Coreia. Com essa dedicação, ficamos na expectativa para o mundial e na torcida para o sucesso da Big Gods.

Veja quais heróis foram selecionados ou negados durante as finais:

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Jogo 1 (Torres da Perdição)

Big Gods (Vitória)

  • Escolhas: Greymane, Tassadar, Johanna, Falstad e Rehgar
  • Banimentos: Sonya e C.T.E.

Crusader Gaming (Derrota)

  • Escolhas: Thrall, Li-Ming, Asaluz, Tyrael e Valla
  • Banimentos: Xul e Muradin

Jogo 2 (Santuários Infernais)

Big Gods (Vitória)

  • Escolhas: Greymane, Suturino, Rehgar, Jaina e Muradin
  • Banimentos: Sonya e C.T.E.

Crusader Gaming (Derrota)

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  • Escolhas: Tassadar, Thrall, Zeratul, Asaluz e Valla
  • Banimentos: Xul e Falstad

Jogo 3 (Jardim do Terror)

Big Gods (Vitória)

  • Escolhas: Xul, Sonya, Zagara, Johanna e Ten. Morales
  • Banimentos: Tassadar e Thrall

Crusader Gaming (Derrota)

  • Escolhas: Greymane, Uther, C.T.E., Lunara e Jaina
  • Banimentos: Li-Ming e Falstad

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