iPhone SE (2020): o que dizem as análises do celular da Apple

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A Apple anunciou na metade de abril o seu novo smartphone de baixo custo, a versão 2020 do iPhone SE. Com preços a partir de R$ 3.699 no Brasil, onde ele ainda não é vendido, o dispositivo quer capturar o fã da Maçã que não está disposto a pagar por um dos modelos recentes, da geração iPhone 11, mas passou anos com um dispositivo mais datado, como o primeiro iPhone SE, por exemplo.

Poucos dias depois do anúncio, a imprensa internacional especializada, que já estava com o modelo em mãos, começou a liberar as primeiras análises com os prós e contras do modelo. E, de modo geral, elas comprovam que a companhia se manteve fiel à própria proposta: como afirma o The Verge, o iPhone SE (2020) "não é só um bom negócio. É um celular realmente bom".

Tela e design

Este ponto, na verdade, é onde residem as principais críticas. Afinal, a escolha foi por um visual utilizado no iPhone 8, lançado em 2017. E esses poucos anos fizeram diferença: segundo o Engadget, o design parece datado, especialmente porque, desde então, "vimos celulares intermediários com Android adotar displays com bordas vazadas e ter múltiplas câmeras traseiras", enquanto o design aqui parece de fato parado no tempo e pouco ousado.

O The Verge faz a mesma comparação com a concorrência, reclamando principalmente das bordas espessas demais e do botão físico Home, que ocupa um bom espaço do que poderia ser o display. A falta do Face ID também é notada, mas não é uma grande crítica. Ainda assim, a análise elogia o cuidado da empresa com os materiais e o processo de fabricação, já que o acabamento parece impecável.

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A tela também não escapou de críticas nas análises, mas também recebeu elogios de acordo com o ponto de vista. "O display não é tão nítido ou colorido como o do iPhone 11 Pro, mas ele usa a mesma tecnologia LCD que o iPhone 11 e o iPhone XR", diz a CNBC. Ou seja, o painel terá a função TrueTone e a qualidade Retina HD já conhecida pelos fãs da Maçã. A questão de tamanho, por fim, é bastante pessoal: consumidores que sentem falta de painéis menores, como é o caso deste, que tem 4,7", terão a disposição o melhor possível no tamanho.

Desempenho

A decisão de atualizar os componentes para alguns que foram utilizados nos modelos mais recentes da Apple parece ter agradado no geral. "Mesmo se você está acostumado com o relâmpago do iPhone 11 Pro, esse é tão veloz quanto, com tudo trabalhando de forma sublime", diz a Forbes.

A Wired considera o processador A13 Bionic o grande ponto positivo, mesmo que o dispositivo não tenha redes 5G. O conjunto, com seis núcleos na CPU, quatro na GPU e oito na unidade de processamento neural, dá conta do recado em qualquer situação. "Trocar entre apps foi fluido nos meus testes. Vídeos começaram e foram transmitidos suavemente em uma conexão Wi-Fi estável. Baixar, instalar e iniciar apps pesados também", escreve.

Já o Engadget ficou impressionado a ponto de comparar com um smartphone dobrável, que é o contrário atual do custo-benefício. "Esse é um desempenho de US$ 1 mil em um corpo de US$ 400 — é basicamente o oposto extremo de algo como o Motorola Razr. O iPhone SE é sem estilo, mas total substância". Outro elogio nessa questão partiu do ponto de vista de atualizações, que já que ter o componente mais recente da Maçã significa ainda a garantia de recebimento de muitas versões do iOS no futuro.

Câmeras

As câmeras foram elogiadas no geral, partindo do princípio que você tem apenas um sensor traseiro de 12 MP e que várias das funções mais avançadas de lentes e software encontrados em iPhones anteriores estão ausentes — incluindo um sensor dedicado ao zoom e um Modo Noturno avançado, por exemplo. O The Verge, por exemplo, pega mais pesado nesse ponto: "para um celular de US$ 399, as câmeras são absolutamente boas, e qualquer reclamação deve ser removida por causa do preço", diz a análise, ressaltando que, apesar disso, "elas têm algumas limitações desconcertantes que a Apple poderia ter superado, mesmo nessa faixa de valor".

Ainda assim, o conjunto é considerado "surpreendentemente bom" pelo Engadget, especialmente pelo pós-processamento de software, que deixa as fotos tão boas quanto as de um iPhone top de linha. Outro aparelho de uma só lente, como os da linha Pixel, entretanto, tem um melhor desempenho no final. A gravação de vídeos em 4K também recebeu elogios no geral, não sendo algo espetacular, mas cumprindo bem o papel.

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O mesmo vale para a câmera frontal, com 7 MP: sem a tecnologia TrueDepth, que melhora as fotos e permite o Face ID, muitos usuários podem sentir faltar de maior qualidade nos retratos de si mesmos. Entretanto, como nota a Wired, ela ainda "faz um trabalho respeitável".

Bateria

Ponto baixo de várias gerações do iPhone, a duração da bateria não parece ter melhorado muito nesta versão. "Eu gostaria que ele tivesse uma bateria melhor. Tenho usado o SE como o meu celular principal pelos últimos dias e, com uso bastante consistente, ele tende a durar entre 11 horas e 12 horas em uma única carga", diz o Engadget.

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Isso provavelmente é reflexo do corpo menor do aparelho, com uma bateria bem parecida com a do iPhone 8. É o que nota a Wired, que até elogia a duração diária da carga, mas cita o contexto como algo que pode mudar as avaliações: em temos de pandemia do novo coronavírus, os aplicativos utilizados são diferentes, assim como a rotina, e pode ser que o consumo de energia seja maior.

"É boa para a maior parte das pessoas e eu realmente não tenho reclamações", diz o analista da CNBC, que só sentiu uma drenagem maior de carga com jogos pesados e muito tempo de transmissão de vídeo. O The Verge adota esse mesmo ponto, chamando o desempenho de energia de "correto, mas nada estelar". A preocupação é com a vida útil depois de alguns anos de uso, o que pode obrigar você a ir atrás de um case com bateria extra embutida.

Vale a pena?

De modo geral, as análises seguem um tom parecido no veredito: pelo preço e o que é entregue, o iPhone SE é talvez a melhor alternativa no mercado. Porém, o dispositivo tem suas falhas e é completamente natural que você não se sinta atraído a comprá-lo. Além disso, é preciso ter em mente que há modelos bem mais poderosos. "Sim, esses celulares são melhores que o iPhone SE graças a câmeras mais avançadas, melhores telas e, no caso da linha iPhone 11 Pro, melhores materiais. Porém, você também vai pagar muito mais por eles", conclui a CNBC.

O Engadget reconhece que esse modelo não "fará sentido" para muitos consumidores já acostumados a dispositivos mais premium e com telas maiores, mas o iPhone SE "é o melhor smartphone custo-benefício que há. E isso é realmente algo, considerando o quão forte a competição ficou". Caminho parecido tomou a Forbes, que também deu a ele esse título, comentando que o aparelho será um sucesso estrondoso, sendo "prova de que, mesmo com um hardware que não é o de ponta, machine learning, processador e linguagem ainda fazem o trabalho".

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Já o The Verge foi mais objetivo nos elogios e também usa a questão do gosto pessoal nas conclusões: "Ele é rápido, capaz, confiável e familiar. Eu sentiria falta daquelas funções avançadas e telas mais expansivas, mas não tanto quanto você pode imaginar", diz o site.

A Wired, por fim, termina comparando os ecossistemas de Apple e Google, afirmando que dificilmente alguém já acostumado com anos de smartphones da concorrência podem fazer a troca, a não ser que já quisesse antes. "Se você por acaso precisar de um novo iPhone e acha que gastar US$ 1 mil em um é ridículo, bom, o iPhone SE pode ser uma pequena camada de boas notícias para você no momento", afirma o texto.

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